Elenco de Cinderela ganha presente inesquecível

Por - 26/09/05 às 16:25

Aproveito este espaço em OFuxico para contar sobre um sábado inesquecível para todo o elenco da peça Cinderela, em cartaz no Teatro Frei Caneca, em São Paulo. Muita gente sabe que faço parte desta produção – ao lado de artistas como Luisa Mell e Eduardo Martini, bem como demais colegas de muito talento – e me orgulho em poder trabalhar com gente tão bacana e levar alegria à criançada e seus acompanhantes. Mas sábado, dia 25, algo mágico aconteceu. Dentre o público que prestigiou a apresentação, estavam como nossos convidados, cerca de 200 crianças carentes, que fazem parte da Ação Social Capela de Santa Cruz, localizada em Parada de Taipas, São Paulo. Todos curtiram muito a primeira vez que puderam estar dentro de um teatro.

 

Homenagem

No final da apresentação, o diretor e ator Eduardo Martini e a produção subiram ao palco levando um bolo lotado de velinhas, para comemorar o aniversário de Luisa Mel (dia 19) e eu, Araíde Rocha (dia 20), respectivamente a Cinderela e a Fada da história, escrita por José Wilker. A platéia em coro cantou parabéns e emocionou a todos.
 

 Agradecimento

Muitos cartazes de agradecimento foram levados pela garotada e entregues a Luisa e elenco. Os olhos vibrantes de cada pequenino nos emocionava a cada autógrafo dado ou foto posada.
 

 

Recompensa

Na tarde deste domingo, dia 25, o elenco recebeu o maior presente. Raquel Araújo, que interpreta Teolinda, uma das filhas da madrasta da história, recebeu um telefonema de uma das coordenadoras da associação, agradecendo o carinho e contando várias passagens emocionantes de cada criança. Em especial, esta:

“Entre as crianças havia uma pequenina com Síndrome de Down*, que nunca disse uma palavra. A menininha se chama Luciana da Silva, de 5 anos, ficou tão feliz com tudo que assistiu, que falou suas três primeiras palavras: ‘ada’ (Fada), ‘nita’ (Cinderela) e ‘au au’ (do cão Gardel da história). Ela foi embora falando isso, durante todo o caminho e emocionou o pessoal da instituição”, contou Raquel.

O que sentimos ao receber esta notícia maravilhosa, foi a sensação de dever cumprido, de estar fazendo algo do bem. Sensação de que Deus está bem pertinho de nós e demonstra isso em pequenas ações, pequenos gestos que se tornam enormes, de acordo com nossos corações. Foi uma comemoração de aniversário que eu e Luisa tivemos que ficará marcada e será sempre lembrada em nossas vidas.

O que é Síndrome de Down

È um atraso no desenvolvimento das funções motoras do corpo e das funções mentais. O bebê é menos ativo, o que se denomina hipotonia, que diminui com o tempo, fazendo com que a criança conquiste diversas etapas de seu desenvolvimento de maneira mais lenta que as outras. A Síndrome de Down era também conhecida como mongolismo, face às pregas no canto dos olhos que lembram pessoas da raça mongólica. Hoje, a palavra é considerada ofensiva. 

Tratamento

Até o momento não há cura. A Síndrome de Down é uma anomalia das próprias células, não existindo drogas, vacinas, remédios, escolas ou técnicas milagrosas para curá-la. Com os portadores da Síndrome de Down deverão ser desenvolvidos programas de estimulação precoce que propiciem seu desenvolvimento motor e intelectual, iniciando-se com 15 dias após o nascimento. Estima-se que a cada 550 bebês que nascem, 01 tenha a Síndrome de Down.

Fonte: site da APAE – associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – http://www.techs.com.br/apae/down.htm.

 

Serviço
Cinderela – Texto de José Wilker
Direção: Eduardo Martini
Sessões: sábados e domingos, às 16h
Ingressos: R$ 20
Estudantes e idosos pagam meia-entrada
Informações para venda de ingressos: 3472 2226 ou 3472 2227
Projeto escola: 5589 1927 (M&M Produções)
Elenco: Luisa Mell (Cinderela), Elam Lima (príncipe), Araíde Rocha (fada), Alessandra Vertamatti (Teobela), Raquel Araújo (Teolinda), Delurdes Moraes (madrasta), Eduardo Martini (Arauto), Rodrigo Mangal (Corneteiro), Fernando Haidamus (Gardel), Wanderley Gomes (Pantaleão) e Renata Ricci (gata).


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