Patricia Marx diz por que abandonou live: ‘Tive crise de pânico’

Por - 10/11/20 às 08:48

Reprodução Instagram

Patricia Marx usou sua conta no Instagram para postar um vídeo, onde esclarece por que terminou antes do tempo uma live que fez no último final de semana. A ex-Trem da Alegria pediu desculpas aos seus fãs e explicou que teve uma crise de pânico no meio do show.

“Pessoal, tudo bem? Nem avisei que viria aqui fazer live. Estou passando aqui para comentar uma coisa muito chata que aconteceu, sobre meu show que eu fiz no sábado e que eu saí antes do show terminar. Eu tive uma crise de pânico, do meio para o final. Fiquei muito nervosa, estava muito estressada, muito ansiosa, e tive vontade de sair correndo. Quem tem crise de pânico, sabe o que acontece. A gente paralisa tudo, a gente não consegue pensar, raciocinar e foi isso que aconteceu", contou.

Patricia falou também sobre seu problema com a ansiedade.

“Eu trato há muitos anos. Começou com uma crise de ansiedade, depois evoluiu para depressão. Não tenho depressão mais, mas tomo remédio. É uma coisa que precisa ser controlada. Quem tem crise de pânico e depressão sabe que você tem que tomar remédio senão as coisas não andam. Eu tenho sido acompanhada, faço terapia, psicanálise, tomo remédio.  Mas naquele dia, exatamente, eu estava muito ansiosa, muito nervosa, foi uma produção minha e de uma outra pessoa. Fiz praticamente tudo, toda a ideia, a arte, divulgação, tudo foi pensado por mim e eu estava trabalhando há um mês, com muito carinho. ".

Para finalizar, ela pediu desculpas para seus fãs que acompanhavam o show.

"Peço desculpas e esclarecer a todos porque eu saí antes. A crise de pânico é uma coisa muito séria. Nós, artistas somos seres humanos. Não somos passíveis de não falhar. A gente falha, tem medo, sente ansiedade, sente insegurança, somos vulneráveis, sim. Espero que todos possam compreender o lado humano das pessoas. E eu também peço desculpas por falhar. Tenho o direito de falhar, como todos vocês. A gente fica ansioso, nervoso, inseguro, se sente vulnerável. E acontece! O ruim é que as pessoas julgam sem saber. Não comentei isso antes porque eu achei que não pudesse comentar sobre isso, mas a gente tem que falar. Muita gente tem e as pessoas acham que é frescura ", desabafou.

Publicação de Patricia

Confira a publicação em:@patriciamarxoficial

Assumida

Um novo registro ao lado da namorada, Renata Pedreira, de 43 anos, encheu a timeline de Patrícia Marx de ternura e amor. A cantora assumiu sua sexualidade ao postar uma foto com a arquiteta, no dia do aniversário de 46 anos da cantora.

Patrícia Marx assume namoro com outra mulher

"Meu sol, minha alegria de todos os dias!", legendou.

No início deste mês, ao participar de uma transmissão ao vivo com Jean Wyllys, Patrícia falou sobre a reação do filho único, Arthur, de 21 anos, do casamento com o produtor musical Bruno, seu ex-marido. Arthur foi a primeira pessoa para quem ela revelou o romance, algo novo na vida da artista, que nunca havia se relacionado antes com uma mulher.

"O meu meio sempre foi muito gay, colorido, e sempre encarei com muita naturalidade. Meu filho também conviveu com esse meio durante um tempo. Agora ele tem 21 anos e a namorada dele… E foi a primeira pessoa com quem eu falei, que me acolhei muito amorosamente, e era a pessoa mais importante que eu precisava dizer: 'olha, essa sou eu agora", revelou.

Liberdade e medo

Ícone infantil nos anos 80, à gente do grupo Trem da Alegria, Patrícia destacou ainda que vive, agora, uma sensação de liberdade.

"É libertador. Mas estou vivendo essa emoção aos poucos, porque até então, eu vivi essa relação sem falar para ninguém, era uma coisa que ninguém sabia. Resolvi falar por falar, no dia do meu aniversário, que é no Dia Mundial do Orgulho LGBTQI+. Era muita coincidência, um sinal do universo falando: agora vai"

Ela ainda enfatizou que o público recebeu com normalidade e afeto. E ressaltou que, pelo fato de sempre ter se relacionado com homens, teve dificuldades em assumir o relacionamento por medo e preconceito.

"Foi uma coisa tão bonita e especial, o amor que eu recebi. Me senti tão acolhida por todos da comunidade. Foi bem difícil, e eu imagino que é um caminho ainda difícil pra se assumir, porque eu mesma tive que resolver isso na análise, tive que tentar entender, porque eu tinha muito medo, tinha aversão, preconceito, todas as coisas que o mundo heteronormativa te diz: 'olha, isso é errado, é feio, engraçado, uma coisa estranha'. Aquilo não passava. Eu falava: 'não deve ser uma coisa anormal'. Aí eu encontrei uma pessoa, que é a minha primeira namorada, e eu vivo uma coisa que é inédita pra mim. É totalmente inédito. E ao mesmo tempo, resolvendo vários traumas de coisas do passado. Eu não nasci assumindo uma postura homossexual".

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