Quando criança, Laércio de Cheias de Charme se arrumava para assistir TV
Por Redação - 12/08/12 às 10:04
Luiz Henrique Nogueira, que está na pele do divertido e irreverente Laércio, em Cheias de Charme, entende bem os altos e baixos da profissão de ator. Com 25 anos de carreira, focada, principalmente, no teatro, ele demorou a se encontrar na televisão.
"Fiquei muito tempo absorvido pelos palcos. Quando comecei, era comum renegar a tevê. Minha geração achava mais importante se manter longe do 'mainstream'. Mas logo a realidade se impõe. A televisão dá mais visibilidade ao ator", admite Luiz, que estreou na tevê em 2002, na novela Sabor da Paixão.
Em Cheias de Charme, o ator vive o personagem que é braço direito de Chayene, a exagerada cantora interpretada por Cláudia Abreu. Pela proximidade de Laércio com a excêntrica perua, Luiz comemora a popularidade do seu personagem e destaca a química com a atriz durante as cenas.
"Antes mesmo das gravações começarem, eu e Cláudia tivemos alguns encontros para estudar o texto e as cenas", admite o ator de 45 anos.
Natural do Rio de Janeiro, esta é segunda vez que Luiz se destaca na tevê. A primeira foi com o carnavalesco Ubiracy, na novela Senhora do Destino, em 2004.
"Fazer o Ubiracy foi muito doido. Eu realmente não esperava a repercussão que teve", maximiza.
Um menino encantado pela televisão
O jeito tranquilo e confiante do ator reflete as conquistas profissionais do carioca. O sonho da atuação, que perseguia Luiz desde que ele era um menino e chegava a se arrumar para assistir televisão, se realiza desde 1986, em uma trajetória extensa, com passagens pelo teatro, cinema e algumas novelas.
"Tenho até hoje na memória a sensação que eu tinha quando via determinadas cenas das novelas. Formei meu imaginário como ator assistindo televisão", lembra.
Raio X
Nome: Luiz Henrique Sade Nogueira.
Nascimento: Em 6 de novembro de 1966.
Primeiro trabalho na tevê: Em "Sabor da Paixão", de Ana Maria Moretzsohn, em 2002.
Atuação inesquecível: Laércio, de "Cheias de Charme".
Interpretação memorável: Nazaré Tedesco, personagem de Renata Sorrah em "Senhora do Destino", de 2004.
Momento marcante: “A minha estreia no teatro, em 1986, na peça 'A Justiça', no Teatro Tablado'.
O que gosta de assistir: "Novelas".
O que falta na televisão: "Telefilmes".
O que sobra na televisão: "Programas no estilo 'mundo cão'".
Ator: Lima Duarte.
Atriz: Fernanda Montenegro.
Se não fosse ator, o que seria: Jornalista.
Novela preferida: "Selva de Pedra", de 1972, escrita por Janete Clair.
Cena inesquecível: "A morte da personagem da Marília Pêra na minissérie 'O Primo Basílio', em 1988".
Melhor trilha sonora: "Gabriela", de 1975, de Walter George Durst.
Melhor abertura de novela: “Cheias de Charme”.
Vilão mais marcante: Odete Roitman, de Beatriz Segall, em "Vale Tudo", de Gilberto Braga.
Personagem mais difícil de compor: "Interpretar mocinhos é sempre complicado".
Papel com mais retorno do público: Ubiracy, em "Senhora do Destino", de 2004, de Aguinaldo Silva.
Melhor bordão da televisão: Ai como eu tô bandida!, da personagem Valéria, interpretada por Rodrigo Santana, do humorístico "Zorra Total".
Que papel gostaria de representar: Um jornalista investigativo.
Com quem gostaria de fazer par romântico: Cláudia Abreu.
Filme: A Mulher do Lado, de 1981, de François Truffaut.
Livro de cabeceira: Ensaio Sobre a Cegueira, de 1995, escrito por José Saramago.
Autor: Paul Auster.
Diretor: François Truffaut.
Vexame: "Eu tinha 11 anos, estava em uma audição de piano tocando Serenata de Schubert. De repente, travei, e sem saber o que fazer, levantei e fui embora".
Um medo: "Tenho pânico de lugares muito altos".
Projeto: "Quero levar para teatro um texto do Neil LaBute".
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