Ronaldo Esper diz que não faria A Fazenda 3, da Record
Por Redação - 21/06/10 às 13:35
O estilista Ronaldo Esper, apontado como um dos participantes de A Fazenda 3, da Record, manda avisar que não está disponível para o reality show este ano, devido sua pré-candidatura a deputado federal, pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão). Por conta da campanha eleitoral, ele terá que ficar fora da televisão a partir do dia 26 de junho e irá se dedicar para conseguir uma vaga no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.
“Esses reality shows, toda vez que começam me cogitam, mas desta vez não recebi nenhum convite. E mesmo que tivesse recebido, não poderia por conta da lei eleitoral. É claro que adoraria fazer, adoro vaca e galinha…”, brinca Esper a O Fuxico.
Um dos principais projetos na plataforma de Esper é fazer o governo se interessar pela indústria da moda no Brasil, a fim de exportar roupas, perfumes, sapatos e acessórios para outros países.
“A moda brasileira não é exportada. O que é exportado são as sandálias havaianas e os biquínis. Sei que parece um projeto elitista, mas o povo deveria entender. A moda é a sexta fonte de renda da França e a décima e tantas da Itália. Não é pouca coisa. Temos muitos talentos no Brasil para isso, somos um povo que gosta disso”, justifica.
Para dar início ao seu projeto, Ronaldo acredita que os brasileiros precisam perder o preconceito com as profissões de costureiro, alfaiate e tudo que esteja ligado à moda. “Por que uma menina acha bonito ganhar R$ 700,00 como recepcionista, enquanto podia ganhar R$ 1.800,00 como costureira?”, pergunta.
Para isso, o governo teria que investir em escolas de modas preparadas para formar um ‘batalhão’ de profissionais aptos a alimentar a exportação da moda brasileira. “É preciso entregar o produto impecável. Hoje em dia, a moda brasileira é desorganizada e não tem um consenso de medidas”, reclama.
Em defesa de seu projeto, Ronaldo cita casos de marcas internacionais que exploram a matéria-prima brasileira. “O perfume mais vendido do mundo ainda é o Chanel nº 5. A essência dele é do pau-rosa (óleo de uma árvore nativa da Amazônia). Como é que eles conseguem essa essência? É exportado, surrupiado? Não quero que parem de produzir o Chanel nº5, quero que venham fazer aqui no Brasil e sejam obrigados a reflorestar o que desmatam”, defende.
Ronaldo sabe que tal projeto irá demorar para acontecer. “Talvez nem esteja vivo quando tudo der certo, pode ser daqui 15 a 20 anos”, diz.
Sem perder o tom irônico, ele aproveita para alfinetar a semana de moda de São Paulo, a principal do país. “A Fashion Week devia produzir moda para escola de samba. Brasil tem que produzir algo bonito, vestível e comercial. E não estou falando de alta-costura, estou falando de lenços, bolsas, sapatos, perfumes…”
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Redação
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