Maytê Piragibe: “A Record sempre apostou no meu talento”

Por - 02/03/13 às 16:02

Luiza Dantas/CZN

Os traços delicados e a fala tranquila fazem com que a carreira de Maytê Piragibe seja marcada por mocinhas. Apesar de ser escalada para papéis de boazinha, a atriz acredita que suas protagonistas sejam sempre muito ousadas e decididas, como a Joana de Vidas Opostas e a Nati de duas temporadas da saga Os Mutantes. Longe da tevê desde 2009, Maytê volta à televisão como a romântica Azenate na minissérie 'José do Egito.

"Nunca faço a personagem que só chora. Minhas mocinhas são muito atrevidas. Acho que cada ator tem um perfil, talvez esse seja o meu", afirma.

Na trama bíblica, Azenate é uma sacerdotisa que vive entre a nobreza. O pai, Pentephres, interpretado por Eduardo Lago, é o braço direito do faraó Apope, interpretado por Leonardo Vieira. E, com o tempo, ela se torna amiga da rainha Tany, de Bianca Rinaldi. Ainda muito nova, começa a se preparar para, simbolicamente, casar com o deus Seth, conhecido por representar o caos e a destruição, e se dedicar a idolatrá-lo. Mas larga a vida de sacerdotisa após se apaixonar por José, papel de Angelo Paes Leme.

Maytê Piragibe: "A Record sempre apostou no meu talento""É um amor proibido. Ela vira uma rejeitada, uma mendiga depois que abandona tudo. O casamento dela com deus Seth era a salvação do Egito. É uma mulher de muito caráter e fibra", defende a atriz, que entrará na história a partir do capítulo 10.

Para dar vida a uma personagem de 1500 anos a.C, Maytê teve aulas de história com todo o elenco sobre os principais costumes e fatos da época retratada. Além disso, a atriz sempre cultivou um interesse pessoal pela cultura egípcia e tem em sua casa diversos livros sobre o tema.

"Sempre tive um fascínio pelo Egito. Li muitos livros sobre cultos e a relação de cada deus. O Egito tem esse glamour e riqueza", explica ela, que fica cerca de duas horas na caracterização antes de gravar.

O maior empecilho para a atriz foi criar uma personagem que é mencionada em uma breve citação na Bíblia, sem grandes referências. Para auxiliar no processo, Maytê contou com a autora Vivian de Oliveira, que a ajudou na condução da personalidade do papel.

"Vivian me orientou a seguir uma linha dentro do que ela estava pensando. Quando fui procurar na Bíblia, a personagem era, literalmente, uma nica frase. Mas a autora me ajudou a criar dentro de uma licença poética'', valoriza.

Com a minissérie sendo gravada toda em alta definição e com câmaras Arri Alexa, equipamento utilizado em grandes produções cinematográficas, Maytê precisou aprender a lidar com as sutilezas e os detalhes da alta tecnologia.

"Estamos trabalhando como em cinema. A direção quer que a gente fique à vontade, mas existe toda uma disciplina", ressalta a atriz, que teve dificuldades de expressar emoções durante as sequências mais dramáticas.

"O olhar é tudo nas cenas porque você não pode sair do lugar para não mexer o foco. Hoje, aos 29 anos, me sinto mais madura para tomar esse controle dentro do estdio", aponta.

Longe da tevê desde Vidas Opostas, Maytê esperava a hora certa para voltar a trabalhar após ter ficado dois anos e meio se dedicando à maternidade, ao teatro e ao cinema.

"É muito bom voltar em um produto tão importante da emissora e que recebe um investimento tão alto. A Record sempre apostou no meu talento", orgulha-se a atriz, que passou por testes para ganhar o papel de protagonista na minissérie bíblica.

"Fazer teste é uma forma de provar que entrei pelo meu talento. Somos testados a vida toda. Não tenho pai e mãe no meio para me ajudar. Tenho de correr atrás", completa Maytê, que estreou na tevê em Malhação, da Globo. Além disso, participou de O Beijo do Vampiro, em 2002, e Como Uma Onda, em 2005. Em seus seis anos na Record e com quatro novelas dentro da emissora, Maytê foi convidada apenas para Cidadão Brasileiro sua estreia no canal e fez testes para todos os outros trabalhos.

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