Manu Gavassi: ‘Não quero mais definir a minha profissão’

Por - 18/08/20 às 19:46

Divulgação

“Sempre sonhei secretamente em ser capa da Glamour. Digo secretamente porque também sempre tive medo de falar em voz alta as minhas ambições. Para mim estar nesta capa significaria o auge do sucesso. Não me levem a mal, ainda é surreal para mim estar aqui, neste momento da vida”.

Foi assim que Manu Gavassi iniciou seu relato em primeira pessoa como capa da Revista Glamour de julho/agosto, revelando que abriria seu coração para todos aqueles que estivessem lendo, principalmente sobre sua trajetória profissional.

“E, agora, depois de um processo bem doloroso de crescimento e ressignificação de sucesso, aqui estou eu, na capa da Glamour, segurando uma câmera em um editorial inteiro que eu mesma fiz na minha casa em um mundo que virou refém de um vírus, no momento mais assustador e gratificante que já vivenciei, logo após o maior desafio da minha vida. Me sentir grata no “fim do mundo” é a sensação mais agridoce que existe. Eu sinto culpa. Daí eu sinto culpa de sentir culpa. Porque não foi um caminho fácil”, afirmou a cantora.

“Olá, meu nome é Manoela Gavassi e sou uma paulistana de 27 anos que não sabe (e agora nem quer mais) definir sua profissão, filha de uma mãe artista plástica e psicóloga e de um pai jornalista, radialista e apaixonado por música. Irmã de um serzinho extremamente inteligente, dois anos mais nova e mais esperta que eu, que me ensina todos os dias a ser uma pessoa melhor”.

“Como boa paulistana, não sei direito me comportar em ambientes de natureza, tenho um leve medo de mar e preciso de uma preparação para encarar um mergulho casual. Também sou capricorniana com ascendente em virgem, lua em gêmeos e vênus em peixes. Entendedores entenderão”, continuou ela.

“E se você não é um entendedor, segue resumo: uma workaholic com problemas de excesso de controle, autodepreciação como mecanismo de defesa, excelente contadora de histórias, que idealiza o amor e escreve sobre isso mesmo quando ele nem existe e que parece chata no início mas tem grande potencial de ser a sua pessoa favorita no mundo se você conhecer de verdade. E digo isso sem modéstia. A modéstia não é muito capricorniana”, disse.

Recorde do paredão histórico do BBB20

Ainda, Manu falou do paredão histórico contra Felipe Prior no BBB20, cuja votação bateu a marca de mais de um bilhão e meio de votos.

“Sobre ter entrado para o Guinness com o paredão de um bilhão e meio, que pouco teve a ver com as pessoas emparedadas e muito teve a ver com os ideias que elas representavam nesse momento de tanto polarização, então, acho que não preciso nem comentar… Estava conversando com a Rafa Kalimann esses dias e perguntei o que ela mais lembrava quando pensava naquela casa… E ela me disse que era da gente deitada na grama sintética todos os dias, olhando para o céu. E eu também. Essa é a minha lembrança mais forte e mais significativa desse período”.

“Tá vendo a ironia? Esse tipo de atividade consumia 90% do nosso tempo e era insignificante para quem assistia. Aprender a olhar o céu, a me divertir e me emocionar vendo os pássaros, dar valor a cada comida diferente, a cada cheiro, cada música, cada conversa. Me sentir genuinamente interessada pelo outro. Preocupada com o outro. Quando nos deram um livro por meia hora, eu chorei quietinha de felicidade, parecendo uma criança e lia as palavras em voz alta para lembrar depois e poder contar para a Thelminha e ter um assunto novo e diferente pra dividir”, completou Gavassi.

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