Participante de reality show perde tudo com enchente no Rio de Janeiro e busca ajuda
Por Redação - 16/04/19 às 16:08
Você está montando sua própria confeitaria para ter um negócio próprio, participa de um reality show de confeitaria na televisão e vê sua vida em ascensão, mas em questão de horas vê todo o seu sonho, literalmente, desmoronar… foi assim que aconteceu na vida do confeiteiro Matheus Sant’Anna, de 21 anos.
Participante do reality show Que Seja Doce, do GNT, Matheus foi mais uma das vítimas das fortes chuvas no Rio de Janeiro na última semana e perdeu não só sua casa, mas a fábrica de doces, que ficava no seu quintal, no bairro de Itanhaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Em conversa com o OFuxico, ele falou sobre o momento que está passando em sua vida.
“Minha vida estava tudo caminhando bem, tudo certinho e aconteceu isso tudo. Juntei o dinheiro, cerca de R$ 20 mil para construir o local na minha casa mesmo para não pagar aluguel e também para ficar perto da minha avó e minha mãe, que poderiam me ajudar. Mês passado, eu fiz a inauguração, apresentei vários produtos e chamei vários amigos e conhecidos. Porém, umas 2 semanas depois, veio a chuva que, infelizmente, acabou com meu sonho. Agora, meu foco é tentar recomeçar e cumprir com as encomendas que eu já tinha me comprometido a fazer”, disse Matheus.
Sem sua fábrica e sem a casa, Matheus está “se virando nos 30” para continuar na luta para reconstruir tudo que perdeu. “Estou ficando alguns dias na minha tia e outros na minha namorada. Minha avó, que mora comigo, sofreu alguns ferimentos e está bastante debilitada, então fica 24h na casa minha tia também. Já meus pais estão no apartamento de uma avó minha que faleceu há dois meses e é bem distante de onde estamos”.
Matheus ainda contou que o pouco que conseguiu resgatar após as chuvas está ficando na casa de sua sogra. “Sobrou uma batedeira, uma mesa de bancada, uma geladeira, que estão lá até que eu consiga alugar um espaço ou algum lugar para recomeçar”.
Sobre a tragédia, Matheus aguarda uma posição das autoridades competentes, já que, para ele, os principais causadores de toda a tragédia foram os construtores do condomínio de luxo Reserva Itanhangá, que tem mansões no valor de R$ 8 milhões.
"O condomínio utilizou como escoamento de água de chuva o nosso terreno que fica num nível muito abaixo do terreno montanhoso deles. Minha família, então, teve de fazer uma espécie de uma ‘vala’ para impedir que a água da chuva vinda de lá invadisse a nossa casa. Porém, com a chuva forte que deu, todas as raízes e pedaços de árvores que ficaram por lá, após o desmatamento, forçaram ainda mais o muro. Isso o derrubou e causou todo o estrago", disse.
Agora, o confeiteiro busca ajuda através de uma vaquinha virtual em que estipulou uma meta de R$ 30 mil. Até o momento, ele juntou um pouco mais de R$ 8 mil para recuperar o que foi perdido. Para quem quiser ajudar, clique aqui!
Por ironia do destino, a participação de Matheus no Que Seja Doce, do Multishow, vai ao ar na próxima quarta-feira (17), às 20h, apenas alguns dias após a tragédia ocorrida em sua casa.
A História de Matheus
Desde os 13 anos de idade, Matheus Sant’Anna tem o espírito empreendedor em sua vida. Após ganhar a última mesada no valor de R$ 50 de sua avó, ele já mostrou isso.
“Ela me disse que seria o último mês de mesada e me deu uma ideia. Minha avó falou: ‘Se você quiser gastar, pode gastar, mas você pode empreender esse pequeno valor também. A partir daí, tive a ideia de vender sacolé. Peguei o que tinha em casa (leite, Nescau, açúcar, coco que tínhamos um pé em casa) e comprei saquinhos de sacolé na rua e fui fazer e vender. Uns anos depois, ela me deu um livro de confeitaria, quando eu tinha uns 15 anos. Com isso, passei a fazer pães e tortas pra vender. Logo em seguida, veio a ideia do brownie, comecei a ganhar dinheiro. Vendia na minha escola e era conhecido como o ‘menino do Brownie’ e criei a marca Matheus Sant'Anna”, contou.
Com relação aos estudos, Matheus também foi um cara bem batalhador e correu atrás de seus sonhos. “Minha família sempre me disse que eu teria q estudar para conseguir uma faculdade, pois eles não teriam dinheiro. E foi o que eu fiz, estudei muito e consegui a bolsa de estudos em 1º lugar pelo ProUni em Gastronomia. Fiz a faculdade em 3 anos e me formei com 20 anos. Fiz vários estágios e trabalhei também em vários lugares pra agregar conhecimento. Quando saí, meu foco era conhecer a França e a Suíça, que tinha muita vontade e são grandes centros para o que escolhi como profissão. Juntei todo o dinheiro que tinha de trabalho e fui. Trouxe várias coisas e então criei a minha própria fábrica, que agora está destruída”.
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