Miguel Falabella escreve história da família e revela assassinato

Por - 04/09/20 às 13:00

Sergio Zalis/Globo

As lives de Maria Zilda Bethlem seguem arrancando revelações inéditas e inusitadas dos convidados. Na quarta-feira (02) a atriz recebeu Miguel Falabella, e o louro contou, entre muitas boas passagens, que está escrevendo a história de sua família. E dará o nome de Sagrado Coração.

Um dos momentos mais marcantes, é a passagem em que sua avó viu a mãe e sua tia sendo mortas, quando tinha 04 anos de idade, em 1912. Miguel soube do ocorrido ao receber a ajuda de um genealogista para vasculhar detalhes de seus antepassados, para desenvolver o projeto.

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"Descobri detalhes de uma história que sempre soube. Minha avó teve a mãe e a tia assassinadas. Ela tinha apenas 4 anos quando estava brincando no jardim e viu a mãe caindo morta do seu lado. Ela lembrava muito bem da avó dela gritando, desesperada, porque tinha perdido duas filhas em um golpe só", detalhou.

Na época, o assassinato ganhou as páginas de jornais.

“Acho que elas eram do babado, porque na minha família só tem gente do palco e do babado. "Virou até manchete no jornal da época: 'Tragédia no Rio Comprido, cafetão mata amante e irmã'. Não sei se minha bisavó também era do babado, mas a minha tia-bisavó com certeza era", disse, aos risos.

A família paterna tinha veia artística.

"Já por parte de meu pai, descobri que tive uma tataravó que foi uma grande estrela em Paris. O genealogista fez uma pesquisa muito grande, nada de orelhada, tudo documentado e com jornais da época. Foi assim também que descobri que sou primo da Malu Mader e do poeta Artur de Azevedo", contou.

O livro conta outros fatos sobre a família do veterano, que tem histórias ainda do século 18, na Europa, onde viviam sem ancestrais.

Criatividade de volta

Dispensado pela Globo em junho deste ano, após 38 anos na emissora, Miguel destacou que teve um bloqueio na criatividade logo no início da pandemia. Mas depois, delanchou.

“Estou vivendo um outro momento da vida, muito mais introspectivo, muito diferente do que sou. Logo que a gente se fechou, primeiro pensei: ‘que maravilha, vou ficar trancado dentro de casa e vou poder escrever tudo o que quero. E não conseguia escrever nada. Tudo ficava ruim. O primeiro mês foi muito difícil. No segundo, o negócio destravou depois do primeiro mês e eu desandei a escrever muito. Fechei pro mundo e fechei pra u labirinto cinzento, esqueci do mundo lá fora e só fiquei escrevendo e malhando. Estou num momento em que tenho que redesenhar a minha vida”, disse.

Falabella contou que foi graças ao programa de Angélica, que foi cancelado, que ele chegou a esse genealogista.

“Sem querer ganhei um presentaço. A Angélica ia fazer um programa e acho que ficou muito caro, só gravaram comigo. Tinha esse genealogista que levantou minha vida até o século 18”, contou.

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