RedeTV! consegue liminar e se livra de penhora da ação de Clodovil

Por - 14/03/12 às 18:08

Divulgação

A novela em torno da ação movida por Clodovil Hernandes – e agora representada por sua advogada Maria Hebe – contra a RedeTV! continua. O processo começou em 2005, quando o então apresentador foi demitido e teve seu contrato quebrado antes do vencimento. Com a morte de Clodovil, em 2009, a advogada dele deu sequência à ação , que hoje já está em R$3 milhões. Recentemente, a Justiça concedeu um bloqueio financeiro da RedeTV! para pagar a indenização, mas agora a emissora conseguiu reverter a decisão.

Nesta quarta-feira (14), a RedeTV! divulgou nota informando que o Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu um recurso da emissora e suspendeu a decisão, que determinava a penhora de créditos da RedeTV! no processo movido por Clodovil.

"O Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu pedido da Rede TV! e determinou a suspensão da decisão que determinava a penhora de créditos da emissora no processo movido pelo apresentador Clodovil Hernandes”, diz a nota.

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O outro lado

O Fuxico entrou em contato com a advogada do falecido apresentador e deputado, Dra. Maria Hebe, que disse que a decisão favorável à RedeTV! ainda não havia sido publicada e que por essa razão ainda não poderia se pronunciar:

“Eu ainda não fui oficialmente informada sobre essa decisão da Justiça de São Paulo. A determinação precisa ser publicada  para eu entender o que a emissora alegou agora para o não pagamento da dívida. Só então posso apresentar o recurso”, explicou Maria Hebe.

No final do mês passado, a advogada pediu à Justiça o bloqueio das verbas de merchandising de três anunciantes da Rede TV! – Ministério da Saúde, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – com a intenção de receber o dinheiro do processo através desses créditos.

“Acontece que a emissora, mais uma vez, recorreu e alegou estar passando por uma grave crise financeira, principalmente após a saída do humorístico Pânico na TV, que, segundo eles, representava 40 por cento do faturamento da casa. Por essa razão, eles pediram na Justiça que não fosse feito o bloqueio dessas verbas publicitárias e conseguiram uma vitória temporária”, avaliou.

Maria Hebe informou ainda que já encaminhou uma outra petição para recorrer da decisão.

“Nessa petição eu uso a matéria publicada na Revista Veja SP, em que os proprietários da emissora afirmam que não há crise e que o faturamento da casa é muito bom, além de exibirem um belo patrimônio e as mansões onde moram. Então, eles contaram convenceram a juíza e, mais uma vez, adiaram o pagamento da dívida”, diz a advogada.

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