Gabriel Bandeira conquista primeiro ouro do Brasil na Paralimpíada
Por Flavia Cirino - 25/08/21 às 11:55
O nadador Gabriel Bandeira, de 21 anos, conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, na manhã desta quarta-feira, 25 de agosto. O atleta venceu os 100m borboleta, na classe S14 (para atletas com deficiência intelectual), com o tempo de 54s76 e marcou o recorde paralímpico no Centro Aquático de Tóqio. A prata ficou com Reece Dunn, da Grã-Bretanha (55s12), enquanto o australiano Benjamin Hance foi o medalha de bronze (56s90).
Natural de Indaiatuba, no interior de São Paulo, até os 11 anos de idade, Gabriel competia na natação convencional. Após algumas dificuldades de evolução nos treinamentos, ele foi submetido a testes, que constataram uma deficiência intelectual. No ano passado, o nadador participou de sua primeira competição paralímpica e, na ocasião, quebrou quatro recordes brasileiros. Já em 2021, bateu seis recordes das Américas.
“Acho que dentro do possível, [o ouro foi] mais do que esperado. Tivemos um imprevisto. Ficamos mais tempo dentro do quarto do que o esperado. Tenho mais cinco provas. Foi bom quebrar o gelo com ouro]”, disse Gabriel Bandeira em entrevista ao SporTV.
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PASSO A PASSO DO OURO
Inicialmente, Gabriel Bandeira não teve um dos melhores tempos de reação, mas se recuperou e bateu os primeiros 50m em segundo, com 25s80, atrás do norte-americano Lawrence Sapp – que terminou a prova em 5.º.
A segunda e última metade da prova do brasileiro, no entanto, foi muito forte e ele garantiu a vitória e a melhor marca da prova, que fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos.
Mais cedo, nas eliminatórias dos 100m borboleta da classe S14, o recorde paralímpico foi batido três vezes: primeiro pelo australiano Liam Schulter, com a marca de 58s38, depois por Bandeira, que venceu sua bateria com 56s78, e, por fim, por Dunn, com 55s99.
BRASIL TEM BOM HISTÓRICO DE MEDALHAS
Somando este pódio, o Brasil já conquistou 303 medalhas na história dos Jodos Paralímpicos. Além disso, com esta vitória de Gabriel, o país chegou a 88 medalhas de ouro – faltando 12 para a 100ª. Ainda são 113 de prata e 102 de bronze. Vale ressaltar que o país está entre as 20 nações que mais medalharam em toda a história do megaevento.
EMOÇÃO NA CERIMÔNIA DE ABERTURA
Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, foram os porta-bandeiras do Brasil no evento de abertura oficial dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, na terça-feira, 24 de agosto. A delegação brasileira contou ainda com a técnica da classe BC4 da bocha e staff de Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Alberto Martins.
Com direito a “dancinha” de Petrúcio e muita alegria de Evelyn, o Brasil foi o 116º país a desfilar na cerimônia, logo em seguida das Ilhas Faroe, já que a ordem do desfile dos países foi baseada no alfabeto japonês.
“Neste momento, estou emocionado. Já chorei muito, mas foi um choro de alegria. Estar aqui, representando os atletas brasileiros, me deixa muito feliz. Gostaria que todos os outros atletas estivessem aqui, pulando e dançando, pois os brasileiros são os melhores do mundo. Obrigado, Brasil!”, disse Petrúcio, em entrevista ao Sportv, logo após o desfile.
“Estou muito feliz por estar aqui. É uma honra poder representar o esporte paralímpico e todos os atletas brasileiros. Muito obrigado, Brasil”, comemorou, Evelyn.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino