Em Fortaleza, Daniel Dantas não consegue chegar ao velório do pai

Por - 19/03/06 às 17:05

Por estar em Fortaleza, no Ceará, se apresentando ao lado de Danielle Winits na peça Amo-Te, Daniel Dantas não participou do velório do pai, Nelson Dantas.

O corpo do ator, de 78 anos, morto no sábado, dia 18, vítima de câncer no pulmão, foi velado na capela E do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio.

“O Daniel não conseguiu passagem direta, nem fazer conexão a tempo de chegar para o velório do pai. Ele chega ao Rio nesta segunda-feira, dia 20, e na terça-feira, dia 21, participa da cerimônia de cremação do corpo”, conta Júlio Calasso, marido de Andréa, filha de Nelson Dantas.

Andréia Beltrão e o marido Maurício Faria, Patrícia Pillar, Nathália Timberg, o cineasta Ruy Guerra e Zezé Polessa, ex-nora de Nelson, acompanhada de seu filho João (que teve do casamento com Daniel Dantas), estiveram presentes no velório.

O corpo saiu da capela E às 16h30, e Zezé Polessa estava visivelmente emocionada.

Para Andréia Beltrão, Nelson Dantas é uma pessoa inesquecível e que vai fazer muita falta. “O Nelson era um ser humano maravilhoso, um ator genial e uma pessoa muito engraçada. O que resta agora é torcer para nascer um monte de Nelsons, para ajudar na falta que ele vai fazer”.

Patrícia Pillar lembra o último trabalho que fez ao lado de Nelson Dantas, a quem considera uma pessoa muita querida. “No filme Zuzu Angel, ele faz uma cena impressionante como o pai do Lamarca. O Nelson não tinha uma fala, mas dá um show de interpretação. Aguardem o lançamento do filme, para ver o que estou falando!”, diz a atriz.

Nathália, amiga de Nelson há muitos anos, esteve o tempo todo no velório. Ela não gosta de dar depoimentos nesses momentos, e faz apenas uma observação: “Infelizmente, não estamos tendo reposição das perdas que o meio artístico esta sofrendo“.

Flávio Bauraqui, que ficou amigo de Nelson enquanto encenavam Engraçadinha, afirma:

“Nem me lembro há quanto tempo fizemos esse espetáculo. Mas, dede aquela época, surgiu uma parceria entre nós. O  coleguismo ultrapassava a relação de trabalho. Dois dias antes do Nelson morrer, me deu uma saudade, e eu liguei para a Andréa. Ela me disse que ele estava muito mal. A gente sabia que ele estava doente, mas ninguém achava que a morte dele estivesse tão próxima”.

 

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