Filho do criador do Chaves ainda negocia volta da série
Por Redação - 13/10/20 às 04:00
O produtor mexicano Roberto Gómez Fernández, filho do falecido ator de Chaves, Roberto Gómez Bolaños, declarou em uma entrevista ao jornal Milenio, do México, que não descansará até que a clássica série volte à televisão.
Por problemas de contrato e direitos autorais, o programa deixou de ser transmitido em todos os países, e agora o produtor garante que ainda está negociando com a Televisa, onde espera que seja transmitida também a série biográfica do pai, Chespirito, que ele está preparando.
Sobre boatos de que ele entrou em uma disputa com a Televisa, Gómez Fernández garante que não brigou com a emissora e espera chegar a um acordo em breve.
"Esperamos estar em sua produção no próximo ano, e aqui no México não vejo outro lugar para a série ser transmitida que não seja a Televisa onde meu pai esteve várias décadas", disse.
Sobre a série, o produtor comentou: "Queremos que as pessoas conheçam o Roberto que viram na telinha, mas também aquele que não viram, o pai, o marido, o trabalhador com sonhos, mas também o homem que teve muitos erros pelo caminho. Não é uma homenagem, mas antes refletir esse gênio com suas virtudes e grandes defeitos", explicou.
Fim da exibição deixou atores tristes
Os fãs de Chaves receberam uma notícia extremamente triste e chocante há dois meses: a exibição do programa foi cancelada em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil em canais como SBT e Multishow.
Florinda Meza, atriz que viveu a personagem Dona Florinda no seriado, desabafou sobre o assunto em seu perfil oficial no Instagram na noite de sábado (1º).
A artista também aproveitou para lembrar do falecido marido, Roberto Gómez Bolaños, criador da obra e de outras atrações como Chapolin Colorado.
“O que eu acho que o programa Chespirito [Chaves] para de transmitir? Embora eu não tenha nada a ver com isso porque inexplicavelmente não fui convocado para as negociações, acho que agora, quando o mundo precisar de mais diversão, isso será um ataque às pessoas. Além disso, isso vai contra seus próprios interesses comerciais, porque neste momento queremos ver tudo o que nos lembra um mundo melhor”, declarou ela.
“Chespirito já é um programa de culto. Faz parte do DNA dos latinos, nós o carregamos na memória genética. Fingir cortá-lo é um movimento imprudente. É triste ver como em sua própria casa, que você deu milhões de dólares, é onde você é menos valorizado. Eu nunca pensei que isso iria acontecer comigo, mas pela primeira vez eu encontro um motivo para dizer o quão bom meu Rober não estar neste mundo!”, continuou.
“Esse ato incompreensível chuta sua memória e o que ele mais respeitava: o público. Talvez alguns executivos sem visão queiram apagá-lo, mas no coração e na memória dos mocinhos que sempre o seguiram, ele estará mais vivo do que nunca. Verdade?”, concluiu Florinda Meza.
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