Especial: Saiba tudo sobre a novela Guerra dos Sexos – Quem escreve

Por - 01/01/12 às 13:31

Divulgação/TV Globo

Quem escreve?

Silvio de Abreu dispensa apresentações. O autor é grande conhecido do público por sucessos inesquecíveis na teledramaturgia.

Silvio é o grande criador de suspenses, tramas policiais, romances e belas comédias. Conhecido como o autor de São Paulo, gosta de ambientar suas obras em sua cidade natal. O autor começou na televisão como ator e, depois de atuar em oito novelas, resolveu encarar o desafio de passar para os bastidores como assistente de direção. Foi assim, trabalhando com Carlos Manga, mestre do cinema nacional, que recebeu o primeiro incentivo para se dedicar a escrever roteiros. Desde 1977, quando estreou sua primeira novela Éramos Seis pela extinta TV Tupi, já escreveu mais de 17 novelas como Sassaricando de 1988, Deus Nos Acuda de 1993, Belíssima de 2005 e Passione de 2010.

Ao lado de Jorge Fernando e Guel Arraes, o autor revolucionou a dramaturgia brasileira em 1983, com a primeira versão de Guerra dos Sexos. Tornou-se antológica e a mais reprisada da televisão brasileira a cena em que Otávio (Paulo Autran) e Charlô (Fernanda Montenegro) brigam durante o café da manhã e atiram comida um no outro. A narrativa da trama subvertia a linguagem tradicional ao explorar novos formatos como, por exemplo, colocar os personagens comentando os acontecimentos diretamente com o telespectador. 

“Eu sempre quis reescrever a novela, sempre tive essa vontade. Acho que pelas ótimas recordações que tenho daquela época. Há uns cinco anos aproximadamente, precisei assistir toda a novela para um outro projeto que acabou não acontecendo. Então fiquei com tudo aquilo fresco na cabeça e com ainda mais vontade de refazer. Sugeri a Globo e, quando me disseram que tinham aprovado a ideia, eu pensei: “Ai, meu Deus? E agora?”, diz.

O ator enfatiza as mudanças de 1983 para agora.

“Em texto, as mudanças são radicais. Naquela época, não existiam celulares, tablets, computadores, nem redes sociais. Toda essa modernização trouxe aspectos muito interessantes para a trama, que obrigaram a adaptação de quase todas as cenas. A maneira de falar e o raciocínio das pessoas também mudaram. As gírias são outras, os diálogos são outros. Tive que reescrever todos os diálogos. Mas as situações principais e toda aquela maluquice continuam as mesmas.  A novela é uma grande comédia e foi isso o que a consagrou há 30 anos. O que quero é que as pessoas assistam ‘Guerra dos Sexos’ por prazer e não por obrigação de saber o que estava acontecendo na trama. É para ser um grande entretenimento”, afirma.

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