Harry Styles: O sucesso misterioso do rockstar moderno
Por Redação - 31/05/20 às 06:00
Dois álbuns solos, 26 anos, duas turnês mundiais (a mais recente pausada em razão do novo coronavírus), um vida pública desde os 15 anos após participação no The X Factor britânico… para Harry Styles, o novo rockstar da juventude, parece caminhar por caminhos que talvez até ele duvidasse.
Depois de quase seis anos de banda, a One Direction iniciou uma pausa, em 2016, mas antes disso, em 2015, Zayn Malik já havia declarado a saída do grupo, marcando o início do “fim” da última grande febre teen pré-era do k-pop. Esse foi então a abertura do espaço para que os outros rapazes – Louis Tomlinson, Niall Horan, Zayn Malik e Liam Payne – incluindo Harry, passassem a trilhar carreiras sozinhas.
Entretanto, já nos dias áureos de boyband, Styles tinha uma certa popularidade, um certo holofote sempre apontando para ele. Seria o carisma? A tatuagem “Brasil!” feita no Brasil quando eles se apresentaram por aqui? O talento? É até difícil dizer concretamente, mas o britânico é dono de um certo chamariz que faz dele um ícone que saiu majoritariamente de pequenas casas de shows na primeira tour para estádios no segundo projeto.
Vem entender com o OFuxico os mistérios e característica que fazem de Harry Styles quase um Elton john dos tempos modernos!
Moda
Associar o nome do cantor ao universo fashion virou quase uma obrigatoriedade. Ainda na One Direction, Harry passou a ganhar mais liberdade para mostrar qual seria o seu estilo. Misturando tendências com suas vontades, o rapaz partiu de cabelos bem encaracolados a fios compridos, curtos e mais lisos, sempre fazendo disso, mesmo que inconscientemente, uma de suas marcas.
As roupas, então, saíram em disparada como uma forma de expressão para ele. Quando a banda caminhava para a pausa, Harry deixou as vontades tomarem conta e os figurinos eram mais despojados, camisas de botão levemente abertas, mais largas, com caimentos. As estampas chegaram, assim como os conjuntos, e já era possível vê-lo com ternos sofisticados, fora do pretinho ou branquinho básico, tendo o floral como desenho predileto. Também foi o momento em que as botas com salto, influência dos anos 1970, apareceram nos pés do galã.
Daí chegou o intervalo dele próprio. Até a chegada do álbum autointulado e de estreia, lá em 2017, as perguntas e questionamento eram inevitáveis. Tudo mudou assim que o primeiro single foi lançado, Sign Of The Times, dando um gostinho do que vinha pela frente, tanto musicalmente quanto na persona em frente às câmeras.
As roupas usadas por ele na Live On Tour seguiram aquilo mostrado nos último tempos de One Direction, só que bem mais elaboradas e sofisticadas. Elas tinham um certo charme sem perder a irreverência; transmitiam o tom misterioso e politizado do artista que as vestiam.
Vieram os acessórios, as unhas pintadas, a certeza de que se ele gosta de uma peça, ele vai usar, independente do rótulo imposto pela sociedade sobre aquilo. É a lei do “se eu gosto, nenhuma opinião de fora vai importar”.
Não à toa, Harry terminou a década de 2010 como um dos maiores nomes fashion, segundo a revista Vogue; tornou-se rosto de campanhas da Gucci e ao lado de Alessandro Michele, diretor criativo da grife italiana, foi um dos anfitriões do baile do MET Gala de 2019.
É o que é
Apesar de algumas certezas como a moda ser algo importante para Harry Styles, porém, mais no sentido natural da coisa do que um personagem em cima dos palcos, decifrá-lo não é muito simples. E isso se deve, talvez, à sua capacidade de saber separar muito bem a vida pessoal da vida artística.
O que se sabe de sua família veio lá do início, no The X Factor e os namoros, tantos os boatos quanto os certos, até tiveram palco, mas sem material duradouro para serem tão sustentados pela mídia.
Outro assunto englobado é a sexualidade do jovem. Em um mundo que tenta progredir pela liberdade sem rótulos é até estranho que haja tanta cobrança por um posicionamento do artista, que já se mostrou um grande apoiador da causa LGBTQ+. No ano passado, durante um bate papo com o jornal The Guardian, o dono do hit Lights Up seguiu o pensamento neutro e descreveu a questão da sexualidade como algo “divertido”.
"Não é como se eu estivesse sentado nessa resposta, protegendo-a, escondendo-a. Não é uma questão de 'Não vou te dizer porque não quero'. Não é algo do tipo 'Isso só pertence a mim'. É tipo: e daí? Isso faz algum sentido? É realmente: e daí?", afirmou. "Sexualidade é algo divertido. Honestamente? Não posso te dizer que pensei mais a fundo do que isso", continuou, sobre a exploração de um mundo sem definições de gênero em sua carreira.
No entanto, talvez essa seja a única polêmica envolvendo o nome da celebridade. Neste tempo em que vive sua carreira solo, ele já foi acusado de usar o "pink money" (termo utilizado para se referir ao consumo de produtos pela comunidade LGBTQ+) para se promover, apenas.
Harry Styles nunca desmentiu ou afirmou essas teorias, o que se pode ver é que ele tem seus defensores e continua na boca do povo – e nos ouvidos, nas redes sociais…
Liberdade
Até o lançamento do primeiro disco, o músico ficou cerca de um ano e meio desaparecido, dizendo assim. Quem é que sumiria logo após todo o alcance da One Direction, sem aproveitar nem um tequinho dessa popularidade para promover algo? A resposta é: Harry. Ele não ligou para isso em nenhum momento. Entrou logo de cara em umas férias bem merecidas, diga-se de passagem.
O interessante é que ele conseguiu convencer a sua gravadora a ter esse tempo e a aprovar um álbum que de pop tem apenas a imagem do artista, ou seja, algo nele fez os empresários sentirem que dali saíra algo certeiro. Influenciado pelo rock e o alternativo, Styles, em sua mais peculiaridade e singularidade, entregou um projeto que teve boas avaliações da crítica especializada além de render a paixão de fãs antigos e novos.
Na época do Grammy Awards 2018 e 2019 o pessoal ficou indignado que não rolou nenhuma indicação tamanha a aclamação do CD.
Dois anos depois chegou o Fine Line. Um pouco mais dançante, com mais possíveis singles e hits e longe de esquecer a personalidade misteriosa do inglês. Ele encerrou a década com chave de ouro!
Com tamanho espaço para fazer o que bem entender é de impressionar que ele tenha consiguido isso de um jeito que soa simplório. Provavelmente ele apareceu no momento certo e foi observado pelos olhos que deveriam, ou soube instruir muito bem o seu desejo. De um jeito ou de outro, seu nome veio para ficar muito bem registrado na indústria da música e, quem sabe, futuramente, no Hall da Fama.
Ah! Vale lembrar o lema do rapaz: Treat People With Kindness (Trate as pessoas com gentileza).
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