Fernanda Paes Leme troca vida urbana pelo meio do mato

Basta olhar para Fernanda Paes Leme com seu sotaque paulistano, atualmente menos forte do que quando se mudou para o Rio, na época do seriado Sandy e Júnior, para perceber que ela é uma moderninha, ou descolada. Enfim, uma pessoa urbanizada. Mas por amor a arte de representar, Fernandinha vai abrir mão do conforto e da badalação das duas maiores metrópoles brasileiras. Por causa das gravações da minissérie de Glória Perez, ela vai se embrenhar no meio do mato, ou melhor, em parte da floresta amazônica.

“Estou muito feliz e ansiosa para começar as gravações da minissérie Amazônia, porque essa história toda é novidade para mim. Já fui a Manaus (AM), mas nunca me embrenhei na mata. Estou vibrando por poder viver essa experiência, de virar uma menina do mato. Logo eu que aos 23 anos me sinto uma mistura de paulista com carioca, porque nasci e me criei em São Paulo e agora moro no Rio”.

Fernanda Paes Leme comenta sobre a importância dos workshops que se realizaram no Projac e nos quais os artistas tiveram contato com índios e seringueiros do Acre, estado que terá sua história contada no novo trabalho de Glória Perez.
“Nos depoimentos de todos eles eu percebi uma coisa comum: são felizes com o que têm e que nós, os urbanos, consideramos tão pouco. Acho que vai ser muito legal ver de perto como se pode ser feliz no meio daquele mato, que vou aprender a dar valor à simplicidade. A minissérie vai fazer muito bem para todos nós que vivemos no meio dessa bagunça urbana”.

A atriz explica ainda qual foi a principal função desses primeiros workshops que foi assistido por quase todo o elenco já escalado para as duas primeiras fases.   

“Os workshops serviram para os atores mergulhar no universo da minissérie Amazônia, o que vão ser os personagens e não o que cada ator vai fazer. Eu, por exemplo, pertenço a um núcleo que faz parte do seringal e vai acabar formando um triângulo amoroso, porque se envolverá com um coronel, vivido pelo Ernane Moraes, que é casado com a Letícia Spiller”, conclui Fernanda.