Roberto Justus e Marcos Mion discutem sobre coronavírus
Por Redação - 23/03/20 às 18:13
O clima esquentou em um grupo de Whatsapp do qual Roberto Justus e Marcos Mion fazem parte. Até mesmo um áudio do empresário vazou nas redes sociais, fazendo com que ele fosse altamente criticado pelos internautas.
Segundo o portal Yahoo, tudo teria começado quando Mion publicou um vídeo sobre coronavírus, em que um doutor em microbiologia da USP, Atila Iamarino, afirmava que o Brasil podia chegar a um milhão de contaminados pela COVID-19 caso não seguisse as recomendações feitas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para conter a disseminação da doença.
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Justus não concordou com as informações contidas na mensagem e resolveu rebater com uma mensagem de voz expondo sua opinião sobre o assunto.
"Quando você faz um argumento desses, não dá nem para discutir. É uma desinformação tão grande! Sem querer te ofender, pelo amor de Deus, respeito seus pensamentos, mas você está totalmente errado. Quem entende um pouco de estatística, que parece que não é teu caso, vai perceber que é irrisório. Dos que morrem, mesmo dos velhinhos, só 10 a 15% morrem. Se pegarmos o vírus, o que seria bom, a gente pegaria anticorpos e ele já morreria de uma vez", começou o empresário.
Depois, ele ainda falou que esse 'isolamento' vindo de um 'exagero' sobre a pandemia seria muito ruim para a economia e esse sim seria o grande problema.
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"Esse isolamento vai custar muito caro. Você está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não terem o que comer, das empresas fecharem, do desemprego em massa. Não dá pra comparar com um vírusinho, que é uma gripezinha leve para 90% das pessoas. Não dá para comparar com o desastre que vai ser a vida", opinou.
Ainda no seu áudio, Justus falou que o vírus só vai matar 'velhinhos e doentes' e que não há necessidade de se preocupar com as pessoas mais pobres pegando o coronavírus e com o contágio na favela, já que, segundo ele, não morreria ninguém por lá e só morreram idosos e pessoas que já tinham doenças pulmonares.
“Não tem nenhuma pessoa que morreu que não tivesse outras doenças. Não vai acontecer porr* nenhuma se o vírus entrar na favela, pelo contrário. Essa molecada que está na favela nem fica doente. Isso não é grave. Grave é o que vai acontecer com o mundo agora, com uma recessão global nunca vista na história. Bom, eu não vou alongar que vocês detestam gravações longas, mas não dava para ficar absolutamente conta a sua opinião. Um milhão de pessoas mortas no país é uma piada de mau gosto”, finalizou, chamando o caso de 'histeria desproporcional'.
Eu não tenho nem adjetivos pra descrever esse áudio do Roberto Justus, na moral.
Se vcs tiverem, eu agradeço.
— Marcos Castro (@marcoscastro) March 23, 2020
Após o áudio ter sido muito reproduzido e altamente criticado nas redes sociais, uma das filhas de Roberto Justus, Fabiana Justus, resolveu se pronunciar sobre a situação.
Muitos seguidores da youtuber resolveram atacá-la com mensagens sobre o assunto, pedindo para que ela avisasse ao pai que ele estava errado e que, inclusive, era grupo de risco para o COVID-19.
Diante destes comentários, Fabiana passou a responder se distanciando da opinião do pai e mostrando que não era ela quem tinha dito aquelas coisas, portanto não tinha culpa e nada a ver com aquela história.
"Eu falei alguma coisa? Ouviram algum áudio meu?", questionou ela para uma internauta. "Se você sabe que não tenho nada a ver, qual é o intuito desse comentário?", rebateu para outra.
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Quem também acabou se envolvendo na polêmica foi Ana Paula Siebert, esposa de Roberto Justus.
Ela usou seus stories do Instagram nesta segunda-feira (23) para responder coletivamente às mensagens que também vinha recebendo sobre o assunto, assim como Fabiana.
"Estou aqui para responder coletivamente sobre um assunto. Desde ontem, tenho recebido muitas mensagens sobre o áudio do meu marido, que vazou de um grupo super pequeno de amigos: ele dando a opinião dele e discutindo um assunto com Marcos Mion. Muitos elogios eu recebi por direct em relação ao áudio, muitas críticas também, pessoas felizes e pessoas revoltadas – o que é natural quando alguém expõe uma opinião, que não era pra ter sido exposta, mas foi… A gente nunca é obrigado a concordar com o que alguém fala. Eu acho muito bom para quem tem o pensamento divergente escutar opiniões contrárias. Dá uma clareada na mente da gente. Às vezes, a gente também tem que escutar o outro lado, isso é muito importante. A única coisa que acho que não justifica nunca é, quando você não concorda com alguém, é xingar, falar palavrão e ser ignorante. Isso é muito feio! O mundo já está muito cheio de rancor e de ódio para gente jogar mais ainda. Temos que respeitar a opinião do outro e discutir de uma forma saudável, decente, nunca com agressividade", opinou ela.
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O que é o Coronavírus
O Sars-Cov-2 é o mais novo integrante de uma família já conhecida. Ela é formada por vírus que tiveram origem em animais silvestres. Alguns deles infectaram humanos e já causaram outras epidemias. Coronavírus é o nome de uma família desses vírus. O nome vem por conta dos mesmos terem suas estruturas em formato de coroa. Eles costumam circular entre animais, como roedores e morcegos. Mas a doença começou a afetar humanos também. O vírus causador sofre mutações espontâneas e aleatórias, por isso ainda não há uma medicação certeira para combater a doença.
São eles os responsáveis por infecções respiratórias e já provocaram outras doenças.
Como o coronavírus começou a circular
O novo coronavírus começou a circular na China em 2019, ganhando um nome temporário de 2019 n-Cov. Depois, ocorreu o “batismo” oficial: SARS-CoV-2, sigla do nome completo em inglês: Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (em tradução livre: Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus).
De acordo com uma pesquisa, 80% dos infectados são leves e a taxa de mortalidade está entre pessoas idosas. Isso além de portadores de outras doenças, principalmente as cardiovasculares, que podem contrair a versão crítica da Covid-19.
Sintomas
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), os sintomas mais comuns do novo coronavírus são tosse seca ou com secreção, febre acima de 37 graus (sendo que em alguns casos a febre não se manifesta, como por exemplo, jovens, idosos, imunossuprimidos (pessoas que nasceram com uma deficiência imunológica) e dificuldade para respirar.
Além desses, podem ocorrer: insuficiência renal, dores no corpo, congestão nasal, inflamação na garganta, diarreia.
Transmissão
Pelo ar: a transmissão e recepção podem acontecer pela saliva, catarro e gotículas expelidas pela boca, como o espirro e o catarro, tosse e até mesmo a fala. Essas gotículas entram em contato com a mucosa dos olhos, nariz e boca, causando a infecção.
Por contato: Beijo, abraço, aperto de mão, ou toque em superfícies infectadas, como celular, maçanetas, corrimão, apoios no transporte público, teclas do computador ou outras, botões. Se você estiver infectado, o vírus é altamente transmissível através das suas mãos.
Animais domésticos
Não há afirmações de que animais domésticos possam transmitir o vírus para humanos. Já no final do mês de fevereiro, as autoridades chinesas informaram que um cão de estimação contraiu o coronavírus e seu dono já estava infectado.
Prevenção
1 – Uma das prevenções mais eficazes contra o COVID-19 é lavar bem as mãos, incluindo dorso, embaixo das unhas e antebraço, usar álcool gel nos mesmos lugares, imediatamente após a lavagem. O álcool gel forma uma camada protetora e o vírus não resiste a ele, portanto, não consegue se fixar na superfície do corpo. Assim, evita-se de levar o vírus à mucosas. Por exemplo, em caso de alguma coceira, tomando cuidados com a higiene das mãos, ele não consegue se instalar em mucosas como nariz, boca e olhos, locais onde ele busca se instalar e causar todo o transtorno de contágio.
2 – Quando tossir ou espirrar, o melhor a fazer é colocar o cotovelo na boca. Nunca as mãos.
3 – Limpar frequentemente objetos de uso diário como computadores, aparelhos telefônicos, celulares, chaves do carro, maçanetas, volante do carro etc., com álcool gel ou álcool 70.
4 – Não frequentar lugares com multidões.
5 – Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, talheres, toalhas etc.
6 – Manter distância de, ao menos, 1 metro entre as pessoas, principalmente das que estão com tose ou espirros.
7 – Evitar tocar no rosto antes de realizar a higiene necessária.
8 – Evitar cumprimentar as pessoas com beijo, abraço ou aperto de mãos e, se tiver sintomas de gripe, evitar sair de casa.
9 – Usar lenços descartáveis.
10 – Máscaras: apenas devem ser usadas por pessoas que estão tossindo, com coriza, espirrando ou que esteja com suspeita da doença. Do contrário, ela não previne, pois acabamos mexendo mais vezes no rosto para ajeitá-la e aí pode acontecer a contaminação.
Tratamento
Não existe tratamento específico contra o Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Quem estiver infectado, recebe um tratamento que vai aliviar os sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento indicado é repouso e dobrar o consumo de água para se hidratar. Ainda não há vacina específica para prevenir a contaminação contra o coronavírus.
As medidas adotadas para aliviar os sintomas são:
1 – Medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos que não contenham ibuprofeno). Sempre com o acompanhamento médico, que saberá exatamente qual medicação é a correta.
2 – Umidificador no quarto ou banho quente para aliviar a dor de garanta e tosse.
3 – Não se automedicar: remédios que contenham ibuprofeno, por exemplo, não podem ser usados em caso de suspeita do coronavírus. Tudo deve ter a recomendação médica.
Aplicativo
O SUS disponibilizou um aplicativo que auxilia com dicas de cuidados para a prevenção da doença, além de fazer uma avaliação online sobre seu estado de saúde e mostra locais de atendimento mais próximos. Basta baixar no celular o Coronavírus SUS. Há também um telefone disponibilizado pelo Ministério da Saúde, o Disque Saúde. Basta ligar 136,
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