Paulo Betti lamenta morte de cunhado
Por Redação - 01/06/21 às 15:49
Nesta terça-feira (01), Paulo Betti prestou uma bela homenagem para seu cunhado, apelidado como "Mingo", que faleceu aos 88 anos devido complicações causadas pela Covid-19. Mingo morava em Piracicaba, no interior de São Paulo.
"Meu cunhado Mingo morreu, aos 88 anos. Pneumonia e covid. Ele morava em Piracicaba, junto a esposa, filhos e netos. Eu era menino e Mingo começou a namorar minha irmã Maria, gêmea da Cida. Os pais do Mingo tinham uma loja onde vendiam arreios e selas perto do mercado municipal de Sorocaba. Apareceram os chineses, e com eles os pastéis que o Mingo levava na paquera da minha irmã. Eu nunca tinha comido pastel! Minha avó era craque em polenta “brustulada”, mas o Mingo me apresentou aquela delícia. No casamento ele contratou dona Quitéria pra fazer os quitutes. Comi tanto pastel que pela primeira vez fiquei “empachado”, a barriga intumescida. Minha mãe tratou com massagens de óleo aquecido misturado ao fubá. Foi assim também quando tive caxumba, o medo era que ela descesse se eu pulasse um córrego.", começou o ator.
"Era assim no nosso pequeno quase Quilombo, na Vila Leão. Mingo foi morar lá, na Rua Guaicurus, perto da minha, que era a Caramurus. ( acho que por isso gosto tanto dos indígenas) Era muito alegre aquele lugar com seus tambores e festas. O Mingo trouxe mais alegria. Ele me levava pra fora dos limites do bairro. Pra assistir os jogos do São Bento, que tinha subido pra divisão especial. Era ele que me levava para o pequeno estádio da Rua dos Morros.
Mingo foi seminarista e quando mudou pra Piracicaba passou a frequentar a Congregação Cristã do Brasil. Levou também meu pai e minha mãe pra cantar os lindos hinos nos cultos, sempre embalados pela banda, que é o grande trunfo dos “língua de fogo”, como são chamados os crentes . Me levou algumas vezes e eu adorava ouvir a musica e os testemunhos catárticos. Meu cunhado Mingo me apresentou mundos novos, no futebol e na religião. Me ajudou a crescer! Vai ficar pra sempre na minha memória com meu agradecimento por ser sempre carinhoso e gentil. Criou seus filhos Dô, Didi e Titão. Meus sobrinhos queridos. Viveu a vida inteira com minha irmã Maria que hoje ora por seu descanso eterno.", completou Paulo com o relato emocionante.
Paulo Betti conta que ‘nota zero’ na estreia de Império o deixou arrasado
Um papel que era destinado a José Wilker vai parar nas mãos de Paulo Betti, por conta da morte daquele que seria o titular. Cercado de expectativa, Betti leva uns dias para aparecer em cena e, quando isso acontece, leva uma nota zero na manhã seguinte, da crítica especializada.
“Tomei logo um zero quando a novela estreou. Meu personagem demorou a entrar, foi uns 3 dias depois, e tomei o zero. Tinha reunião na casa do Fagundes e nem fui porque estava com vergonha do zero. Parece que ia levantar voo e levei um tiro numa asa”, recordou ele durante a coletiva on-line de Império, na tarde desta terça-feira (06).
Experiente, o ator encontrou uma solução para virar o jogo.
“Os técnicos, a equipe, o diretor, todo mundo dava palpite do personagem. Aceitei fazer todas as entrevistas porque queria me defender do zero. Disse que todo mundo no Brasil é entendido nesse assunto”.
Cheio de trejeitos, o jornalista Téo Pereira era maldoso e ferino, destilava todo seu veneno nas notícias que publicava em seu blog. Em suas matérias, notícias mentirosas eram recorrentes, gerando vários processos. Betti se divertia!
“Meu personagem ficava num lugarzinho meio separado, ele não saia do apartamento. Eu herdei o papel do Wilker, que morreu. Gravava duas cenas por semana, sempre no mesmo lugar, fazia as maiores loucuras e o Papinha (diretor da novela) sempre achava bom. Falavam que não havia mais bicha tão desmunhecada. Eu estava imitando a minha irmã”, contou.
O ator que guardou de recordação o óculos de haste vermelha , característica do personagem, lembrou do sucesso que fez no carnaval de 2015.
“Os garis corriam atrás de mim e gritavam ‘Curuzes!’, eu achava que estava abafando mas eles estavam me zoando. Até hoje faço na rua o ‘curuzes’ e o ‘quirida’”.
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Tudo pelo personagem
Além do inseparável óculos, outra característica de Téo Pereira era o cabelo, que ele fazia questão de jogar.
“Meu cabelo era alisado, levava duas horas. A gente se diverte, mas se agarra num fio desencapado. Eu fiz todo tipo de coisa”, contou.
“Aguinaldo dizia que minha pele estava linda e inventei um tratamento de acupuntura facial com uma japonesa no Leblon (bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro), eram como se fosse 2 mil vacinas no rosto”, revelou.
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