Milene Domingues sobre Ronald: ‘Ele sempre teve maturidade muito maior que a idade cronológica’
Por Redação - 15/04/21 às 07:00
Milene Domingues é sempre alto astral e contagiante com sua simpatia e sorriso largo. Em papo exclusivo com a reportagem de OFuxico, a comentarista esportiva teceu muitos elogios ao filho Ronald, que completou 21 anos, no dia 6 de abril, e mora sozinho.
Também na entrevista, Milene relembrou dos momentos tensos e de superação que ela passou no fim de 2020 por conta da Covid-19.
Confira a entrevista:
OFuxico: Como você está vivendo esse atual momento em que o mundo está doente?
Milene Domingues: Estou adaptada como todos os brasileiros. Se reinventando. Principalmente por trabalhar com eventos, mas não posso reclamar muito ao contrário, tenho que agradecer todos os dias a Deus pela minha saúde e de todas as pessoas ao meu redor, da minha família, amigos, pessoas próximas. Oro por todos que estão passando por esse grande caos que é essa Pandemia, mas acho que como qualquer mulher e qualquer brasileiro em si, já temos esse espírito guerreiro, lutador e desistir não é uma opção. Então agradeço todos os dias a Deus por estar bem perante essa situação e pela adaptação que é a palavra de ordem.
OFuxico: Você já passou por momentos difíceis por conta da Covid.
Milene Domingues: Não diria difícil, foi um momento mais tenso, quando tive a Covid. Fiquei hospitalizada, porém, nunca fiquei mal, não precisei de oxigênio e nem respirador, enfim a minha saturação sempre esteve de boa para ótima, isto para quem está com Covid, já é bom, né? O chato foi ficar uma semana em hospital, que não é bacana, mas quando a gente começa a olhar o problema do outro o nosso parece não ser nada. Então diante da situação de todos os casos ruins o meu até que foi bom, né? Mesmo não tendo sido assintomática, também não passei mal
OFuxico: Nesse novo momento pandêmico você ainda tem medo de ser contaminada?
Milene Domingues: Eu não diria medo, mas a gente precisa ter cuidados, a doença é séria e eu passei na pele, senti que é uma doença em que evolui muito rápido. Ela não faz distinção, se eu sou atleta, se eu como bem ou não, se tenho hábitos ruins, se eu tenho ou não uma vida mais regrada e disciplinada. É uma doença que reage diferente sempre, por isso não diria medo mas precaução sempre. Não deixo de me cuidar, porque já tive ao contrário, até por ter passado sei a força que esse vírus tem. Então todo cuidado é pouco ainda mais por ter pessoas ao meu redor que são de riscos então o cuidado segue mesmo já tendo sido contaminado e as precauções são as mesmas não muda nada.
OFuxico: O que você faz para manter a saúde mental ?
Eu tenho fé, otimismo e oro pelo outro. E volto a dizer que quando a gente tem empatia pelo próximo o nosso problema passa a ser tranquilo e as vezes passa a não ser um problema. Eu tenho a filosofia 'que nada acontece por acaso'.
Então se Deus permite uma situação dessa é porque temos que aprender algo, então foco no aprendizado não no problema. Fazer esporte também é ótimo para saúde mental e física e isso já está mais que comprovado, que aumenta a imunidade. Hoje a gente tem várias formas de fazer mesmo que não seja presencial, online com vários aplicativos, com muitas pessoas dando lives, então basta querer e é isso que tenho feito. E tenho feito coisas que se não fosse a Pandemia, não teria conhecido ou não teria tempo de fazer. Faço vários cursos.
OFuxico: Com quem conversa e mantém uma rede de apoio para superar os momentos difíceis?
Milene Domingues: Com Deus sempre, mas com meus amigos, mãe, irmãos, filho, namorado, mas por minha característica não sou muito de levar problemas prefiro tentar resolver, principalmente coisas mentais e eu acho que ter fé e conversar com Deus sempre é ótimo e ter as pessoas que a gente ama do lado ajuda bastante.
OFuxico: Li em uma matéria que você está vivendo um momento bom na vida profissional. Você é comentarista esportivo. Fale um pouco da sua atuação nessa área.
Milene Domingues: A primeira vez que comentei futebol foi na Itália, ainda era casada (risos). Isso há 18 anos e depois na Espanha fiz comentários. Em 2010, quando voltei ao Brasil continuei a ser comentarista. No ano de 2019 comentei a copa de futebol feminino. Desde o final do ano passado tive essa proposta da Band do campeonato brasileiro feminino que a emissora tem direito de transmissão e deu super certo.
OFuxico: Seu filho Ronald fez 21 anos. Como é para você ter um filho já na idade madura?
Acho que não muda muita a idade, o Ronald sempre foi criança de uma maturidade muito maior do que uma idade cronológica. Ele também mora fora de casa já faz dois anos e já para mim é uma situação super normal. Os filhos a gente acaba criando para o mundo. Eu sempre falo para ele que a distância física pode existir e existirá e é natural até porque cada um vai fazer o seu caminho, mas não pode nunca existir a distância de alma e de sentimentos, então pra mim não muda muito ele ter 21 anos. Na verdade, fui mãe com 21 anos, mas para mim não muda muito ele ter essa idade. O bom é que sou jovem e já tenho um filho criado.
OFuxico: O que você mais gosta de fazer com o Ronald?
Milene Domingues: Ah! com filho mais velho a gente gosta de tomar café e conversar (risos). É o que a gente tem conseguido fazer. Eu vou visitá-lo e ele me visita, mas sempre tomando um cafezinho que os dois amamos e conversar sobre a vida sobre o mundo sobre cotidiano, com essa pandemia atividades esportivas que fazíamos antes não dá para fazer, mas assim que a pandemia acabar e começar as saídas de fazer esportes a gente sempre foi de praticar esportes juntos, mas nesse momento é conversar bastante mesmo.
OFuxico: Você é tão jovem e bonita. Já está preparada para ser vovó?
Milene Domingues: (Risos) Eu acho que a gente tem uma mudança cultural do que as vovós tem que ser mais velhas (risos). Eu vejo bastante amigas lindas e queridas como Solange Frazão, que é vovó é espetacular melhor do que eu que tenho 40 anos. Meu filho é jovem ainda, acabou de fazer 21, e a Lu [namorada do Ronald] também é jovem ela tem 22 anos, mas é uma escolha deles a gente sabe o que acarreta ter um filho, eu não digo abrir mão porque a gente faz por amor, mas a gente acaba tendo outra pessoa que a gente tem prioridade, que não seja a gente. A vida da gente passa a ficar em segundo plano, porque a nossa prioridade passa a ser a do filho. E cada um faz sua vida e eu sou bem tranquila quanto a isso, eu oriento, mas a escolha é deles, né (risos).
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