Juliana Silveira sobre vilã Kalési: ‘Amo ser odiada’

Por - 05/07/16 às 19:30

Reprodução/Instagram

Juliana Silveira talvez seja a atriz com maior tempo de casa na Record e que estará em A Terra Prometida, mas, em conversa com OFuxico, a atriz revelou que é um trabalho muito desafiador, mas talvez o mais importante de sua carreira.

“Lógico que tudo é um processo de toda a caminhada que a gente tem, mas a Kalési é a maior personagem da minha carreira. Às vezes, é bom não ser tão ansiosa, porque as coisas vão acontecer e foi assim que a Kalési veio para minha carreira. Eu sou muito ansiosa na vida pessoal, mas na vida profissional não. É incrível, são duas pessoas vivendo em uma só. Então, para equilibrar as coisas, eu faço meditação transcendental para administrar essa ansiedade”.

Juliana Silveira ainda contou que nunca pediu um papel para nenhum diretor, mas não teria problema nenhum em fazer isso. Porém, como tinha muita vontade de estar em A Terra Prometida, ela acredita que sua meditação ajudou.

“Eu estou na Record há 10 anos e eu sempre fui escalada para as novelas contemporâneas e nunca pedi nada. Eu até ligaria pedindo um trabalho que quisesse muito, mas existem pessoas bem capazes para saber se sou a pessoa certa para tal personagem. Mas eu ligaria sim, o máximo que poderia ouvir era um ‘não’. Mas quando soube que eles iam fazer A Terra Prometida, eu fiquei com muita vontade de fazer, mas fiquei lá em casa pedindo através de meditações e veio a Kalési”, afirmou.

Juliana ainda disse que, por ter “cara de mocinha”, um papel como o de Kalési ou de sua vilã em Vitória, demoraram para vir. “Se você tem uma cara de mocinha e você deu certo como mocinha, muitas vezes não vão arriscar, sabendo que neste gênero deu certo. Porém, o ator está sempre buscando desafios e mostrar que nós podemos ir além. Só que é preciso esperar, porque alguém precisa te dar essa chance”, contou.

E Juliana está adorando essa coisa de interpretar uma vilã e, ao mesmo tempo, uma Rainha. “É a segunda vilã já, mas é muito interessante, porque vilãs não tem limite. Já a mocinha tem suas limitações dramatúrgicas. Eu gosto de ser odiada, fazer vilãs é muito bom. Muitos fãs chegam a comparar com Floribella, porque não gostam de me ver má, mas a Floribella também não sou eu. Todas são personagens. Você fazer uma Rainha também é muito bom. Menina sempre tem o sonho de ser princesa. Eu, pelo menos, sempre brinquei disso quando era criança então uma Rainha, como é a Kalese, é um prato cheio”, disse.

Porém, nem tudo é fácil e como se trata de uma novela de época, o improviso no texto não pode acontecer, algo que foi bem difícil para Juliana. “São palavras diferentes do que estamos acostumados a usar no dia a dia e você não pode falar nada fora do texto. Então você precisa estudar mais, se apropriar mais do texto, porque tudo que a gente fala é tudo muito fora do nosso contexto, com a internet, da nossa vida de hoje. Porém, depois de duas semanas gravando já está tudo as mil maravilhas”, contou.

Em várias cenas, Juliana Silveira grava com um cobra piton, algo que ela adora, pois se sente ainda mais poderosa. “Prefiro trabalhar com cobras do que com cavalos, por exemplo. Se um dia tiver que fazer uma guerreira, eu vou precisar de mais tempo para o cavalo do que para a cobra. A cobra não tem muito segredo depois que você acostuma com ela, não tem como escapar. Uma coisa engraçada é que nenhum dos homens gostam da cobra, porque quando estou com ela eu me sinto muito poderosa, ninguém enche meu saco (risos). Tive medo no começo sim, confesso, mas a Pandora (cobra) já está há mais de dez anos fazendo isso, está costumada, é uma atriz de currículo (risos)”.

Questionada sobre as características de sua personagem, Juliana contou que ela adora sexo, mas que, por conta do horário da trama, as cenas não chegam às vias de fato. “Minha personagem já tentou matar uma criança e não conseguiu, mandou matar um hebreu e é viciada em sexo. Ela canta os homens mesmo, mas essas cenas não vão ao ar, pois a novela passa às 20h30, né? Ela faz elogios, vai para cima na cara do Rei, mas nunca vamos às vias de fato. Nas cenas, sempre mostram um beijo mais quente, um texto mais sensual, mas nada além disso.

E a dedicação por Kalési é tanta que Juliana Silveira até deu um presente para ela. “Foi a primeira vez que comprei um presente para uma personagem, que foi algo indicado por minha preparadora pessoal, Patricia Carvalho. Eu dei uma sandália com uma cobra de cristal para a Kalési, que é a que ela usa durante a trama toda praticamente”, contou.

A Terra Prometida estreia nesta terça-feira (5), às 20h30, na tela da Record.

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