Odair José: “Fumei maconha e cheirei cocaína. Bebi todas”
Por Redação - 25/06/12 às 13:30
Odair José está lançando um novo disco, Praça Tiradentes, que tem influências do country americano e foi produzido por Zeca Baleiro. Em entrevista ao Jornal da Tarde, o cantor falou que não se incomoda de ser conhecido como o Terror das Empregadas e contou que já foi excomungado, censurado e considerado brega, mas que hoje é cult e atrai jovens aos seus shows.
O cantor também falou de sua juventude:
“Fumei maconha e cheirei cocaína. Bebi todas. Mas hoje sou careta. Sou um cara que cuida do corpo 24 horas. Você envelhece e precisa de cuidado. Não faço apologia à droga ou bebida, mas não sou contra quem usa. Tem de saber o que faz bem para você. Foi coisa de jovem mesmo”, disse Odair, que hoje está com 63 anos.
Confira as principais citações do cantor na entrevista:
“Sou temente a Deus e cristão. Religioso, eu não sou. Temos de acreditar, temer e seguir determinadas regras. Acredito e gosto das coisas ditas por Jesus Cristo. Mas religioso, não sou porque não vou à igreja. Não é a minha praia.”
“Acho que não deve existir preconceito em situação nenhuma. Na vida, tudo dentro de uma certa regra, é possível e permitido dentro do gosto de cada um. Se o cara quer ser gay, que seja. Se quer ser drogado, que seja. Se quer ser religioso, que seja. Acho que cada um tem de saber seu próprio caminho seguindo as regras da vida.”
“Na década de 70, fui muito censurado. Talvez um dos mais censurados pela ditadura porque falava desse conceito de liberdade. Cada um tem o direito de falar o que quer. Falei de pílula quando era vergonha. Falei das empregadas quando a profissão era vista como aquela mulher para o patrão comer ou filho comer. Falei do amor na cama, quando a hipocrisia dizia que ele só ficava no portão. Colaborei com essas verdades. Gostaria de falar mais.”
”Eu correria o risco de dizer, sem arrogância, que meu trabalho influenciou e influencia muita gente da geração mais jovem. Posso parecer prepotente, mas o Zeca Baleiro disse que, quando era jovem, tocava minhas músicas. O ex-guitarrista do Titãs, Marcelo Fromer (1961-2001), queria gravar um disco comigo. De certa forma, fiz alguma coisa que ficou.”
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