Mariana Goldfarb mostra tatuagens e boa forma em dia de praia
Por Luigi Civalli - 13/12/23 às 15:04
Mariana Goldfarb não deixou o dia de sol nesta quarta-feira (13) passar em branco. A modelo e apresentadora foi vista na praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, e mostrou toda sua boa forma, além de suas tatuagens “estratégicas”.
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Ao ver que estava sendo clicada, Goldfarb ainda brincou com os fotógrafos e mandou alguns sorrisos.
Em sua coluna na revista Vogue, Mariana Goldfarb fez um texto em forma de desabafo e reflexão ao ter coragem de falar sobre suas “feridas abertas”.
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“Não tem sido fácil me expor, falar sobre como me abri para a violência e como a ausência de limites me mutilou por inteira. Ainda estou procurando os meus pedaços e não acho que um dia eu os venha a encontrar nos mesmos lugares. Me saboto com frequência, me acho incapaz com frequência e tenho medo, muito medo de errar, de fracassar, de não dar conta, de ser nada. Acho que todo ser humano tem medo disso, de desaparecer, de não ser importante e ser esquecido. O medo nos leva a não olhar para dentro, o medo traz um conformismo e uma paralisia que são severamente perigosos. Eu sou uma pessoa que tem medo, estou escrevendo esse texto sentindo isso ao mesmo tempo que luto por mim. E é justamente esse medo que as pessoas que usam da falta de limite em benefício próprio fomentam em nós, o medo lhes é útil porque é mais fácil de controlar, manipular e castrar quem o sente”, começou.
Goldfarb ainda expôs momentos de violência que sofreu em relacionamentos ao longo da vida.
“As múltiplas facetas da violência vão se mostrando aos poucos e, de forma sútil, você vai deixando de rir da mesma maneira – afinal, a sua risada é escandalosa demais. De se vestir como gosta, porque você escolhe as peças erradas ou porque gosta de misturar cores ou porque a forma que você usa as roupas é inapropriada. Você vai deixando de brincar com a vida e de dar a sua opinião em rodas de conversa, porque a maneira que você pensa não pode, gera briga ou causa desconforto. Discordar então nem se fala… Qualquer comportamento que não saia de acordo com o esperado da outra parte é motivo de briga, reclamação, tratamento de silêncio. E aí são dias sem falar, são pequenos grandes castigos toda vez que você desagrada e assim você vai sendo doutrinada, educada a sempre andar conforme o que o outro espera de você. Já não existe mais espontaneidade, andar sem medo, e é nesse momento que a gente se perde da gente”.
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Eu não vou florear e dizer que decidir romper com ciclos de violência seja fácil. Pelo contrário, é quase impossível… Quase. Não só pela problemática em si, já que a saúde mental está tão comprometida e a dependência emocional já tomou conta do corpo inteiro, mas também pelo medo dos cruéis julgamentos e pela falta de amparo que, por vezes, o próprio mundo feminino oferece quando se trata desse tema. Somos ferozmente ácidas umas com as outras, não oferecemos nosso colo nem nosso entendimento. O universo feminino ainda não entendeu a força e o poder que tem quando unido. Mas, mesmo assim, amo a minha coragem, sou uma mulher que cada vez mais se aproxima do que de fato sinto como uma. Tenho recebido muitas mensagens de apoio, sim, não posso negar, mas não posso deixar de citar aqui a minha profunda tristeza ao receber alguns comentários tão machistas e misóginos vindo de outras mulheres, que vêm até a minha página escrever coisas absurdas ao meu respeito. Eu fico profundamente triste ao pensar como existem mulheres que preferem permanecer em relações destrutivas só para evitarem o status civil de solteira.
No longo texto, Mariana Goldfarb ainda citou que cada mulher tem um momento certo para “despertar” e que apenas todas juntas vão poder mudar o rumo da história.
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“Eu entendo que cada uma de nós tem um tempo individual de despertar. Mas, para que qualquer despertar ocorra, precisamos estudar, nos conhecer, nos interessar pela história do coletivo. Temos que entender histórias que não são as nossas, precisamos estudar que, quem morreu na época da Inquisição, não eram bruxas, mas mulheres que davam suas opiniões, que estudavam, que não aceitavam tudo do jeito que era imposto. Precisamos conhecer sobre o feminino, essa é uma luta individual que impacta no coletivo, e só juntas podemos mudar o rumo da história”.
A modelo também citou que muitas mulheres lutaram para que todas tivessem direitos básicos e chega a ter raiva das que “defendem o sistema patriarcal”.
“Pensa em quanta gente teve que lutar para que tivéssemos direitos básicos, como estudar, trabalhar ou votar. Existiu uma legião de mulheres inconformadas e fortes antes de nós para que, hoje, possamos exercer direitos básicos em pleno século XXI. É nosso dever honrá-las. Estaria mentindo se dissesse que não sinto raiva ou até mesmo ódio da falta de empatia das mulheres e do protecionismo para com esse sistema patriarcal, que tem por cerne beneficiar somente os homens”.
Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais