Erika Januza revela: ‘Já perdi uma grande oportunidade por amor’

Por - 25/03/20 às 17:16

Reprodução/Instagram

Ela estreou na TV em 2012, na série Suburbia. Mas foi na novela O Outro Lado do Paraíso, cinco anos depois de seu surgimento na teledramaturgia, que Erika Januza ganhou projeção nacional na pele da obstinada Raquel Custódio.

Essa mineirinha de 34 anos vem conquistando seu espaço no coração do público. Até poucos dias, ela vivia Marina, uma jovem da periferia que tinha o sonho de ser uma tenista de sucesso, em Amor de Mãe (obra paralisada por conta do coronavírus).

Capa da revista Glamour, edição de março, a atriz disparou ter algo incomum com a personagem da trama escrita por Manuela Dias.

“Já perdi uma grande oportunidade por amor. Nunca saberei o que teria acontecido, mas acredito que somos o que somos por conta das nossas escolhas. Mas, quando me lembro dessa história, gostaria de ter tido outra postura e pensado em mim em primeiro lugar”, revelou ela, em entrevista à publicação mensal.

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A artista pontuou qual o lado negativo do ofício:

“Se ficar parada, cai. Virei refém de mim mesma quando estava sem trabalho, apesar de ser uma cobrança que não dependia só de mim. O problema é que quando estamos mal, a síndrome do impostor ataca e sempre achamos que não somos boas o suficiente. Nesta situação, sabe qual é a chance de um próximo teste ser ruim? Cem por cento”, desabafou.

Erika que pode ser vista também na série Arcanjo Renegado, da Globoplay, interpretando Sarah, contou sua experiência de como é ser mulher negra no Brasil:

“Ser preterida em muitas fases da vida, ter dores incompreendidas e batalhar dobrado. Mas, nossa, como somos fortes. Não tem outro jeito. Ser mulher negra também é ser realeza, linda e incomodar. Na outra vida, quero voltar mulher. E negra!”, ressaltou a bela.

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Machismo x empoderamento feminino

 

Atualmente solteira, os últimos dois namorados da famosa eram brancos, o que gerou criticas de alguns haters, acusando-a de palmitagem (quando uma pessoa negra namora uma branca). Sem papas na língua, ela respondeu o que pensa disso tudo:

“Já passei por situações em que achavam que eu era “acompanhante” de gringo. Quando me interesso por alguém, a cor da pele não está em jogo. O que não podemos esquecer é da solidão da mulher negra. Não sou uma mulher que é desejada quando saio. Quando nós, negras, falamos isso, ninguém acredita. É histórico e doloroso”, afirmou.

Sobre o tema empoderamento feminino que vem sendo bem debatido, será que a palavra em si tornou-se banalizada? Com a palavra, Erika Januza:

“Não para mim. Acredito que empoderamento é como ver algo errado e reagir. Essa atitude dá forças para outra pessoa tomar uma atitude também. É uma corrente de união que só cresce”, descreveu ela, que concluiu falando de seu new look.

“Eu que sugeri mudar o visual, acredita? Veio de um desejo genuíno de poder representar mais mulheres e me modernizar”, finalizou.

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