Entrevista: Carioca do Pânico conta por que é um grande imitador
Por Redação - 07/10/12 às 10:38
Márvio Lúcio Augusto Limeira é o nome de batismo do ator, mais conhecido com Carioca, do programa Pânico na Band. Nascido em São Gonçalo, município do Rio de Janeiro, ele é o rei das imitações e isso o coloca na categoria de um dos mais telentosos da trupe do humorístico. Ele já interpretou brilhantemente Renato Russo, Cazuza, entre muitos outros. Ultimamente vem chamado atenção imitando o apresentador da Band, Boris Casoy, o bispo Edir Macedo (Didi Mais Cedo) e Tufão, personagem de Murilo Benício, da novela Avenida Brasil, da Globo.
Márvio, que também é radialista e jornalista, conversou com exclusividadade com O Fuxico. Entre outras coisas, contou o que levou-lhe a se enveredar pro lado do humor, falou de seus ídolos e de como decidiu, finalmente, se casar – dia 23 de novembro -, na igreja, com Paola Machado, com quem já está junto há seis anos.
O Fuxico – Qual é o significado do seu nome?
Carioca – Márvio Lucio foi um grande jogador de basquete da seleção brasileira doa snos 70. Meu pai era fã dele e me batizou assim.
OF – Você é jornalista e radialista. O que te levou a trabalhar como humorista?
C – Desde pequeno, sempre gostei de jornalismo e política. Diariamente estou sempre de olho em tudo que acontece, gosto de acompanhar os noticiários. Quando adolescente trabalhei em política também, mas sempre imitei todo mundo, colegas, amigos, eu era até apelidado de Silvio Santos. O humor aconteceu naturalmente na minha vida, entrei para trabalhar na Jovem Pan, a rádio certa, ligada ao humor. Eu estava na faculdade na época e achei um excelente caminho trabalhar nesta rádio.
OF – Acha que é a melhor?
C – Sim, porque a Jovem Pan é bem voltada ao humor. Fazer imitações numa rádio é uma mão na roda, pois você pode fazer várias coisas, experimentar, sabe? Foi muito legal.
OF – Quem foi o primeiro famoso que você imitou?
C – Acho que foi o [Leonel] Brizola.
OF – Quais são seus ídolos no humor?
C – Olha, comecei com isso profissionalmente falando, por causa do programa Agildo no País das Maravilhas, na Bandeirantes. Ele fazia um programa com um monte de bonecos, eu tinha uns 12 anos mais ou menos e via aqueles bonecos, os políticos. Aquele momento eu digo que foi meu divisor de águas. Como meus ídolos, puxa, posso citar muitos, como Agildo Ribeiro, Costinha, José Vasconcellos, Paulo Silvino, Tom Cavalcante, Jô Soares. São essas as minhas informações de humor. Tem também um cara que está sumido, o Escova, lembra, do Tatá e Escova? Como grande imitador, eu cito João Kleber, um cara sensacional.
OF – Quem você gostaria de imitar e ainda não fez na tevê?
C – Não sei, são tantas coisas na cabeça, gosto de imitar tudo que me dá vontade.Tenho dificuldade de imitar mulher e gente bonita, porque gente bonita, se desse para imitar, não precisaria de cirurgião plástico. Eu não sou um cara bonito, então, imagina, imitar o [Reynaldo] Gianecchini? Não posso (risos).
OF – Como você compõe os personagens que vai imitar?
C – Faço um trabalho igual ao do chargista. Não sei desenhar por.. nenhuma (risos), mas uso a charge para montar perfeitamente o que vou fazer. Tenho o pensamento de um chargista, vou passo a passo para chegar a um resultado final perfeito. Faço um display e tenho excelentes maquiadores que me ajudam. Dou pitaco na maquiagem, trabalho junto com eles para ficar tudo do jeito que eu quero. Pra mim, para tudo ficar correto, fico de olho em três pontos: o olhar, a boca e a mão. São as três vias de movimentação necessárias de estarem perfeitas para você imprimir seu personagem de maneira certa.
OF – O que as personalidades que você já imitou dizem sobre seu trabalho?
C – O Bóris, por exemplo, adora. Ele é muito legal, bacana fora da tela, divertido, de muito bom humor, gente fina, do bem. O Amaury Jr no começo disse que não gostava muito, mas que agora entende e diz que meu personagem agregou muito a ele. Me pediu até para escrever para o livro dele! A Dilma, uma vez, implicou comigo, na época da campanha, porque não gostou do sapato que eu estava usando. Mas gostou da imitação e eu quase consegui fazer ela dançar o rebolation (risos).
OF – A história com o Jô Soares realmente mexeu com você?
C – Encerrei esse assunto ali. Eu fiz uma grande pesquisa, preparei o Jô Suado com o maior cuidado e carinho, para homenagear o Jô. Fiquei horas ali, esperando um autógrafo, um abraço, qualquer coisa, e não rolou. Foi um dia muito cansativo. Eu o perdoo, mas não esperava aquela reação. Fiquei triste, ele é da Globo, ok, mas muitos artistas da Globo falam com a gente. Fiquei frustrado, mas virei a página ali.
OF – Isso significa que o Jô Suado não volta mais?
C – Realmente ficou para trás. Não tem mais sentido fazer.
OF – Quais suas mais novas personalidades?
C – Tenho o Bispo Edir Mais Cedo, o Marcelo Resende, o Tufão e o Lulu Santos, que foi ao ar no final de semana passado.
OF – Dá para fazer outros planos, com tanto trabalho?
C – Meu plano é o Pânico. Esse não é um programa, é um projeto, do qual faço parte há 14 anos. Ajudei a construir o programa, é um trabalho de dia a dia, com as coisas factuais, então, esse é o projeto.
OF – E o casamento, sai mesmo?
C– Sai sim, está marcadíssimo.
OF – Mas você ainda relutava sobre casar na igreja. E agora?
C – Eu e Paola estamos juntos há seis anos. Decidimos, então, oficializar a situação, e vamos nos casar na igreja, com tudo que temos direito, dia 23 de novembro. A igreja escolhida é a São Gabriel, aqui em São Paulo. É um sonho dela, casar de noiva, tudo, sabe, e eu acho chato ver que ela está solteira e já é mãe…
OF – Carioca vai chorar no altar?
C – E como vou, imagina se não? (risos). Choro por tudo, imagino nesse momento tão bonito, que vamos unir nossas famílias, além da família Pânico, meus padrinhos queridos, o Emílio, a Sabrina, o Bola…
OF – Você pretende aumentar a prole depois?
C – NÃÃÃO (risos). Chega né? Nos dias de hoje é muita coisa. Estou com o Nicolas, de 3 anos e a Lorena, de 10 meses, está bom assim.
Carioca do Pânico conta como pediu a namorada em casamento
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