Jennifer Aniston diz que alguns episódios de ‘Friends’ são ofensivos

“Friends“, a série dos anos 1990 protagonizada por Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matthew Perry, Matt LeBlanc e David Schwimmer, continua ganhando novos fãs a ponto de completar 30 anos de programa, mas Aniston, que interpretava Rachel Green, reconhece que as novas gerações acham a série ofensiva.

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A atriz, que está promovendo o novo filme da Netflix em que contracena com Adam Sandler, “Murder Mystery 2”, comentou que tem episódios com temas que deveriam ser evitados.

“A comédia evoluiu, os filmes evoluíram. Agora é um pouco complicado porque você tem que ter muito cuidado, o que torna muito difícil para os comediantes, porque a beleza da comédia é que rimos de nós mesmos, rimos da vida.”, contou em conversa com a agência AFP.

“Existe toda uma geração de pessoas, crianças, que agora estão revendo episódios de ‘Friends’ e achando-os ofensivos. Houve coisas que nunca foram intencionais e outras… bem, deveríamos ter evitado”, justifica.

Um dos episódios a que Jennifer Aniston se refere se chamava “Fat Monica” (Monica gorda). Na história a personagem Monica Geller está vestida com um traje que a torna gorda, e o episódio fica pior, já que supostamente na trama Monica é uma garota virgem de 30 anos porque… ela é gorda. “Porque gente gorda não consegue transar”. Essa é a piada e esse é um dos episódios que os atores gostariam de eliminar.

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Ao longo de toda o episódio, piadas são feitas sobre o peso de Monica, que no final fica ‘gostosa’ quando emagrece.

Mas em outros capítulos de “Friends” eles também pecam quando Ross Geller (Schwimmer) fica irritado quando o filho só gosta de brincar com bonecas. Ou fazem piadas de pessoas com doenças mentais. Tem também o episódio em que Monica mente ter 22 anos, quando na verdade tem 26, para sair e tirar a virgindade de um garoto de 17 anos, que está no último ano do ensino médio.

FALTA DE REPRESENTATIVIDADE

“Friends” é com certeza uma das séries mais populares de todos os tempos, sendo sempre lembrada quando alguém menciona o gênero de sitcoms, além de possuir uma legião de fãs até hoje que vivem maratonando a série sem parar.

Porém, muito também é comentado sobre a atração possuir pouca representatividade, sobretudo a racial, algo que a cocriadora do programa, Marta Kauffman, assumiu a culpa, afirmando ter ouvido críticas quanto a isso ao longo dos anos.

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“Aprendi muito nos últimos 20 anos. É doloroso se olhar no espelho. Estou envergonhada por não entender melhor [sobre o assunto] há 25 anos atrás”, afirmou ela entrevista recente ao Los Angeles Times.

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Ainda, Marta disse que rejeitava as críticas inicialmente, mas tudo mudou após o movimento “Black Lives Matter” em 2020, que ocorreu após o assassinato de George Floyd nas mãos da polícia estadunidense. Ela também garantiu estra examinando como participou de um racismo estrutural ao longo dos anos sem perceber.

Para iniciar mudanças em relação ao assunto, Kauffman doou U$ 4 milhões (R$ 21,33 milhões) para a Brandeis University, e espera que seja fundada uma catédra no departamento de estudos afro-americanos. Ela também se comprometeu a contratar pessoas negras em projetos futuros.

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