Jorge Aragão anuncia aposentadoria dos palcos

Jorge Aragão, dono de clássicos eternos como “Malandro”, “Coisa de Pele”, “Vou Festejar” e “Lucidez”, anunciou sua aposentadoria dos palcos. Contudo, afirmou que seguirá compondo. O artista quer manter o vínculo com a música, apenas com um ritmo mais leve, após décadas de dedicação.

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Nascido no Rio de Janeiro, ele iniciou a trajetória em rodas de samba e blocos de carnaval, onde logo se destacou como compositor.

Durante os anos 1970, suas canções chamaram atenção de intérpretes importantes, consolidando seu nome entre os grandes autores do samba. Beth Carvalho foi uma das primeiras a reconhecer seu talento, gravando “Coisa de Pele” e transformando a composição em sucesso nacional.

Com o tempo, vieram parcerias e interpretações de nomes como Zeca Pagodinho, Alcione, Martinho da Vila e Elza Soares, o que ajudou a espalhar seu repertório por todo o país.

Além de compositor, Jorge Aragão se consolidou como intérprete carismático e inovador. Seu estilo, ao mesmo tempo clássico e moderno, conquistou tanto o público fiel do samba de raiz quanto novas gerações de admiradores.

Do Fundo de Quintal à carreira solo

Em 1980, integrou a primeira formação do Fundo de Quintal, grupo que revolucionou o pagode sem romper com as origens do samba. Aragão participou do processo que modernizou o gênero, introduzindo novas harmonias e instrumentos, mas mantendo o espírito das rodas cariocas. Essa passagem marcou a história da música brasileira e abriu caminho para o sucesso de inúmeros artistas que viriam depois.

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Após sair do grupo, iniciou uma carreira solo sólida, acumulando discos, prêmios e apresentações no Brasil e no exterior. Cada fase trouxe novas experimentações, mas sem perder o compromisso com a essência do samba. Com mais de cinco décadas de estrada, Jorge Aragão se tornou símbolo de talento, respeito e continuidade cultural, inspirando veteranos e jovens sambistas.