Marcos Oliveira afirma: ‘Ver o julgamento do mensalão é aprender sobre ética’

Por - 30/10/12 às 11:00

Divulgação/TV Globo/Matheus Cabral

Ator, humorista e cantor. Marcos Oliveira, conhecido pelo grande público como o Beiçola, de A Grande Família, tem cursado canto e técnicas de interpretação para um novo projeto.

Além disso, em conversa com O Fuxico, Oliveira conta que é fã do julgamento do mensalão, não pelo tema em si, mas por ver como é a postura ética tomada no caso. Também fala de sua intérprete favorita e de como age nas ruas, quando acorda naqueles dias em que prefere ficar quietinho e as pessoas insistem em conversar.

OFuxico – O que você está fazendo além do trabalho em A Grande Família?

Marcos Oliveira – Estou ensaiando meu show e vendo uma peça para o ano que vem.

OF – Que show é esse?

MO – Trata-se do Tardes Dançantes, um projeto onde viro crooner e canto coisas gostosas de se ouvir para que as pessoas possan dançar.

OF – Você assume o vocal?

MO – Sim. São cerca de 50 músicas que escolhi para que as pessoas se divertam dançando.

OF – Já está em cartaz?

MO – Não, estou trabalhando. Entre um ensaio e outro saio com minha pastinha na mão buscando clubes, agremiações, produtores de eventos, lugares que se interessem em proporcionar momentos gostosos às pessoas. Até registro aqui um email de contato para isso. É o antonio.marcos.olive@terra.com.br.

OF – Você canta sozinho?

MO – Não, tenho uma banda maravilhosa comigo. Como disse, quero virar crooner (risos) e descobri algo muito importante: cantar não é nada. O importante é o instrumento. As pessoas capazes de tocar um instrumento são filhos e mensageiros de Deus.

OF – Para o show você faz aulas de canto?

MO – Sim, tenho feito preparação vocal e, mais que isso, estudo repertórios para descobrir nossos grandes autores. Fiquei três meses estudando Tom Jobim, maravilhoso. Também Dorival Caymmi. Temos coisas absurdamente lindas aqui.

OF – Tem algum intérprete que te conquistou?

MO – Muito, a queridíssima Rosa Passos. Pra mim, a melhor cantora do nosso país da atualidade. Os arranjos, a voz, o trabalho, é maravilhoso. Ela é sucesso total fora do país, muito aplaudida mesmo. Temos que dar valor ao que temos aqui e dar destaque ao trabalho dela. Sou fã de carteirinha.

OF – E na TV, o que você acha que está faltando?

MO – Olha, depois do sucesso do Oi, Oi, Oi (risos, referindo-se à novela Avenida Brasil) acho que mostrar realmente a realidade do dia-a-dia, das pessoas. O suspense, a ficção que a novela trouxe foi demais, prendeu o Brasil e muitos lugares do mundo, porque é a realidade que a gente vive, isso é o ser humano, a trajetória da gente. Uma realidade ética e moral, igual ao julgamento do mensalão.

OF – Você assiste?

MO – Assisto e digo mais: pra mim é fantástico isso, é o melhor que tenho visto na tevê, por conta não do assunto que está sendo julgado, pois isso, se acabar ou não em pizza já é algo esperado. Mas por aprender sobre o direito humano, código penal, no auge da erudição. Sou ignorante nessa coisa, mas adoro assistir, pois a conduta ética e o conhecimento do Supremo Tribunal é maravilhoso . Assistir isso é a oportunidade que poucos têm.

OF – O Beiçola te dá muito trabalho quando anda nas ruas?

MO – E como (risos). Olha, não consigo mais andar de táxi, por exemplo.

OF – Por quê?

MO – Porque é entrar em um táxi e começam as perguntas e comentários (risos). Daí, sabe aquele dia que você não acorda se sentindo bem? Qe tá com dor de cabeça e quer ficar quietinho? Pois é, é bem aí que os comentários parecem aumentar (risos).

OF – E o que você faz para não parecer antipático?

MO – Durmo, minha filha (risos). Mas durmo de roncar. Pode escrever aí, 'Beiçola ronca no táxi' (risos). Ou então faço um sinal com a mão para a pessoa entender que não estou bem. Ou entro lendo (risos).

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