Kledir Ramil na Copa: Brasil 2 x 0 Costa Rica
Por Redação - 22/06/18 às 17:30
Eu adoro a Costa Rica. Nunca visitei o país, mas tenho uma enorme simpatia por mis hermanos costarriquenhos, desde que soube que eles aboliram o Exército em 1948 e substituíram por uma Força Nacional. Isso permitiu que o país consolidasse uma democracia sem golpes militares e ditaduras apoiadas pela força das armas, ao contrário da maioria de seus vizinhos latino-americanos. Inclusive nós, aqui do Brasil.
A economia feita por não haver despesas militares foi aplicada em educação e saúde. Hoje quase 100% da população é alfabetizada e o país se transformou em um símbolo de paz e respeito aos direitos humanos. Parece utopia, mas não é. Costa Rica virou uma referência mundial por seus altos índices de desenvolvimento econômico, desempenho social e qualidade de vida.
Por tudo isso, comecei o jogo torcendo pro Brasil com o coração meio apertado. Mas em pouco tempo minha simpatia acabou, surgiu em mim um sujeito descontrolado, revelando todo o ridículo da minha condição de torcedor movido pela paixão: eu queria atropelar aquela cambada de cucarachos. Se eu tivesse uma bazuca na mão, teria demolido a muralha que foi construída na defesa. Futebol é uma guerra. Como eles não têm uma cultura de batalha, adotam uma política de não agressão e ficam querendo parar o jogo. Assim não tem graça. Primeiro, não deixam o Brasil jogar fazendo rodízio de faltas, único momento em que deixam transparecer um certo instinto bélico animal. A prova disso, mais uma vez, são as meias rasgadas do Neymar. Depois, quando acreditam que vão conseguir manter o empate em 0 x 0, ficam fazendo cera, momento em que transparece o talento para as artes cênicas. E o juiz, sempre ele, não dá cartão pros caras.
Bueno, foi um sofrimento, 90 minutos com o coração na mão, até que a bola finalmente entrou, o Tite rolou pelo chão e despachamos los hermanos de volta pra casa. Já vão tarde. Só voltem aqui se quiserem participar da brincadeira de verdade.
Tô cansado desses times que entram em campo pra não deixar jogar. Pra quê vão a uma Copa do Mundo? Comprar matrioskas de presente pra abuelita? Liberem a vaga pra quem quer jogar bola.
Como diz o ditado popular, “quem não sabe brincar, não desce pro play”.
Matéria original do site Empoderadxs, cedida gentilmente para OFuxico.
Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.