Leonardo Miggiorin revive experiência como professor com personagem em Malhação
Por Redação - 14/12/12 às 17:37
De uma certa maneira, Leonardo Miggiorin já vivia seu personagem de Malhação antes mesmo de ter sido escalado para a trama juvenil. No ar como o professor nerd Leandro, o ator dava aulas de teatro para um grupo de senhoras da terceira idade. A ideia começou apenas como uma experiência para ganhar maior aprendizado. Mas tornou-se um laboratório para Leonardo, que pôde descobrir, a partir das aulas, a postura de um professor e o papel que ele ocupa em sala.
"Achei que fosse piada do destino quando me chamaram para Malhação. Quando você é professor, vira uma referência para o aluno'', afirma.
Na história de Rosane Svartman e Glória Barreto, Leonardo interpreta um professor de Física apaixonado pela profissão e pela namorada Belinha, papel de Elisa Pinheiro.
"É um personagem que gosta muito de robótica. Então, tive de ler muitos artigos para entender esse assunto", explica.
Aos 30 anos, o ator ainda é lembrado por seu papel em Presença de Anita, de 2001, como o jovem Zezinho. Atualmente, a série é reprisada no Canal Viva. Mas, ao longo da carreira, a maturidade e as escolhas certas foram criando novas oportunidades para Leonardo se destacar, como aconteceu quando encarnou Shaolin, em Senhora do Destino, e o Roni, de 'Insensato Coração.
"O ator passa por um processo diário de construção da identidade. Ao longo do tempo, eu pude conhecer melhor o meu trabalho e as pessoas do meio. Trabalhar em uma novela com o Dennis Carvalho e o Giberto Braga foi muito bom para perceber o caminho que eu traçava", ressalta o ator, que em 2005 integrou o elenco de Essas Mulheres, seu nico trabalho na Record.
O Fuxico: Aos 30 anos e com personagens importantes no currículo, você pode ser considerado um veterano no elenco de Malhação, que tem muitos novatos. Como encara contracenar com atores um pouco mais inexperientes?
Leonardo Miggiorin: Eu acho muito bem-vindo. Os atores mais novos vêm conversar comigo, pedir conselhos, dicas, saber da minha história. Tanto os personagens quanto os atores precisam de um exemplo dos mais velhos ali dentro. Desde que tinha 12 anos, quis participar de um produto como esse. Me sinto lisonjeado de ter recebido esse convite. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não subjugo o produto. É forte dentro da casa há 15 anos e tem um investimento altíssimo.
OF: Atualmente, você está concluindo o curso de Psicologia. O que isso acrescentou na sua profissão como ator?
LM: Estudar sempre me interessou e dialoga muito com a profissão de ator. Fala bastante das relações humanas, sobre a mente humana de uma forma mais ampla. Fui fazendo a faculdade aos poucos, entre as novelas. Demorei 10 anos para concluir de vez. Descobri uma nova carreira que conversa direto com a minha profissão principal. Sempre quis fazer Psicologia, mas minha carreira de ator foi dando certo e tive de abdicar.
OF: Você tem uma banda de rock chamada Vista. Há chances de seguir pela área musical?
LM: A banda sempre foi um hobby para mim. Tenho um carinho enorme por esse projeto, mas minha carreira como ator sempre falou mais alto. É muito difícil conciliar os dois. Neste momento, a banda está parada. Não tenho essa pressa ou ansiedade para virar popstar. Quero fazer um trabalho mais artístico.
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