Martinho da Vila chega aos 75 anos e nem pensa em parar

“Devagarinho a gente vai longe. É filosofia de vida, não fazer nada correndo”. Esta é a justificativa que Martinho da Vila dá ao ser questionado como consegue conciliar tantos trabalhos diversos – cantor, compositor, escritor e seus afazeres na escola de samba Vila Isabel – aos 75 anos (completados no dia 12 deste mês).

Em entrevista para a Folha de S. Paulo, o artista fala sobre seus diversos planos, que envolvem o lançamento de uma coletânea com todos os sambas-enredos compostos por ele, o lançamento de um livro infantil chamado O Nascimento do Samba e, possivelmente, um livro que será escrito por ele sobre Pixinguinha. Fora isso, sua agenda de shows já tem novos compromissos.

“Não faço nada com pressa, afoitamente. Devagarinho, você faz muita coisa. Eu não abro mão do tempo ocioso, ele é fundamental. Se você quiser fazer tudo ao mesmo tempo, não dá. Eu vou devagar. E também não precisa abarcar tudo”, comenta Martinho.

A idade, ele garante, não o atrapalha em nada.

“Estou na boa. Não vejo muita diferença [com a chegada dos 75 anos], tirando usar óculos para ler, o que é chato para caramba. Não tenho restrições, posso tudo. Acho que ainda tenho muita coisa a fazer. Não sei o quê, mas vou fazer bastante.”

Ausência na Marquês de Sapucaí durante a apuração do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro (que consagrou a Vila Isabel como campeã deste ano), o sambista explicou o motivo pelo qual não esteve com a diretoria e a torcida: preferiu ficar em sua casa, com a família, a chegar ao local e ser abordado por muitos repórteres.

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