Minissérie Amazônia encerra jornada na floresta

Por - 04/11/06 às 19:00

A minissérie Amazônia – De Galvez a Chico Mendes, escrita por Glória Perez, com data de estréia prevista para o dia 2 de janeiro finalizou sua jornada de gravações na floresta.

Após 72 dias no norte do país, a produção retorna ao Rio de Janeiro para dar início às gravações na cidade cenográfica na Central Globo de Produção, no dia 13. Liderada pelo diretor geral Marcos Schechtman, a equipe gravou no Acre e no Amazonas, em diversas locações, passando por florestas, rios e igarapés, praias, centros históricos e cidades cenográficas. Ao todo, mais de 150 profissionais da TV Globo viajaram para o norte, onde 350 cenas foram gravadas.

“Só gravamos grandes eventos aqui na Amazônia. Nada foi simples. Tudo só foi possível graças ao planejamento, muito estudo, trabalho árduo e, principalmente, por causa da dedicação de uma equipe maravilhosa”, conta Marcos Schechtman.

Os rios da região, molduras para cenas de amor, despedidas e batalhas são um capítulo à parte. Como o nível das águas nesta época do ano – chamada de inverno amazônico – varia muito, a produção foi obrigada a gravar um mês antes do previsto para aproveitar os rios cheios e poder navegar com grandes barcos, sem que eles encalhassem.

A maioria das cenas nos rios foi gravada em Manaus, cujas águas ainda não haviam baixado tanto, ao contrário do Acre. Nos rios Ariaú, foram gravadas as cenas da guerra das correntes, em que Plácido de Castro, interpretado por Alexandre Borges, depois de seis meses liderando os seringueiros na luta contra os bolivianos, consegue liberar a passagem pelo rio, serrando durante três dias uma corrente e abrindo o caminho para a entrada de seu vapor. O barco usado nestas cenas foi trazido do Peru especialmente para as gravações e, apesar de ostentar algumas peças antigas, foi todo cenografado como os vapores da época. Na capital do Amazonas, também foram gravadas as imagens em que Delzuite (Giovanna Antonelli) brinca com os botos e as cenas em que os personagens se despedem e esperam pelos amigos e parentes no porto.

Com as locações no norte do país, as cidades cenográficas e as cenas nos estúdios da Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, a minissérie vai contar 100 anos de história da Amazônia, a partir da saga de duas famílias: uma de seringueiros e outra de seringalistas, que retratarão a conquista do Acre, a decadência da borracha e a transformação dos seringais em pastos. “A história do Acre também põe em discussão a preservação da floresta e mostra como é antiga a disputa pela Amazônia”, explica a autora Gloria Perez.

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