Paulo Betti conta que ‘nota zero’ na estreia de Império o deixou arrasado

Por - 06/04/21 às 17:44

Divulgação/TV Globo

Um papel que era destinado a José Wilker vai parar nas mãos de Paulo Betti, por conta da morte daquele que seria o titular. Cercado de expectativa, Betti leva uns dias para aparecer em cena e, quando isso acontece, leva uma nota zero na manhã seguinte, da crítica especializada. 

“Tomei logo um zero quando a novela estreou. Meu personagem demorou a entrar, foi uns 3 dias depois, e tomei o zero. Tinha reunião na casa do Fagundes e nem fui porque estava com vergonha do zero. Parece que ia levantar voo e levei um tiro numa asa”, recordou ele durante a coletiva on-line de Império, na tarde desta terça-feira (06). 

Experiente, o ator encontrou uma solução para virar o jogo. 

“Os técnicos, a equipe, o diretor, todo mundo dava palpite do personagem. Aceitei fazer todas as entrevistas porque queria me defender do zero. Disse que todo mundo no Brasil é entendido nesse assunto”.   

Cheio de trejeitos, o jornalista Téo Pereira era maldoso e ferino, destilava todo seu veneno nas notícias que publicava em seu blog. Em suas matérias, notícias mentirosas eram recorrentes, gerando vários processos. Betti se divertia! 

“Meu personagem ficava num lugarzinho meio separado, ele não saia do apartamento.  Eu herdei o papel do Wilker, que morreu. Gravava duas cenas por semana, sempre no mesmo lugar, fazia as maiores loucuras e o Papinha (diretor da novela) sempre achava bom. Falavam que não havia mais bicha tão desmunhecada. Eu estava imitando a minha irmã”, contou. 

O ator que guardou de recordação o óculos de haste vermelha , característica do personagem, lembrou do sucesso que fez no carnaval de 2015. 

“Os garis corriam atrás de mim e gritavam ‘Curuzes!’, eu achava que estava abafando mas eles estavam me zoando.  Até hoje faço na rua o ‘curuzes’ e o ‘quirida’”. 

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Tudo pelo personagem

Além do inseparável óculos, outra característica de Téo Pereira era o cabelo, que ele fazia questão de jogar. 

“Meu cabelo era alisado, levava duas horas. A gente se diverte, mas se agarra num fio desencapado. Eu fiz todo tipo de coisa”, contou. 

“Aguinaldo dizia que minha pele estava linda e inventei um tratamento de acupuntura facial com uma japonesa no Leblon (bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro), eram como se fosse 2 mil vacinas no rosto”, revelou.

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