Mariana Godoy sobre sequelas da Covid-19: ‘A recuperação foi lenta, minha visão piorou muito’
Por Redação - 02/04/21 às 07:00 - Última Atualização: 6 abril 2021
Movida a desafios, Mariana Godoy estreou há um mês na Record TV. Ao lado de Sérgio Aguiar, a jornalista apresenta o Fala Brasil, que celebra 30 anos no ar e com crescimento expressivo na audiência. Ciente da importância do jornalismo, a apresentadora acredita que “o efeito das ‘fake news’ não pode ser ignorado e deve ser combatido com trabalho honesto”.
Diagnosticada com Covid-19 em 2020, Mariana e o marido, Dalcides Biscalquin, apresentador da Rede Vida, venceram a doença, mas ela relatou: “A recuperação foi lenta, minha visão piorou muito. Hoje, faço questão de ter mais tempo para mim e para minha família”.
Com passagens pela Gazeta, Manchete, Globo (SPTV, Bom dia São Paulo e Jornal Hoje, além da cobertura do Carnaval) como repórter e âncora, Godoy também deixou sua marca na Globo News no Jornal das 10h, na RedeTV! e Band com seus talk-shows, além do rádio na extinta Rádio Globo, Nova Brasil e Bandeirantes. Agora na Record TV, Mariana volta a acordar às 4h30 e por um bom motivo: “Pisar na redação de jornalismo é como voltar pra casa. A sensação é de pertencimento. A passagem pelo entretenimento me deixou ainda mais “solta”. Não tenho receio de ser leve”.
Confira!
OFuxico: Se pudesse olhar para trás o que diria para a Mariana Godoy dos anos 80/90 que estava começando a carreira?
Mariana Godoy: A vida se encarrega, não se preocupe tanto.
OFuxico: Por que o jornalismo se tornou tão fundamental para a sociedade?
Mariana Godoy: Conhecer a história é fundamental. O jornalismo faz parte desse processo. Ajuda a contar a História enquanto ela acontece. Especialmente agora, a notícia séria e bem apurada volta a ter destaque em contraponto à manipulação e mentiras nas redes. O efeito das “fake news” não pode ser ignorado e deve ser combatido com trabalho honesto.
OFuxico: Muitos pensam que por estar na TV, apresentando um jornal, os apresentadores levam uma vida de muito glamour, procura levar uma vida mais comum possível daqueles que te assistem?
Eu considero toda vida extraordinária. Mas qual é o glamour de acordar às 4h30 da manhã? De trabalhar em feriados, madrugadas, festas nacionais? É um trabalho como qualquer outro. Exige foco, dedicação, empenho. A maquiagem e o figurino são só uma parte da construção da imagem. O resto é suor.
OFuxico: O que te motivou a assinar com a Record e voltar para o jornalismo factual?
Mariana Godoy: A proposta da Record veio na hora certa. É uma emissora sólida, tradicional e com grande alcance.
OFuxico: Qual foi a sensação de pisar novamente numa redação com a adrenalina de talvez ter que cobrir um acontecimento com uma cobertura especial?
Mariana Godoy: Pisar na redação de Jornalismo é como voltar para casa. A sensação é de pertencimento. A Record TV oferece todos os recursos para a melhor cobertura.
OFuxico: Voltar ao jornalismo com uma passagem bem sólida pelo entretenimento te fez enxergar a área de outra maneira que antes não tinha visto?
Mariana Godoy: Eu nunca saí do jornalismo, totalmente. Mas a passagem pelo entretenimento me deixou ainda mais “solta”. Não tenho receio de ser leve.
OFuxico: Qual foi o momento mais marcante da sua carreira no entretenimento?
Fiz entrevistas que repercutiram muito no meu talk-show. Não consigo pensar só em uma. Algumas viraram memes. Com Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Eduardo Cunha. Eu amei entrevistar Bibi Ferreira, Ângela Maria, Elza Soares, Marina Silva. Uma que repercutiu bastante foi a da Dilma Rousseff falando sobre as torturas de quando esteve presa; e a do Eike Batista, que foi uma exclusiva em que ele dizia “I’ll be back”.
OFuxico: Como está a sua rotina hoje? Como é a sua participação no jornal?
Mariana Godoy: Eu acordo às 4h30 (tomo banho pra acordar direito) e vou trabalhar ouvindo rádio. Na redação, eu me sento perto do Sérgio e da chefe de redação, Cláudia Marques, fica mais fácil de conversar. Eu vejo o espelho – que tem todos os dias mais de 150 retrancas – e tenho liberdade para modificar as cabeças e chamadas. Leio as agências e converso com Cláudia e a editora-chefe Renata Chiarantano sobre o jornal. Gravo alguns textos (são poucos gravados, o Fala Brasil é quase todo ao vivo) e vou pra maquiagem às 7h. Em meia hora estou pronta pra gravar a chamada (eu e Sérgio alternamos) e às 8h15 vou pra bancada. O jornal termina às 10h e depois tem gravação de chamadas para o dia seguinte e a reunião de pauta. Ao meio-dia já posso ir pra casa.
OFuxico: O público do Bom dia SP que gostava da sua apresentação está tendo a oportunidade de ver você novamente pelas manhãs. Recebeu algum retorno nesse sentido?
Mariana Godoy: Já recebi comentários nesse sentido, sim. Tem gente que consegue ver TV o dia todo. Mas tem gente que só assiste de noite, ou de manhã… Para esses, eu “voltei”.
OFuxico: As sequelas da Covid-19 ainda te acompanham? Como está a sua vida após ter tido a doença?
A Covid foi um susto e um alerta. A recuperação foi lenta. As crises de ansiedade eram sequelas da doença. E minha visão piorou muito, também. Mudei algumas perspectivas. Hoje, faço questão de ter mais tempo para mim e para minha família.
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