Músicas de DJ Ivis despencam nas plataformas de streaming

Por - 14/07/21

Spotify e Deezer tiraram algumas músicas de DJ Ivis do catálogo editorial (Foto: Reprodução/ instagram

Desde que Pamella Holanda denunciou as agressões sofridas pelo ex-marido, as músicas dele sofreram relevante queda nas execuções na web. Antes líder das paradas musicais no streaming, o DJ Ivis já perdeu o posto. Entre segunda-feira, dia 12 de julho, e terça-feira, dia 13, das sete músicas que o artista tinha no top 200 do Spotify, duas saíram do ranking e cinco caíram de posição.

“Volta Bebê, Volta Neném”, com o DJ Guuga, caiu da 4ª para a 10ª posição. “Galega”, com Zé Felipe, caiu da 22ª para a 28ª posição. “Esquema Preferido”, parceria com Tarcísio do Acordeon, caiu da 44ª para a 58ª posição.

“Probleminha”, música de DJ Ivis com os Barões da Pisadinha, estava na 54ª e agora ocupa o 99º lugar. A faixa “Não Pode Se Apaixonar”, com Xand Avião e MC Danny, estava na 67ª e agora aparece na 103ª.

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A música “Oi Sumida”, parceria com Vítor Fernandes, que estava em 179º, e o single “Deixa Eu Ser O Seu Amor”, com Nattan, que estava em 187º, saíram do top 200.

Vale destacar que o Spotify tirou as músicas de DJ Ivis de suas principais playlists. São elas: “Paredão explode”, com 1.106.821 seguidores; “Top Brasil”, com 5.804.985 seguidores; “Meu País Nordeste”, com 198.226 seguidores e “Pisadinha e Piseiro”, com 241.394 seguidores

“Galega”, de Ivis com Zé Felipe, estava na capa e era a primeira faixa da playlist “Paredão explode”. Agora a música nem está presente na lista.

A Deezer também removeu todo destaque editorial ao artista, tanto em capas como em posições de playlists.

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Agressões na gestação

Em entrevista dada ao jornalista Leo Dias, Pamella Holanda deu detalhes sobre as agressões que sofreu do ex-marido, DJ IvisNo fim de semana, a estudante de arquitetura chegou a postar imagens e fotos de diversos momentos em que foi vítima de violência doméstica.

Na entrevista, Pamella contou que ela e Ivis se conheceram pelo Instagram em 2018 e começaram a namorar em 2019. Em fevereiro de 2020, ela descobriu que esperava o primeiro filho com ele e eles passaram a morar juntos. 

Segundo Pamella, as agressões começaram na gestação. 

“A primeira vez que ele me agrediu foi quando eu estava grávida de cinco meses, ele me pegou pelo pescoço, veio me arrastando pelo corredor que tinha no apartamento até o sofá. Ele me jogou no sofá. Na cabeça dele, era como se eu fosse um problema, um fardo. Não podia chegar para ele e falar, ‘estou sentindo isso’. Estava em uma situação de não ter suporte dentro de casa. Ele vivia na linha tênue de explodir. A qualquer momento ele explodia”, relembrou. 

Pamella afirmou que foi agredida fisicamente e verbalmente muitas outras vezes e que o DJ a privava inclusive de acesso financeiro e até telefônico.

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A agressão mais recente ocorreu no dia 2 de julho. Na ocasião, Pamella disse ter sido ameaçada com uma faca pelo DJ. Ele foi levado para a polícia após o flagrante. No dia anterior, ela recebeu chutes e socos.

“Eu tinha recebido conversas dele com outra mulher. Não era a primeira vez. Estava indo buscar ele no aeroporto com a minha filha e recebi as conversas no caminho. Resolvi esperar (para falar). Estava a mãe dele e uma babá em casa. Ele almoçou e subiu. Eu não estava bem e subi para dormir. Quando eu subi, ele estava deitado na cama. Ele pediu para eu passar a base na unha dele. Eu falei: ‘Meu amor, daqui a pouco eu pinto. Estou cansada, enxaqueca. Vou dormir uns 40 minutos e daí eu pinto a sua unha’”, disse.

“Eu virava para o lado e não conseguia dormir, estava inquieta. Pensei: ‘Vou perguntar para ele’. No lugar da esposa dele eu tenho total direito de cobrar’. E eu perguntei: ‘não tem uma maneira dele repostar as mulheres sem mencionar o Instagram delas? Porque quando menciona, abre um bate papo e elas podem conversar com você’. Estava calma. Mas isso era como se fosse um gatilho para ele. Era recorrente. Ele já se exaltou. Na hora em que fui desbloquear o celular, ele pegou de mim. Ele jogou o meu telefone e quebrou”, contou.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino