Jovem Pan demite radialista que apoiou atos terroristas de 8 de janeiro

A Jovem Pan decidiu demitir o radialista Milton Oliveira, que disse abertamente ter ajudado a financiar os atos terroristas do dia 8 de Janeiro. Na ocasião, uma multidão que apoiava o Governo Bolsonaro, invadiu o Palácio do Planalto, o Palácio do Congresso Nacional e o Palácio do Supremo Tribunal Federal, praticando atos de vandalismo.

Confira o comunicado!

“A Jovem Pan esclarece que o empresário Milton Oliveira não faz mais parte do grupo de afiliados da Rede Jovem Pan, desde 20 de abril deste ano. O contrato com a DPV Limitada, empresa que administrava a Jovem Pan Itapetininga, foi rompido de imediato, por iniciativa do Grupo Jovem Pan, logo após a fala do radialista que usou o espaço da programação local da afiliada para manifestar apoio aos atos criminosos de oito de janeiro e para declarar ter apoiado financeiramente os protestos que levaram à depredação em Brasília.

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O Grupo Jovem Pan reforça a posição em defesa da democracia e do Estado de Direito, razão pela qual se viu obrigado a adotar medidas legais contra o empresário Milton Oliveira com o objetivo de preservar a credibilidade de uma empresa que tem 80 anos de história na radiodifusão”.

POLÍCIA FEDERAL

Milton Oliveira foi um dos alvos da 13ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga os atos terroristas do dia 8 de janeiro. As autoridades, nesta terça-feira (27), cumpriram mandados de busca e apreensão nos endereços do empresário.

No dia 20 de abril, em transmissão ao vivo, Milton afirmou que financiou os atos terroristas, que levou milhares de pessoas até Brasília. Na época, durante o programa “Manhã da Pan”, ele ainda revelou que não tinha medo da polícia.

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“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo pra senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço. Se eu tiver que ser preso porque ajudei alguns patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum“, disse.

ATOS TERRORISTAS

No dia 8 de janeiro, bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto espalhando terror e destruição em Brasília. Eles entraram em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios.

Os participantes dos atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras e a polícia até tentou conter os manifestantes com uso de spray de pimenta e bombas de efeito moral, mas a tentativa foi em vão. Os três prédios foram apedrejados e tiveram suas fachadas quebradas resultando danos ao patrimônio público.

Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha sido empossado uma semana antes, se pronunciou classificando os atos criminosos como “barbárie” e que os envolvidos serão punidos. “Vamos descobrir os financiadores”.

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