Piradinha faz Anderson di Rizzi ser chamado de ‘palhaço’ nas ruas

Por - 01/09/13 às 10:22

Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Noticias

O humor é uma vertente forte na carreira de Anderson di Rizzi. No ar em Amor à Vida, da Globo, interpretando o irreverente Carlito, o ator volta a trabalhar sob o texto de Walcyr Carrasco, autor responsável por sua estreia na televisão, como o atrapalhado Sargento Xavier, de Morde e Assopra. Foi o novelista também o escalou para viver o professor Josué no remake de Gabriela.

"Só tenho que agradecer ao Walcyr pela aposta e confiança", analisa.

Anderson não nega que tenha outras pretensões artísticas. No entanto, se repetir em tipos cômicos não chega a ser uma preocupação para ele.

"O público gosta. Eles já me olham e começam a rir lembrando das cenas", opina.Piradinha faz Anderson di Rizzi ser chamado de 'palhaço' nas ruas

Na trama, Carlito é apaixonado por Valdirene, vivida por Tatá Werneck, que se envolve nas maiores confusões em busca de relacionamentos com homens ricos.

"O Carlito é persistente e vai lutar até o fim. Agora, espero que a relação dos dois fique mais tranquila devido ao filho que está vindo por aí. Torço para que ela o assuma de verdade e perceba que o grande amor da vida dela está ali", analisa o ator, que é mais abordado nas ruas pela alcunha de "palhaço" – apelido carinhoso dado por Valdirene  – do que pelo próprio nome do personagem.

"Ninguém me chama de Carlito. Ele está me marcando demais", comemora.

O Fuxico: Para dar vida a um personagem, o ator busca uma série de referências. Quais foram os elementos fundamentais na composição de Carlito?

Anderson di Rizzi: A forma como o autor pensa sobre o personagem e toda a composição com o seu próprio núcleo ajudam muito. Mas, sou um ator inquieto. Para o Carlito, fui em alguns bairros de São Paulo, onde imaginei que ele estaria, e também em bailes sertanejos e funks. Além disso, fiz curso de DJ, aulas de canto e violão e me aprofundei  nesse meio pesquisando vídeos na internet. Também andei muito de ônibus no Rio de Janeiro com a Tatá.

OF:– Você tem vontade de sair um pouco do núcleo de comédia no próximo trabalho, já que os dois anteriores personagens também tinham as características cômicas tão evidentes?

AR:  Eu gostaria de explorar um lado mais sério e sombrio. Tenho essa curiosidade. Mas, por enquanto, estou mais na comédia. As pessoas veem o meu trabalho e, a partir disso, estão me chamando. Posso ter a oportunidade de interpretar um personagem mais dramático daqui a 10 anos ou ano que vem. Quando vier, eu faço. Estou deixando as coisas acontecerem naturalmente.

OF: Mesmo interpretando personagens bem humorados, a preparação é diferente. Como você se prepara para cada um deles?

AR: Tive pouco tempo para me desligar de cada personagem. Por exemplo, o Xavier tinha algo mais caricato, já o Josué tinha o humor mais denso. E aí, comecei a ter aqueles questionamentos de ator sobre a responsabilidade de dar conta ou não do recado. Mas, com o passar do tempo e com todo o estudo da composição para cada um, acabei relaxando e diminuí a ansiedade.

OF: Como você avalia a sua ligação com o texto de Walcyr Carrasco, sendo Amor à Vida, sua terceira novela com ele?

AR: Em Morde e Assopra, no início, estava como elenco de apoio. Com o passar dos capítulos, o Walcyr começou a escrever cenas engraçadas para o meu personagem e coloquei uma leitura muito particular até funcionar. Com isso, deu certo, e fui escalado para Gabriela. A minha vida mudou para melhor, certamente (risos).   

OF:– A oportunidade de aprender um pouco mais com os veteranos é um dos melhores exercícios para aprofundar as técnicas de interpretação. Como está sendo o dia-a-dia das gravações?

AR: Estou aprendendo demais. Todos os veteranos da novela, com quem eu contraceno mais, como a Elizabeth Savalla, Fulvio Stefanini e Eliane Giardini, respeitam muito o nosso trabalho. Estamos começando agora e não há discriminação. Somos tratados de igual para igual. O Malvino Salvador também me ajuda muito com toda essa questão de posicionamento de câmara e até do próprio texto.

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