Ex-BBB Talula abre o jogo e diz que pediu desculpas para Zilu
Por Redação - 28/03/11 às 08:28
“Medíocre é aquela pessoa que vai e fala que não está jogando”, defende Talula Pascoli, duas semanas depois de sair do Big Brother Brasil 11, da Globo, onde foi chamada pela edição como ‘A Poderosa Xepona’. O apelido fazia sentido, já que a modelo parecia ser a única a entender o funcionamento do jogo. Porém, ela se arrepende de ter sido tão racional.
“Eu bloqueei meu lado emotivo por causa do meu filho”, diz a mãe de Gabriel, de 9 anos.
Apesar de ter participado do reality consciente do jogo, Talula ignorou diversas vezes o fato de estar sendo observada pelo Brasil inteiro. Chegou a dar seu telefone para um colega que corria o risco de sair, fez comentários sobre pessoas próximas e de gente que não tinha tanto contato – o que é normal de qualquer ser humano, se não considerar as 65 câmeras da casa em que ela vivia.
Por falar demais, Talula acabou dizendo que o cantor Zezé di Camargo traía com frequência sua mulher, Zilu, e que ela conheceu amantes do sertanejo. “Me desculpei rapidamente com a Zilu. Esse assunto ficou no passado, sem ressentimentos. Eu errei, mas acho que o importante é você reconhecer o erro e se desculpar”, conta.
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Talula visitou a redação do O Fuxico e falou sobre as polêmicas envolvendo seu nome, do relacionamento com o filho Gabriel, da amizade com Maria e de outros assuntos, como Playboy e a briga com os fãs de Ivete Sangalo. Confira a entrevista completa:
O Fuxico: Algumas pessoas acham que você foi a vilã da edição. Como está a relação com o público aqui fora? As pessoas te tratam bem ou reclamam do seu jogo?
Talula Pascoli: “Não. Todo lugar que eu vou as pessoas falam ‘poxa, você era a mais inteligente, você é a que dava o ritmo do jogo lá dentro’. Eu não tive nenhuma crítica, pelo menos por enquanto. Aquela coisa da vilã que foi passada, ninguém vem falar disso. Tem gente que fala: ‘A primeira bonita que sabe pensar’. Eu sempre deixei muito claro que não fui falsa nenhum momento. Falsidade é aquele que é amigo de todo mundo. O que eu fiz foi ter uma visão de jogo e posicionar as pessoas que estavam do meu lado, para tentar fazer com que elas pensassem no mesmo jogo que eu. Mas eu sempre disse que o voto vinha do coração de cada um. E muito pelo contrário, as pessoas me procuravam pra pedir conselho porque sentiam em mim uma segurança.”
OF: Agora que você saiu, tendo a visão de telespectadora das pessoas que conviveram com você, mudaria alguma tática do seu jogo?
TP: Acho que as pessoas se comovem muito pelo o que você é. Eu fui quem eu sou. Mas eu me preocupei mais com o jogo e bloqueei minha emoção. De repente, se eu tivesse sido um pouco mais emotiva, as pessoas teriam me visto de uma outra maneira. Eu fui muito razão, faltou um equilíbrio com a emoção. Eu bloqueei esse lado emotivo por causa do meu filho. Aqui fora, eu sempre mostrei ser uma pessoa muito forte pra ele, nunca mostrei as minhas quedas. Eu queria que ele continuasse me vendo feliz, rindo. A hora que eu chorava era escondida no travesseiro para ele não me ver. Enfim, Big Brother é jogo. Medíocre é aquela pessoa que vai e fala que não está jogando.
OF: Essa foi a primeira vez que ficou tanto tempo longe do Gabriel?
TP: Foi. Na entrevista da seleção, eles me perguntaram se eu ia ficar chorando e na hora meus olhos encheram de lágrimas, porque o tempo máximo que fiquei longe dele foi 15 dias. Eu sou muito mãe coruja do Gabriel. Ele nunca teve babá. Eu cuido pessoalmente das coisas dele, sempre fui a pessoa que participou muito da vida dele. E acho que ele puxou essa coisa de blindar as emoções de mim. A professora dele me disse que foi bem difícil para ele.
OF: O Gabriel recebeu criticas dos amigos sobre você?
TP: De jeito nenhum. Inclusive, deixa eu te contar. Ontem eu fui à escola dele, porque as crianças queriam me ver de todo jeito. Quando eu cheguei, ele falou: ‘Mãe, meus amigos estão te esperando na sala’. Eu falei: ‘Filho, mas vai atrapalhar a aula’. Não teve jeito. Ele começou: ‘Não, porque eu já falei com a professora e estão te esperando’. A própria diretora falou para eu ir que as crianças estavam desesperadas. A hora que eu entrei, eles me abraçaram, gritaram, parei a escola, dei autógrafo pra todo mundo. Foi uma loucura. Ele é meu fã nº 1 e me defende.
OF: Vamos falar de sua outra filha, a Maria, que você praticamente adotou no BBB. O que você acha que ela poderia fazer de diferente?
TP: A Maria é uma cabeçuda. Não adianta falar com a Maria. Eu tentava dar conselhos, principalmente sobre o Maumau, aí ela falava: ‘Agora quem não quer sou eu!’. Mas meia hora depois ela vinha: ‘Ai, o tronco do Maumau é tão lindo’ (risos). Ela é uma pessoa assim, é da personalidade dela. Eu vejo Maria como uma pessoa muito inocente. É uma criança, por isso eu brincava falando que ela era mais minha filha que o Gabriel. Em relação ao Wesley, no começo eu fui contra, mas ela não está nem aí pro que pensam dela. Isso que é o legal da Maria, ela faz o que tem vontade.
OF: Você ficou sabendo dos boatos envolvendo a Maria e vídeos pornôs? O que acha disso?
TP: Pra mim, não muda nada. Meu sentimento por ela é o mesmo. Fico 'p' da vida com pessoas que ficam divulgando as coisas erradas que ela fez ou não. E se fez, os motivos são dela. Ela vai continuar sendo minha melhor amiga. Amo a Maria de paixão. Ninguém sabe o que ela passou. Ninguém pode julgar o que ela fez no passado, o que importa é o que ela é e o coração que ela tem dentro do peito.
OF: Sobre a Playboy, você disse que não aceitaria. Essa resposta é definitiva?
TP: Não digo nunca, porque senão cospe e cai na testa. Em princípio, não. Eu não tenho vontade de fazer, principalmente agora. É tudo muito recente pro meu filho. Não é que não quero posar por ser mãe, até porque acho super legal as mães que posaram para um ensaio artístico. Mas meu filho está assimilando a ideia de ter uma mãe famosa, a Playboy seria uma segunda pancada. Eu tenho essa preocupação com ele.
OF: Você já pensou em conversar sobre isso com ele?
TP: Com o Gabriel? De jeito nenhum. Ele é ciumentinho, não me deixa usar decote, saia curta. Mas também inclui uma série de fatores. Eu acho que agora eu posso trabalhar e ganhar meu dinheiro. Eu sei que o cachê da Playboy poderia mudar minha vida, mas depois do BBB eu vi que dinheiro não é tudo.
OF: Em quem momento você viu que dinheiro não é tudo?
TP: Eu entrei uma pessoa do anonimato e saí uma pessoa completamente diferente lá da casa. Eu tive que criar uma nova identidade, porque pra mim também é diferente. As pessoas te reconhecem e você está sendo julgada o tempo todo. Eu sempre fui uma pessoa que tinha minha vidinha simples e feliz. O meu intuito de entrar no programa era dar uma estrutura melhor pro meu filho. Eu que sou chefe da casa, pago as contas, cuido dele. Eu entrei lá pra ganhar.
OF: O pai do Gabriel não ajuda na educação dele?
TP: Não, não ajuda. Sempre fui eu 100%.
OF: Você chegou a conversar com ele antes ou depois do Big Brother?
TP: Não. Eu até perguntei pro meu filho se ele tinha ligado, mas nem ligou. Mas normal. A gente tem um bom relacionamento. Ele faz o que quer, e eu vou levando do jeito que dá. Então, quando entrei no programa foi para ganhar o dinheiro, não para me promover na mídia. Entrei muito focada em mudar a vida do Gabriel. No fundo, eu me decepcionei, porque eu acreditava que podia ganhar.
OF: Quando você saiu, como foi descobrir tudo que tinha acontecido aqui fora durante o seu confinamento?
TP: Foi um baque. A gente fala muita bobagem lá dentro e não tem noção. Falei de pessoas que eu gosto muito ficaram chateadas comigo, como ex-namorados, gente da família. Fiquei muito mal, queria ligar pra eles na hora. Machuquei pessoas sem perceber que estava fazendo isso.
OF: Você passou uma semana no cruzeiro do Zezé di Camargo e Luciano, onde também estava a Zilu. Como foi a experiência, considerando as declarações que você fez sobre eles na casa?
TP: Foi tranquilo. Lá dentro (do Big Brother Brasil), eu falava muitas coisas na brincadeira, era meu jeito de ser. Houve mesmo um mal-entendido, mas eu tive a oportunidade de me desculpar.
OF: Você se desculpou com o Zezé e com a Zilu?
TP: Conversei mais com o Luciano. Com o Zezé, pouca coisa, mas sempre estava todo mundo perto. Me desculpei rapidamente com a Zilu. Esse assunto ficou no passado, sem ressentimentos. Eu errei, mas acho que o importante é você reconhecer o erro e se desculpar.
OF: E sobre a briga com os fãs da Ivete Sangalo (Talula contou ter feito dublê de corpo de uma cantora em uma campanha e brincou a chamando de piranha)?
TP: Em nenhum momento falei o nome dela. Eu falei que era uma cantora baiana e existem milhares de cantoras baianas. O tempo todo elogiei a Ivete dentro da casa, sempre falei que ela era a melhor, que ela tinha que tocar na final. Quem viu o pay per view teve a oportunidade de ver isso. Acho injusto. Você faz um comentário e começa a aparecer milhares de coisas que nem falei. Jamais falaria mal da Ivete, sou apaixonada por ela. Em nenhum momento falei que era ela, o povo chutou e até agora ninguém sabe.
OF: Mas você foi dublê de corpo da Ivete?
TP: Eu fiz um detalhe de corpo pra uma cantora. A gente assina um contrato de sigilo. Falaram que foi a Ivete porque é morena. Cortaram a minha cabeça. Pode ser uma loira, não pode? Foi malícia da mídia. Se tivesse feito da Ivete ou se fiz da Ivete, me sentiria muito honrada de ter feito o corpo de uma pessoa tão maravilhosa por dentro e por fora como ela.
OF: E você se sente honrada?
TP: Me sinto, muito honrada (risos).
OF: Agora que saiu da casa, tem planos de virar atriz, apresentadora ou algo do gênero?
TP: Pretendo estudar pra tentar me manter, uma vez que já estou no meio e tenho que correr atrás. Quero fazer um curso de teatro para me desinibir mais, mas acho que atriz é um pouco de dom e não sei se tenho isso. Tenho que descobrir. Acho que gosto mais da parte de apresentadora.
OF: Recebeu convites para participar de programas da Globo?
TP: “Eu tenho Zorra Total e Didi semana que vem. Estou louca para conhecer o Didi, sou apaixonada por ele. Daí eu já gravo Zorra, Didi, a final do programa e Ana Maria também, tudo semana que vem”
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