Ludmilla fala de ataques racistas: ‘A gente aprendeu que preto era feio’

Por - 29/10/21 às 10:44

Retrato LudmillaReprodução/Instagram/@ludmilla

Ludmilla participou do podcast “Mano a Mano”, apresentado por Mano Brown, e relembrou alguns ataques sofridos no início da carreira. A cantora ainda revelou que se submeteu a algumas cirurgias plásticas para ser aceita.

“Minha música estourou eu tinha 17 anos. Quando comecei a fazer cirurgia plástica, a primeira que eu fiz foi para começar a ser aceita. No clipe não dá para enxergar muito quem está cantando. Foi mais a voz, não a aparência. Muito contratante contrata, chegava no show e as pessoas viam quem era a MC Beyoncé. Falavam do meu nariz, da minha perna, do meu cabelo, e eu cantando e ouvindo aquilo”, disse ela.

A artista também comentou sobre os ataques racistas. “A gente aprendeu na escola que preto era feio, que cabelo crespo era horrível, que nariz largo é horrível, que beição grande era feio. Antigamente a gente não falava sobre racismo assim, abertamente, em todo lugar com as pessoas, aí, então a gente ia vivendo e esse era o certo”.

Para concluir, Lud contou que a música é seu porto seguro. “Com o tempo, eu fui aprendendo, pegando posse, reforçando e cuidando mais de mim porque sabia que tinha mais gente se guiando pelos meus passos. Eu vivo e respiro música. Ninguém sabe disso, nunca falei isso em nenhuma entrevista. Mas, o tempo todo eu estou escutando música, compondo, pesquisando, escutando a história de alguém para me inspirar. É o tempo inteiro. Eu sou muito musical, eu amo o que eu faço”.

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POLÊMICA

Recentemente, saiu a lista completa de indicados do Prêmio Multishow 2021, considerada por muitos a maior premiação musical do Brasil, e claro que os nomes revelados repercutiram entre os fãs nas redes sociais e até mesmo entre os próprios artistas.

Todavia, as indicações não foram vistas com bons olhos por todos, e Ludmilla, que foi indicada apenas em “Clipe do Ano” e “Hit do Ano”, ficou extremamente chateada com a falta de indicações e com a sua ausência em “Cantora do Ano”, tecendo muitas críticas à premiação e seus organizadores.

“Sou a primeira cantora negra da América Latina a acumular um bilhão de streams só no Spotify, hoje são mais de 1,5 bilhão de plays nas plataformas. Meus clipes somam 2,5 bilhões de visualizações, ‘Rainha da Favela’ ficou meses entre as músicas mais tocadas. São os números que falam. Só esse ano lancei o ‘Numanice’ ao vivo, projeto que impactou a cultura brasileira e revolucionou o mercado do pagode de um jeito jamais visto, por ser uma mulher à frente do projeto, projeto que garantiu o vídeo musical solo mais visto de 2021 por uma cantora pop brasileira”, disse ela.

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