Marco Pigossi: “Carrego amigos de uma vida do meu lado”
Por Redação - 09/06/13 às 12:03
Marco Pigossi foi chegando aos poucos na televisão brasileira e depois de viver alguns personagens secundários, mas que acabaram ganhando destaque, ganhou seu primeiro protagonista e hoje exibe todo seu talento e carisma como o romântico Bento, o florista gente boa de Sangue Bom, trama das 19h da Globo.
Nascido em São Paulo, Pigossi fez faculdade de Rádio e TV, mas já bem cedo, ainda na adolescência, havia definido seu caminho profissional na vida. Queria mesmo era ser ator.
Hoje, aos 24 anos, Marco Pigossi já tem um currículo considerável e na Globo praticamente emendou uma novela na outra nos últimos tempos.
O jovem estreou na emissora carioca em 2004 na série Um Só Coração, como o jovem revolucionário Dráusio Marcondes de Souza. De lá para cá não parou mais.
Um dos papéis mais marcantes de Pigossi foi o divertido Cássio, o homossexual alto astral de Caras & Bocas, trama exibida em 2009.
Quase sem férias e já disputado pelos autores, em 2010 o ator foi escalado para viver o playboy Pedro, filho de Jacques L´aclair, no remake de Ti Ti Ti.
No ano seguinte viveu o Rafael, em Fina Estampa, quando fez par romântico com Sophie Charlotte, assim como acontece agora em Sangue Bom.
Em 2012 Pigossi emocionou o Brasil como o sensível e romântico Juvenal, na trama de Gabriela. E pensa que ele se cansa? Ao que parece não.
Este ano assumiu a função de protagonista de Sangue Bom e vem arrancando suspiros das fãs, com seu visual despojado, os olhos claros e o sorriso cativante.
Em entrevista a O Fuxico, Marco falou sobre sua vida profissional, sua trajetória e o doce florista Bento. Reservado e discreto o ator pouco falou sobre vida pessoal mas abriu o coração sobre a paixão que sente pela arte da interpretação. Confira!
O Fuxico: Marco, com que idade você decidiu que queria trabalhar como ator?
Marco Pigossi: Fui criado em São Paulo e como toda criança, não podia brincar na rua. Então, tinha que preencher meu dia com atividades. Fazia natação, inglês e decidi procurar o teatro. Apaixonei-me pela profissão e aos 18 anos me formei. Quando estreei minha segunda peça, "Os dois cavalheiros de Verona", já tinha a certeza que faria isso para o resto da vida. E então as coisas foram acontecendo…
OF: Qual foi o primeiro personagem que interpretou? Aquele que mais te marcou e que pode-se dizer que a partir dali você resolveu mesmo seguir a carreira?
MP: Meu primeiro personagem na TV foi o Drausio Camargo. Um jovem revolucionário na minissérie "Um só Coração", de 2004. No teatro foi Melchior Gabor na peça "O Despertar da Primavera", de Frank Wedekind, em 2005. Mas quando estreei minha segunda peça, "Os dois cavalheiros de Verona", de Shakespeare, já tinha a certeza que faria isso para o resto da vida.
OF: Você pensou em desistir alguma vez? O que seria, caso não tivesse optado pela carreira artística?
MP: Penso todos os dias ainda! (Risos) Mas essa é a questão, se eu não fosse ator, seria nada, um vazio completo.
OF: Em Caras & Bocas você viveu o divertido homossexual Cássio. Foi seu papel mais marcante na TV?
MP: Todos os papéis são os mais importantes e marcantes da carreira enquanto ele está vivo. É assim que eu procuro pensar, e me apaixonar por todos eles. O Cássio foi um personagem muito importante para mim, de maior destaque até então, assim como o Rafael em Fina Estampa (minha primeira novela das oito), Juvenal em Gabriela (também a primeira no horário das onze e um remake de Jorge Amado!!). Ou seja, eu tenho um carinho especial por cada um deles.
OF: Fala um pouco sobre o convite para Sangue Bom, para viver o protagonista Bento
MP: Esse personagem é o maior presente da minha carreira. A Maria Adelaide Amaral e o Dennis Carvalho, dois nomes tão importantes e experientes, confiarem no meu trabalho para contar uma história deles, é maravilhoso. Acho que o que diferencia um protagonista de um coadjuvante é apenas isso: o protagonista que conta aquela história. Não se trata do número de cenas ou do quanto você vai aparecer. E eu espero estar cumprindo com as expectativas dos autores.
OF: O que há em comum entre o Bento e o Marco Pigossi?
MP: Emprestei ao Bento meus sentimentos mais verdadeiros. Ele me ensinou a olhar o próximo e entender suas necessidades. Somos parecidos em alguns aspectos e muito diferente em outros. Acho que o que temos de mais parecido é a lealdade com as pessoas que estão ao meu redor. Carrego amigos de uma vida do meu lado e, claro, minha família. Sou muito fiel a essas pessoas, assim como o Bento – que não quis ser adotado e preferiu ficar ao lado daqueles que o deram amor e educação.
OF: E o Marco, torce para que romance do Bento realmente dê certo? Com a Amora, a Malu ou a Giane?
MP: Eu como ator, tento não me apegar a nada na trama nesse sentido. Temos que estar disponíveis para o que o autor quiser e propor. Se você fica torcendo e não acontece, pode se decepcionar e não fazer a coisa acontecer na hora de gravar a cena. Tenho certeza que como dramaturgia os autores sabem mais do que eu sobre o que funciona e o que não.
OF: A novela tem São Paulo como cenário, cidade onde você nsceu. Já conhecia o local onde a trama se passa? A zona norte, nos bairros de Casa Verde, Santana, Limão, Imirim?
MP: Sou da Zona Oeste. Mas São Paulo é muito grande, muito plural em todos os sentidos. É impossível conhecer tudo!! (Risos) Por isso acredito que sempre terá histórias para se contar nas novelas. Mas minha bisavó morava na Zona Norte da capital paulista e eu cheguei a frequentar aquela região quando era pequeno. Mas ela faleceu muito cedo então tenho poucas lembranças.
OF: Você tem o sonho de viver algum papel em especial? Seja na tv, teatro ou cinema? Qual seria?
MP: Tenho e ele vai se realizar em Agosto de 2014, se tudo der certo. Mas, infelizmente, não posso dizer o que é ainda, pois dependo de muitas coisas. Mas adianto que será no teatro.
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