Lan Lanh e Nanda Costa revelam exigência para doador de sêmen: ‘Que não fosse bolsominion’

Em outubro nascem as duas filhas de Nanda Costa e Lan Lanh. As gêmeas foram concebidas através de fertilização in vitro e, ao optar pelo procedimento, as mães fizeram três exigências para escolher o doador do sêmen.

“Que fosse saudável, brasileiro para ter suíngue e não fosse bolsominion”, contou a percussionista ao jornal O Globo.

Depois de vasculhar os serviços internacionais e descobrirem que, por causa da reserva escassa na pandemia, teriam de aguardar 90 dias, o casal recorreu a um banco nacional de esperma. Elas comemoram pelo fato de a maioria dos doadores estrangeiros que encontraram serem louros de olhos azuis, distante do tipo físico comum brasileiro. O outro motivo é que, enquanto lá fora as informações sobre o dono do material genético são detalhadíssimas, por aqui, ele é mantido no anonimato.

“Eu já estava doida com tanta informação. Percebemos que era melhor não ter tanta. Porque não vai mudar nada, são nossas filhas”, disse Nanda ao jornal.

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Três tentativas

O tratamento hormonal começou em 2019, quando as duas se casaram. Ao todo, foram três tentativas de inseminação artificial. O casal conseguiu o sinal positivo justamente quando Lan Lanh perdeu o pai para a Covid-19. Antes de ele partir, deu tempo de dar a notícia, até então, guardada a setes chaves mesmo para as famílias.

“A médica ligou dizendo que não havia mais nada a fazer, para eu me despedir dele. Pedi para colocarem o telefone no ouvido e, enquanto fazia carinho na testa dele (pela tela do celular), contei que ia ganhar duas netinhas”, contou a percussionista.

“Ele partiu naquela madrugada. Acho que acalmou o coração. Tive a sensação de que bati o tambor para ele fazer a passagem”.

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Já a avó de Nanda Costa recebeu a notícia com alívio. Dona Maria Inês tinha receio de que, por a neta ser lésbica, a família parasse de crescer. Ao saber da boa nova, a matriarca gritou da janela de sua casa no Centro Histórico de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, que seria bisa.

Aceitação

A partir da próxima segunda-feira, dia 19 de julho, estreia a reprise especial de “Pega Pega”, novela de Claudia Souto originalmente exibida na Globo entre junho de 2017 e janeiro de 2018. Foi durante a trama que Nanda Costa decidiu tornar púbica a sua homossexualidade, o que tornou a história um marco em sua vida.

Em entrevista coletiva virtual realizada na terça-feira, dia 13 de julho, a atriz natural de Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro, revelou a importância da Sandra Helena, personagem que viveu.

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“Sempre tive muito medo de falar sobre a minha sexualidade abertamente e a Sandra Helena me trouxe uma alegria, uma leveza que era uma coisa que eu não tinha na vida, que era uma gargalhada com som. Ela foi de uma importância que ninguém, em nenhum momento, questionou a minha sexualidade”, disse Nanda.

‘Isso era um medo que eu tinha e em alguns outros trabalhos eu já ouvi alguns comentários tipo ‘ah, dá pinta, é, não é’, sabe quando a gente não tem a tranquilidade de falar abertamente quem a gente é fora da cena e a Sandra Helena provou que eu era uma atriz disponível, perdi o medo do ridículo”, contou.

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Com cinco meses de gravidez de gêmeas, Nanda – que desde ”Pega Pega” emendou um trabalho no outro – destacou que a maternidade era um sonho antigo.

“Não sei como vai ser, pra mim é muito novo. Ser mãe é um sonho antigo que sempre tive. Aconteceram muitas coisas durante a novela que me deram essa força. Tenho certeza que a Sandra Helena foi esse impulso e a partir desse momento eu comecei a pensar sim em maternidade porque eu não sabia como explicar para as pessoas, como se eu tivesse eu explicar”, disse.

“Mas a gente vive nesse mundo de figura pública e muitas vezes eu não tinha referência de atrizes ou irmãs com companheira e uma filha, não sabia como isso seria, como a minha carreira seguiria em frente”, continuou Nanda Costa.

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A artista de 34 anos, casada com a percussionista Lan Lanh, terá suas bebês nos braços em outubro e ressaltou que o apoio que recebeu das pessoas fez toda a diferença. Ela, que passou por um processo de fertilização in vitro, está com foco total na maternidade.

“Tive uma onda de amor muito grande, comecei a querer urgentemente ser mãe e agora esse é o meu foco maior. Acho que é o trabalho mais esperado e desejado da minha vida. Eu não sei como vai ser. Vou ter a licença maternidade para depois pensar e entender também o que chega e o que segue”, enfatizou.