Ronaldo Ciambroni: “Meu medo é morrer antes de escrever tudo que sonho”

Por - 21/04/13 às 12:02

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Ronaldo Ciambroni é um ícone do teatro nacional. É um dos brasileiros que recebeu mais prêmios no cenário artístico. Em 1999, a crítica o considerou como melhor adaptador das histórias de Monteiro Lobato com O Terror dos Mares.

Ciambroni iniciou sua trajetória em 1969 fazendo peças infantis. Só no teatro, já escreveu, dirigiu e interpretou mais de cinquenta textos, ganhando prêmios nacionais e internacionais, tanto na área infantil como adulto. Além de suas comédias, foi autor de Donana, texto comovente que comemorou trinta anos em cartaz e foi o espetáculo brasileiro mais premiado dentro e fora do pais.

Na TV escreveu programas para Globo, a extinta TV Manchete, Record, SBT, além de 10 novelas, como Canoa do Bagre, Olho da Terra, Antônio Alves, Taxista, entre outras.

Em conversa com O Fuxico, Ronaldo contou que não consegue parar de trabalhar, e que sempre atrás de um projeto já tem outro engatilhado.

“Estou em cartaz no Teatro Paiol com O Fantasma da Minha Sogra, onde tenho texto, direção e atuação. Meu queridinho, o Branca de Neve  – o Conto está em cartaz no Teatro Santo Agostinho e é um sucesso. Além disso, tem Acredite, Um Espírito Baixou em Mim, que estreia em 3 de maio, também no  Santo Agostinho. E tenho várias outras coisas acontecendo”, contou.

Questionado de onde consegue preparar tantas coisas para teatro, ele é rápido.

“Isso é minha vida. Desde pequeno, quando fiz uma figuração na peça Branca de Neve, naquele exato momento, já soube que era aquilo que eu queria: o palco, as luzes, a magia do teatro. É o que escolhi para mim e faço com o maior amor, me dedico”.

Ronaldo Ciambroni disse que, aos 64 anos, tem muitas coisas a aprender e observar na vida, principalmente no que diz respeito a atores novos e mais velhos também.

“No teatro, a gente aprende, aprende e aprende. Eu vou aprendendo a cada diz, com cada cena, cada ator que conheço, cada ator novato ou mais velho. Todos têm muito a ensinar e também a aprender. A experiência é que traz o talento da gente, sabe? Eu quero aprender sempre. Meu medo, de verdade, é morrer sem antes aprender o que for bastante nem conseguir colocar em prática todos os textos que ainda sonho. Isso seria muito triste”, afirma.

Para quem pensa que Ciambroni está cansado ou com muita coisa acumulada ele avisa:

“Estou nada! Olha, o teatro pode até se cansar de mim, mas eu dele? Nunca (risos). Além do que já te disse, em breve, Miss Brasil Sou Eu – A Comédia da Beleza, vai voltar também.  Sou do tipo que tem vários projetos. O meu agora, por exemplo, é começar tudo de novo! (risos)”, finaliza.

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