Fernanda Nobre comenta sobre volta às novelas

Antes do início da quarentena por conta do coronavírus, Fernanda Nobre estava começando a gravar sua participação na novela Um Lugar Ao Sol, que será a substituta de Amor de Mãe na faixa das 21h, na Rede Globo.

Na trama de Licia Manzo, a atriz viverá Maria Fernanda.

"Gravei só um dia por enquanto. Vou aparecer em uns 12 capítulos. A personagem é um caso antigo de um dos gêmeos interpretados pelo Cauã Reymond. Uma mulher livre e independente, que morou em Londres durante muitos anos e está voltando para o Brasil com o filho de quatro anos que teve com ele. Ela tenta criar sozinha, mas vê que é dureza, não só pela dificuldade financeira e por não poder dividir a responsabilidade com alguém, mas porque seu filho quer saber da onde vem, precisa da figura paterna", disse ela, em uma entrevista para a colunista Patrícia Kogut, do O Globo.

Relacionamento abusivo

Durante a conversa, Fernanda também comentou sobre feminismo, um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço na sua vida.

Recentemente, durante uma live com Samara Felippo, a atriz contou que viveu um relacionamento abusivo por oito anos.

"Não imaginei que fosse falar aquilo. Não imaginei que ia ter repercussão. E o que aconteceu foi que as mensagens das mulheres a partir disso me empoderaram. Elas disseram: 'Vai por aí, fala o que a gente precisa ouvir'. Eu pensei: 'Caramba, nunca tinha falado isso em voz alta, nunca falei de uma maneira tão clara'. Senti como é importante essa rede feminina. Sinceramente, isso não tem nada a ver com o casamento que tive. Tem, é claro, mas quero dizer que tem muito mais a ver comigo, com o fato de eu estar me apropriando da minha história. O que importa é isso", disse.

Segundo Fernanda, isso fez com que ela refletisse mais sobre situações que ocorreram em sua vida.

"Comecei a lembrar que tive um relacionamento com 16 anos. Ele me empurrou em uma festa por ciúmes. Foi o primeiro namoradinho, com quem perdi a virgindade. É muito forte ver como a gente naturaliza a violência. Não só física, mas verbal e emocional. Por que isso não fazia parte do meu repertório? Por que eu não falava? Aí está o poder da empatia. As mulheres que mandaram mensagens me deram as mãos. Viraram amigas virtuais, contaram as histórias delas. É muito bonito e muito grande tudo isso", concluiu.

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