Regina Braga está em espetáculo que conta a história da cidade de São Paulo

Por - 02/03/20 às 20:00

Divulgação/TV Globo/Paulo Belote

Na quinta-feira da semana que vem (12), o Teatro Unimed apresenta a estreia do espetáculo São Paulo, estrelado pela atriz Regina Braga, ao lado de três atores músicos, Vitor Casagrande (cavaquinho e bandolim), Alfredo Castro (percussão) e Guilherme Girardi (violões), com direção de Isabel Teixeira.

Como ideia central, o espetáculo traz a descontração das rodas de samba em torno de uma mesa, bem no centro do palco, para contar a história de São Paulo através de músicas, textos e poesias que falam da cidade, desde a sua fundação. São textos escritos por Roberto Pompeu de Toledo, Alcântara Machado, Mario de Andrade, Paulo Prado, José de Anchieta, Castro Alves, Guilherme de Almeida, Itamar Assumpção, Plínio Marcos, Paulo Bonfim e Drauzio Varella, entremeados por músicas de Paulo Vanzolini, Adoniran Barbosa, Luiz Tatit, Chico Cesar, Renato Teixeira e outros compositores que cantaram cenas do cotidiano e as vicissitudes dos habitantes da cidade.
 

O que esperar do espetáculo

 

O espetáculo mostra as contradições, os choques culturais, o crescimento desordenado e os delírios de grandeza que construíram a cidade de São Paulo, dos tempos de João Ramalho aos personagens anônimos das ruas do século 21.

A peça é dividida em três movimentos. No primeiro, A Terra, o foco é dirigido aos eventos que deram origem à cidade, da chegada dos colonizadores à formação da vila que ficaria por séculos conhecida como Capital da Solidão. No segundo, O Homem, é apresentada a diversidade dos habitantes da cidade. Como resumiu o escritor e compositor José Miguel Wisnik: “uma das principais maneiras de ser paulista é não ser de São Paulo”. No terceiro, O Boom, sobre o crescimento explosivo, a dramaturgia adquire novo ritmo, conduzido pela narrativa de quem convive com a cidade de hoje. 

A atriz Regina Braga acredita que falar sobre São Paulo é bastante importante.

“Desde que li pela primeira vez o livro ‘A Capital da Solidão’, do Roberto Pompeu de Toledo, tive a ideia de montar um espetáculo com reflexões sobre a cidade, que contasse a história da fundação, do isolamento dos tempos coloniais, do impacto transformador do café, da chegada dos imigrantes europeus ainda no século 19, dos migrantes internos do século 20 e da emergência de uma das maiores cidades do mundo.”

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