Primeiras cenas da mansão Pantaleão mostram núcleo rico de Dona Xepa

Por - 11/05/13 às 10:41

Luiza Dantas / Carta Z Notícias

Gravar sequências de primeiro capítulo sempre demanda mais cuidado em novelas. É nele que os núcleos são apresentados e, por isso, existe o risco de haver cenas explicativas demais, com detalhes em excesso. Em Dona Xepa, que estreia na Record no dia 21, por exemplo, o texto mostra, de cara, as extravagâncias da família Pantaleão. Encabeçado por Meg e Júlio César, papéis de Luiza Thomé e Maurício Mattar, o clã rico do folhetim vive em uma mansão com tons avermelhados e direito até a governanta, vivida por Ana Zettel – irmã do diretor Ivan Zettel. E já na primeira noite de exibição, mostra claramente a relação fogosa do casal e os conflitos familiares. Principalmente o que existe entre Meg e a filha Lis, vivida por Rayana Carvalho.

"É a aparição inicial da minha personagem, então é preciso mostrar o papel dela na família sem parecer aquela coisa chata, didática. É estranho, até porque essa não é a primeira cena que gravo", explica Rayana. 

Na trama, Lis é uma estudante de História que não liga para luxos e está mais voltada para questões de sustentabilidade, artes e outras áreas que pouco interessam à mãe. Deslumbrada, Meg vive como as muitas "socialites" que a tevê já mostrou: cheia de mimos, ostentações e uma taça de champanhe sempre na mão. Aliás, essa parece ser a maior tortura de Luiza Thomé na cena. Como, entre ensaio e gravação, são muitas as repetições, a atriz dá vários goles na mistura feita com refrigerante de limão, groselha e xarope de guaraná natural.

"Se eu tiver de engolir mais uma gota disso, juro que me mato", brinca, fazendo careta ao olhar para o líquido.  

A cena se passa no café da manhã da família e marca uma conversa sobre os preparativos do jantar de noivado entre Isabela e Vitor Hugo, papéis de Gabriela Durlo e Márcio Kieling. Mas, por se deslumbrar mais com festas e comemorações, Meg parece ser a nica que se empolga com o assunto. Todos com quem tenta discutir o evento dão pouca atenção ao papo. Até os noivos, que descem das escadas em tom de briga. Uma sequência que já deixa implícita a ideia de que o casal não se firma ao longo da trama. Isabela, aliás, está marcada para morrer, de acordo com a sinopse.

"Estou reservada até o final da novela, então não sei o que vai acontecer e como se desenrolará isso. Mas o previsto é, de fato, a morte dela", confirma Gabriela.

É Vitor Hugo quem, em princípio, abrirá espaço para a vilã Rosália, de Thaís Fersoza, alcançar o tão sonhado lugar na alta sociedade. "É um triângulo muito importante dentro dessa versão de Dona Xepa", valoriza Márcio. 

A escada da casa, aliás, traz uma eterna sensação de "déjà vu" a Rayana Carvalho. A produção de Dona Xepa reaproveitou a peça utilizada na adaptação nacional de Rebelde, que estreou em março de 2011 e permaneceu no ar até outubro do ano passado, onde a atriz vivia a aprendiz de vilã Pilar.

"Sensação de estar em casa maior do que essa é impossível", brinca. E a produção tem na ponta da língua a explicação para, no meio de uma mansão, ter uma escada que liga dois lados diferentes do imóvel: a fachada da casa utilizada nas externas da mansão é redonda.

Por estar em uma mesa farta de café da manhã, o elenco inteiro aproveita para "forrar o estômago".

"Nem deu tempo de almoçar direito", explica Maurício Mattar, enquanto escolhe algumas frutas para beliscar, pegando um pão em seguida. Rayana dispensa, já que afirma não dar muita bola para massas. Luiza Thomé, em plena forma, avisa que vai se juntar ao grupo e "filar um pouquinho".

"Ninguém merece ficar aqui, só olhando vocês comerem", afirma, pegando uma colher de salada de frutas e, em seguida, uma solitária fatia de presunto.

E, como toda magra que se preze, encerra ali o lanche. Com jeito de quem está satisfeita e pronta para mais um "gravando" do diretor.

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