RedeTV! exibe programas educativos a partir de dezembro
Por Redação - 17/11/05 às 18:35
A partir do dia 5 de dezembro, a RedeTV! passará a cumprir a decisão judicial que a condenou a exibir, no horário do Tarde Quente, apresentado por João Kleber, programas educativos. Até lá, o canal de Alphaville continua exibindo o infantil Vila Maluca, de sua própria produção.
De acordo com a assessoria da emissora, as atrações serão exibidas por 30 dias seguidos e enviadas pelas seis ONGs que moveram a ação contra a RedeTV!. São elas: Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Centro de Direitos Humanos (CDH), Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo, Associação de Incentivo à Educação e Saúde de São Paulo (Aiessp), Identidade – Grupo de Ação pela Cidadania Homossexual e Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual (ABCDS).
A RedeTV! foi tirada do ar pela justiça às 21h de segunda-feira, dia 14, e retornou somente às 22h do dia seguinte. A volta da transmissão, antes das 48h previstas, só foi possível devido a um acordo da emissora com o Ministério Público Federal em São Paulo e com as ONGs.
A suspensão do sinal ocorreu devido ao descumprimento, pela RedeTV!, de uma ordem judicial determinando que, no lugar da atração Tarde Quente, a emissora deveria exibir um programa educativo fornecido pelas ONGs. No dia 8, a RedeTV! tirou do ar o Tarde Quente, exibido às 17h, mas colocou no horário a reprise de um de seus programas, a série Vila Maluca. Dessa forma, descumpriu a determinação da justiça.
A emissora ainda não decidiu se Tarde Quente volta ou não a ser exibido num horário mais adequado.
Entenda o caso
Na segunda-feira, dia 7, Sergio Gardenghi Suiama (Procurador Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal) e Adriana da Silva Fernandes (Procuradora substituta) obtiveram uma liminar que suspendia a apresentação do programa Tarde Quente, sob acusação de divulgação de homofobia. A ação foi apresentada pelo MPF e seis ONGs ligadas à defesa dos direitos dos homossexuais e dos direitos humanos.
Impetrado no dia 24 de outubro, o pedido do MPF é baseado em uma série de desrespeitos aos direitos humanos, exibidos no quadro de pegadinhas da atração.
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