Magoada, Viviane Araújo não quer mais desfilar no Carnaval carioca

Por - 08/12/06 às 11:00

A mágoa ainda é grande e parece não ter previsão de término. Desde que foi afastada do cargo de Rainha da Bateria da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Viviane Araújo tem convivido com uma mistura de sentimentos. Por um lado, a solidariedade dos amigos, que não param de ligar e mandar e-mails prestando solidariedade. De outro, a tristeza de ter sido traída pela agremiação.

Em conversa com a reportagem de OFuxico, Viviane relata como recebeu a notícia de que Thatiana Pagung, sua mais provável substituta, foi vaiada nos primeiros ensaios técnicos da Mocidade, na Marquês de Sapucaí, no domingo, (03).

“Recebi uma avalanche de telefonemas, na mesma hora. Até o Mestre Jonas me ligou. Não sabia o quanto era querida e isso me deixou muito feliz. Aliás, se tem algo bom para se tirar dessa história, é a manifestação de carinho que tenho recebido. Mas ao mesmo tempo, fiquei muito triste por saber que a escola que amo estava sendo vaiada. A Mocidade não merece isso. É uma escola tradicional, que merece respeito”, diz.

Viviane recebeu oito convites para desfilar no Carnaval carioca. Dois, de escolas do grupo Especial. Mas ainda não sabe se terá condições de pisar na avenida, sem que seja em sua escola de coração.

“Estou muito confusa. Sou Mocidade, ainda não digeri tudo isso. Ao mesmo tempo, não sei como será ficar longe da Passarela do Samba. Minha história começou no Rio, embora eu agora também desfile em São Paulo. Por enquanto, não pretendo desfilar”, afirma.

A repercussão negativa da saída de Viviane já acende nos bastidores do mundo do samba, até a possibilidade de um pedido de desculpas. A modelo diz que não aceita.

“Fui traída. Deveriam ter me avisado, e não ter ficado sabendo primeiro pela imprensa. Estive presente em vários momentos da escola, sempre com a mesma dedicação, e por causa de uma ou duas ausências alegam que eu estava deixando de lado. Amo tanto a Mocidade, que se fosse pelo bem da escola, eu desfilaria. Mas a pressão para essa menina sair à frente da bateria é muito grande”, desabafa.

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