Marco Nanini: ‘Tenho depressão que vai e volta’

Em entrevista à revista Veja Rio, Marco Nanini, 72 anos, contou que está na contagem regressiva para voltar aos palcos. O ator está prestes a estrear uma montagem, de maneira on-line, do clássico As cadeiras, de Eugène Ionesco.

Durante a entrevista, Nanini, que enfrentou a Covid-19 logo no início do isolamento social, admitiu passado por uma "depressão profunda".

"Tenho uma depressão que vai e volta, e desta vez foi profunda. Via TV e ficava arrasado, as pessoas morrendo, as imagens dos lugares que eu frequentava, os restaurantes, os teatros, tudo fechado. Também a falta de convívio com o povo da cultura foi um baque. Sem conviver, a gente não se ouve, não se conecta. Do ponto de vista individual é triste e para a cultura, um problema. Aliás, ela nunca foi tão maltratada como agora. Me espanta que, no meio disso tudo, com a pandemia ainda nos assombrando, as pessoas consigam ir para a rua dançar e fazer festa", disse.

“Também a falta de convívio com o povo da cultura foi um baque. Sem conviver, a gente não se ouve, não se conecta. Do ponto de vista individual é triste e para a cultura, um problema. Aliás, ela nunca foi tão maltratada como agora”, enfatizou.

O artista se mostrou preocupado com a irresponsabilidade de muita gente que minimiza a gravidade da pandemia. “Me espanta que, no meio disso tudo, com a pandemia ainda nos assombrando, as pessoas consigam ir para a rua dançar e fazer festa", disse.

Posicione-se!

Marco Nanini enfatizou que é importantíssimo que a classe artística se posicione e levante bandeira para dar voz a quem não tem. E citou sua homossexualidade. "Sou homossexual e me sinto absolutamente seguro e maduro para declarar isso. Não quero fazer disso um drama nem discutir por que sim ou por que não”. “São muitos os casos de violência física contra os gays. Quanto mais eu assumir a minha parte nesse assunto, melhor, mas sem aquele chantili que costuma cobrir as fofocas. Isso é um assunto sério”, afirmou.