Flávio Fachel chora ao vivo, na Globo, ao atualizar dados da tragédia de Petrópolis

Por - 17/02/22 às 12:28

Apresnetador Flávio Fachel chorando em PetrópolisFoto: Reprodução/ TV Globo

A tragédia que assolou a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro deixando mais de 100 vítimas fatais na última terça-feira, 15 de fevereiro, tem sodo assunto principal em toda a programação de TV no estado do Rio. Enquanto conversava com a jornalista Silvana Ramiro, que estava no estúdio do “Bom Dia Rio”, O apresentador do telejornal, Flávio Fachel, foi às lágrimas ao descrever o cenário que testemunhava, explicando a tragédia.

“Silvana, é muito dolorido o que a gente tá vendo aqui. Não tem como a gente não se emocionar, porque a gente sabe que tem gente aqui que ainda precisa ser resgatada. É muito difícil o que a gente ta acompanhando aqui”, disse Fachel, que se emocionou ao falar com a colega Silvana Ramiro.

“Não tem como andar aqui. A gente fica vendo essas equipes de socorro usando toda a técnica que elas têm para localizar alguém que você não sabe onde tá”, explicou.

“Os socorristas são unanimes em dizer ‘a gente não sabe onde essas pessoas estão’. Aqui, com o pé na lama, a gente sente essa dor, essa energia que toda a cidade de Petrópolis está sentindo”, disse.

FLÁVIO FACHEL FAZ DURAS CRÍTICAS AO PODER PÚBLICO

A repercussão do efeito devastador das chuvas em Petrópolis foi além e, no “Mais Você”, nesta quinta-feira, 17, Flávio Fachel, conversou em um link, ao vivo, com Fabrício Battaglini e Thalita Morete.

O jornalista fez duras críticas ao poder público, ao exibir cenário devastado da cidade serrana e afirmou, chorando, que seu sentimento passa longe de “entender o que as pessoas estão sentindo”.

“Não foi a chuva que causou isso, mas décadas e décadas de abandono dessa população que mora nas encostas. Não foi a chuva! O que causou isso foi a nossa atitude como cidadãos que nos faz lembrar dessas pessoas só quando estão soterradas”, disse, indignado.

“As pessoas estão com os nervos a flor da pele, desesperadas, angustiadas, porque falta tudo aqui. Não se sabe onde estão as pessoas. Para deixar claro, eu acho que precisa ser dito: o que está acontecendo aqui hoje em Petrópolis não é resultado da chuva, não é a chuva que causou isso aqui, ela vem todo início de ano”, disse Fachel.

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FAMOSOS QUE NASCERAM E VIVEM EM PETRÓPOLIS PEDEM AJUDA

A terça-feira, 15 de fevereiro, marcará para sempre a história de Petrópolis, a conhecida Cidade Imperial, localizada na Região Serrana do Rio de Janeiro. Ao longo de seis horas ininterruptas, uma forte tempestade caiu na cidade, vitimando mais de 100 pessoas, destruindo inúmeras casas, carros e deixando rastros de dor e tristeza na população. Agências internacionais de notícias ressaltaram em reportagens a devastação da cidade turística e o elevado número de vítimas da tragédia. O Centro Histórico da cidade, imortalizado em inúmeras produções, virou um lamaçal à céu aberto.

O saldo da tragédia não havia sido contabilizado até o fechamento desta matéria. Em estado de calamidade pública, Petrópolis ganhou as manchetes de todos os telejornais e fez até com que a grade de programação da Globo, no Rio de Janeiro, fosse alterada, para manter ao longo do dia, notícias sobre resgates.

Não por acaso, nas redes sociais, artistas se mobilizaram nas redes sociais para ajudar as vítimas das chuvas, entre eles Rodrigo SantoroCamila Morgado e Fiorella Mattheis, nascidos e criados na cidade. Eles compartilharam informações e dados bancários de grupos que estão levantando fundos para dar suporte aos mais afetados pela tragédia.

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No passado, Petrópolis era o refúgio de verão de toda corte no tempo do Império. Uma das exigências foi a construção de um Palácio Imperial e aí é que se encontra a razão para o apelido de Cidade Imperial. Nessa época vários palácios, mansões e construções do tipo foram erguidas o local.

Fiorella gravou uma série de vídeos e seus stories e destacou que seus amigos e familiares que ainda vivem na cidade estão bem: “Estou completamente em estado de choque com o que aconteceu em Petrópolis, a minha cidade, cidade em que eu nasci e cresci”, disse.

Morador de Itaipava, distrito de Petrópolis, Cid Moreira, de 91 anos, também usou as redes sociais para pedir ajuda. Ele vive em uma mansão com a mulher, Fátima Sampaio, e fez um vídeo para tranquilizar os fãs que estava tudo bem. O ex-apresentador do “Jornal Nacional” aproveitou para alertar a população sobre as doações e apoio que a cidade precisa nesse momento.

COMO AJUDAR

Donativos para as vítimas da tempestade de Petrópolis podem ser feitos de várias maneiras, para entidades diversas. A prioridade é para garrafas de água mineral, já que o abastecimento foi comprometido em grande parte da cidade. Colchões, cobertores, material de limpeza e higiene pessoal, máscaras, álcool em gel, roupas e alimentos não perecíveis estão sendo recolhidos.

Para quem está em outros estados, as doações podem ser feitas pela plataforma “Para Quem Doar

Em Petrópolis
As doações podem ser feitas no Centro de Cultura de Pedro do Rio, Centro de Defesa de Direitos Humanos (Centro); Centro de Defesa dos Direitos Humanos ( Rua Monsenhor Barcelar 400, Centro); Igreja Batista Atitude (Rua Quissamã 777); Igreja Católica de São Francisco de Assis ( Rua João Xavier, Moinho Preto); Igreja Lagoinha, no Quitandinha; Igreja Metodista Central, na subida da Rua Teresa; Igreja Missões Evangelística Vinde Amados Meus (Rua Bernardo de Vasconcelos 604 , Cascatinha); Igreja Semeando Avivamento (Rua Dr. Thouzet 10, Quitandinha); OAB (Rua Marechal Deodoro 229, sobreloja, Centro); Pronto Socorro do Alto da Serra (Rua Teresa 1.839, Alto da Serra); Shopping Tarrafas, em Itaipava;Por orientação da Diocese local, todas as paróquias da cidade estão recolhendo doações de roupas e material de higiene.

Na cidade do Rio de Janeiro
Todos os batalhões da Polícia Militar e as bases do Segurança Presente estão reunindo donativos. Também são bases as unidades da Faetec, do Cecierj, do Cederj e as escolas da Rede Ceja. A Águas do Rio e a Prolagos, concessionárias de serviços de saneamento, recebem doações em 46 lojas em todo o RJ. Outro posto de arrecadação de doações é a Alerj (Rua da Ajuda, nº 5, no Centro do Rio).

Zona Sul do Rio de Janeiro
Sede do Fluminense, em Laranjeiras; Sede do RioSolidário (Travessa Euricles de Matos 17, em Laranjeiras); Sede do Flamengo, na Gávea; Sede Náutica do Vasco, na Lagoa; Paróquia São José da Lagoa (Avenida Borges de Medeiros, nº 2.735); Botafogo Praia Shopping; Rio Design Leblon; Posto da PF no RioSul; Posto da PF no Shopping Leblon.

Zona Norte
Estádio do Maracanã; Estádio Nilton Santos, no Portão 2, no Engenho de Dentro; Estádio de São Januário, em São Cristóvão; Prefeitura Universitária da UFRJ (Praça Jorge Machado Moreira 100, na Ilha do Fundão); Shopping Tijuca; NorteShopping; Shopping Nova América; Madureira Shopping; Shopping Boulevard; Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão; Igreja Metodista de Vila Isabel (Boulevard 28 de Setembro, 400); Escola de Samba Em Cima da Hora (Rua Zeferino Costa 556, Cavalcanti).

Centro
Câmara de Vereadores, na Cinelândia; Posto da PF no Santos Dumont; Sede da OAB (Avenida Marechal Câmara, 210); Sede da Ação da Cidadania (Rua da Gamboa, 246, Santo Cristo); Sede da Cedae (Avenida Presidente Vargas, nº 2655); Sede da Seap, na torre da Central do Brasil; Sede da Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá; Sede da ACRJ (Rua Candelária, nº 9 – Centro).

Zona Oeste
Rio Design Barra; Projeto social Brasil Sem Alergia em Realengo (Av. Santa Cruz, 1896); Quadra da Unidos de Padre Miguel (Rua Mesquita, 8).

Baixada Fluminense
Projeto social Brasil Sem Alergia em Duque de Caxias (Rua Conde de Porto Alegre 155, bairro 25 de Agosto) e Praça da Mantiquira, em Xerém; Projeto social Brasil Sem Alergia em Nova Iguaçu (Rua Iracema Soares Junqueira 224, Centro); Estação de Tratamento do Guandu (Rua Coqueiros 142, Nova Iguaçu).

Em Niterói as doações podem ser feitas no Shopping Plaza Niterói e em Teresópolis, na Cedae (Avenida Feliciano Sodré 848, Várzea).

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino