Malu Mader diz estar um pouco mais resignada com a fama

Por - 28/07/13 às 10:13

Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Noticias

Malu Mader é uma figura marcante. Não é à toa que, ao longo dos seus 30 anos de trajetória, a intérprete da Rosemere de Sangue Bom conquistou personagens importantes dentro das tramas. A partir de papéis de destaque – como a Laurinha de Anos Dourados e a Ester de Força de Um Desejo e de um certo olhar criterioso sobre a carreira, a atriz acabou ganhando mais autonomia artística. Tanto que, de uns tempos para cá, sua presença nas novelas tem sido bissexta. Antes do atual folhetim das sete, Malu atuou em Ti-Ti-Ti, de 2010, Eterna Magia, de 2007, e Celebridade, de 2003, sua última produção do horário nobre.

"Fiz muita novela. Outro dia, fui ver meu currículo por acaso, eu emendei direto, desde os 16 anos até quando os meninos nasceram", analisa, referindo-se aos dois filhos.

Malu Mader diz estar um pouco mais resignada com a fama"As pessoas começam devagar e depois dão uma acelerada. E eu tive uma adolescência de bastante trabalho. Talvez tenha tido vontade de ter uma vida de meia idade e dar uma desacelerada agora", completa. 

Integrar o elenco de Sangue Bom, aliás, é como um reencontro para Malu. Isso porque a direção é de Dennis Carvalho, pessoa responsável por chamá-la para sua primeira novela, Eu Prometo, de 1983.

"Fizemos grandes trabalhos juntos. Conheço o Dennis desde os 16 anos. Tenho 46", surpreende-se.

Felipe Camargo é outro colega que ela tem a oportunidade de voltar a contracenar. Os dois fizeram um par romântico em Anos Dourados, minissérie exibida pela Globo em 1986. Desde então, construíram uma amizade que vai além dos bastidores. O que facilita o entrosamento em cena.

"Eu resolvi ser atriz porque vi Capitães da Areia e o Felipe era do grupo. Quando a gente senta para conversar, tem uma confiança", assegura.

Assim que soube que interpretaria Rosemere, Malu rapidamente imaginou de onde buscaria inspiração para compor o papel: em sua própria mãe. Isso porque, na trama, a personagem também é uma mãe que faz qualquer coisa pelo filho.

"Minha mãe era muito intensa na questão da maternidade", recorda.

Além disso, uma amiga de São Paulo próxima de Malu serviu como fonte de referências.

"Ela é muito Rosemere, não sei dizer exatamente em quê. São coisas subjetivas. Mas, toda vez que vou decorar o texto, me vem essa amiga na cabeça", conta ela, que também assume utilizar algumas características suas em cena.

"Há coisas minhas na personagem que não são visíveis muito facilmente e eu nem contaria quais são para não me entregar", brinca.     

Apesar de trabalhar como atriz desde os 16 anos, Malu sempre preferiu a discrição, se mantendo, até certo ponto, distante dos holofotes. Mas, com o passar dos anos, acabou se acostumando com o assédio.

"Eu tive uma tendência geral a ter uma reação bastante negativa em relação à fama e agora estou um pouco mais resignada. Mas não é a minha", dispara.

O que Malu mais busca com a profissão, na verdade, é interpretar personagens que a instiguem, independentemente do horário de exibição do folhetim. Tanto que há 10 anos, desde Celebridade, não atua na faixa das 21 horas.

"As coisas acontecem do jeito que devem acontecer. Tudo que eu quero é um papel gostoso. No caso da Rosemere, o que eu mais gosto é que é uma personagem engraçada e intensa", simplifica.

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