Saiba tudo sobre a nova novela da Globo, Joia Rara
Por Redação - 15/09/13 às 10:25
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História
Compaixão. Amor ao próximo. Liberdade. Prática do bem. Imbuir-se da filosofia budista é mergulhar na busca
incansável por um mundo melhor. É lapidar a joia rara que existe dentro de cada um para tornar bom o que é ruim; etéreo o que é mundano. A história desta poderosa força transformadora será contada em Joia Rara, a próxima novela das 18h, escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid, com direção de núcleo de Ricardo Waddington e direção geral de Amora Mautner.
1934. O milionário brasileiro Franz Hauser (Bruno Gagliasso) se aventura nos Himalaias. Quer chegar ao pontomais alto da cordilheira, feito até então nunca alcançado por um homem. E consegue, ao lado seus amigos Manfred (Carmo Dalla Vecchia) e Eurico (Sacha Bali). Mas o inesperado acontece: os três são tragados por uma avalanche e se perdem um do outro.
Muitas horas depois, monges budistas em peregrinação encontram Franz desacordado na neve, à beira da morte. Levam-no imediatamente ao fictício mosteiro de Padma Ling e, durante dias, oram à sua cabeceira, velando o sono do rapaz e cuidando de seus ferimentos com medicina natural. Quando Franz finalmente recobra a consciência, conhece Ananda Rinpoche (Nelson Xavier), o líder espiritual do mosteiro.
Apesar de tão diferentes – e, talvez, até mesmo por isso – criam um vínculo profundo. Franz é um jovem materialista, que não acredita no mundo espiritual. Cético e prático, é criado para assumir os negócios do pai no Brasil. Provavelmente se casará com uma moça de família tradicional para dar continuidade à fina hereditariedade dos Hauser.
Ananda, sábio, questiona as convicções de Franz. Acha graça da sua incredulidade, tenta ensinar-lhe que é impossível controlar o destino.
Franz não acredita em outras vidas.
O tempo passa e a amizade dos dois só cresce. Ananda sabe que laços invisíveis aos olhos os unem, ainda que Franz não faça ideia disso. Logo descobrem uma paixão em comum: o futebol. Às vésperas da Copa do Mundo, o brasileiro ensina aos monges as técnicas do esporte em partidas divertidas que mobilizam todo o mosteiro.
Mas é chegada a hora de voltar para casa. Na despedida, diante da tristeza de Franz por achar que nunca mais reencontrará o amigo, Ananda profecia: “Se você não voltar aos Himalaias, quem sabe os Himalaias não vão até você?”. E assim será. Um dia.
No Brasil, Ernest Hauser (José de Abreu) está desesperado por acreditar que perdeu Franz, seu primogênito. Nascido na Suíça, dono de uma joalheria e de uma fundição de prata, Ernest é um conservador, aferrado às suas convicções. Poço de arrogância, frieza e preconceito, não hesita em humilhar quem quer que seja para alcançar seus objetivos. Comanda a família com pulso firme e não deixa que os filhos sequer pensem em se desviar do caminho que traçou para eles. Mantém todos sob seu domínio, seja em casa ou no trabalho. E sempre sonhou em ver Franz assumir os negócios.
Com a notícia, passa a viver triste pelos cantos da mansão de Copacabana, rodeado pela caçula, Hilda (Luiza Valdetaro), e pelo filho do meio, Viktor (Rafael Cardoso), que não ousam enfrentá-lo. Frau Gertrude (Ana Lúcia Torre), a governanta, organiza tudo com mão de ferro desde que Ernest (José de Abreu) enviuvou. O filho dela, Manfred (Carmo Dalla Vecchia), também mora ali e é criado como um agregado da família.
A chegada e um telegrama, informando que Franz não morreu na avalanche, é um sopro de vida para Ernest. No cais do porto, pai e filho se reencontram emocionados. E Franz não se contém de alegria ao ver que Manfred (Carmo Dalla Vecchia) sobrevivera ao acidente nos Himalaias. Finalmente o destino estava voltando para os trilhos. Mas nem todos estão felizes com isso.
Um Romeu e Julieta à brasileira
Ele, um herdeiro mimado e materialista; ela, uma imigrante nordestina pobre e determinada. Ele mora em uma mansão opulenta em Copacabana; ela vive em um cortiço na Lapa. Franz e Amélia, com vidas tão opostas, têm tudo para nunca sequer se esbarrarem. Mas há a Fundição Hauser no meio do caminho. Ele é o filho do dono; ela é uma das operárias.
O amor à primeira vista parece inabalável, mas não é. Mundo, irmão de Amélia, é o rival número um de Ernest, pai de Franz. Mundo também trabalha na fundição, é o líder dos operários e não se cansa de reclamar da exploração do patrão. Para piorar, o milionário é apaixonado por Iolanda, namorada de Mundo, e tenta conquistá-la o tempotodo. As famílias se detestam, portanto.
Dez anos se passam. Amélia é solta e, então, o destino vira de novo.
O ilegítimo e a vingadora
A família Hauser não sabe, mas tem dois inimigos. O primeiro deles, dentro da própria casa, é Manfred, o agregado. Filho bastardo de Ernest com Gertrude tem o coração tomado pela inveja e pelo rancor. Não admite,
mas sente pena de si próprio. Apesar de ser tratado com cordialidade, continua sendo o filho da empregada eabomina tal condição. Apesar de desconhecer este segredo, Franz o trata como irmão, mas Manfred quer mais: quer o lugar de Franz, a mulher de Franz, a inteligência de Franz. Quer tomar seu lugar na fábrica e no coração de Ernest. Para isso, é capaz de mentir, ferir, tramar e roubar.
Ninguém sabe, mas a morte de Franz nos Himalaias estava sendo urdida por Manfred. Pouco antes do acidente, sabotara o equipamento do amigo para que despencasse. A avalanche foi somente o toque dramático do acaso, pura sorte. Mas sua alegria dura pouco, pois Franz é salvo pelos monges e volta para casa. Agora, Manfred precisa pensar em outro plano para derrubar o meio-irmão.
E ele encontra em Silvia (Nathalia Dill) a parceira ideal. A moça aparece de repente na joalheria à procura de um trabalho como designer de joias. Ernest e Franz se encantam por seu portfólio e a contratam. Após uma investigação, Manfred descobre que Silvia quer se vingar dos Hauser. Seu pai, de quem herdou o talento para joalheria, morrera na miséria depois de ser preso injustamente por causa de Ernest.
Silvia e Manfred se unem e passam a armar todas as trapaças possíveis para destruir a família, principalmente o relacionamento de Franz e Amélia.
A alegria e o brilho da Lapa
Em um cortiço na Lapa, com influências italianas e nordestinas, moram quase todos os operários da fundição. Apesar da falta de dinheiro, alegria é o que não falta àquela gente. Ali, há almoços comunitários, festas e comemorações. Amélia mora em um dos cômodos com Mundo e o padrinho, Apolônio (Luiz Gustavo). Iolanda e seu pai, Venceslau (Reginaldo Faria), também, assim como Toni (Thiago Lacerda) e sua mulher, Gaia (Ana Cecília Costa).
No Cabaré Pacheco Leão, reinam plumas, paetês e muita diversão. Comandado por Arlindo (Marcos Caruso) e sua esposa, Miquelina (Rosi Campos), o lugar é ponto de encontro de quem gosta de música e dança da melhor qualidade. Na primeira fase da trama, nos anos 30, a estrela da vez é a vedete Lola Gardel (Letícia Spiller) que, apesar da beleza e do rebolado, anda meio démodé. Mas os anos 40 chegam trazendo um frescor e uma novidade chamada Aurora Lincoln (Mariana Ximenes), que aporta no palco do cabaré vinda diretamente de Paris com seu partner Joel (Marcelo Médici).
As vedetes moram na pensão de dona Conceição (Cláudia Missura), uma mulher engraçada e sovina. Dália (Tania Khalil), Cristina (Giovanna Ewbank), Matilde (Fabiúla Nascimento), Serena (Simone Gutierrez), Elisa (Guta Ruiz) e Zilda (Aminha Lima) sofrem com sua tacanhice. Conceição tem uma ajudante, sua sobrinha Creontina (Luana Martau), uma divertida moça do interior. A pensão é palco de muita diversão, mas também de conflitos e emoção.
Luta de classes
No Brasil dos anos 30, os operários reivindicam melhores condições de trabalho nas fábricas. Na Fundição Hauser não é diferente. Liderados por Mundo (Domingos Montagner) e Toni (Thiago Lacerda), os funcionários volta e meia entram em confronto com Ernest (José de Abreu), que consideram um patrão tirano e opressor.
Insuflados pelas injustiças sociais, os trabalhadores se envolvem com política e sofrem os revezes. A trama, que começa em 1934, passa pelo Estado Novo instaurado por Getúlio Vargas e chega a 1945, no momento em que os presos políticos – entre eles Mundo, Toni e Amélia – são anistiados e a Segunda Guerra chega ao fim. É um novo recomeço.
Dos Himalaias para o Rio de Janeiro
Em 1945, o monge Sonan (Caio Blat) finalmente realiza um de seus desejos: viajar para o Brasil atrás da pessoa na qual acredita que Ananda (Nelson Xavier) reencarnou. Segundo a filosofia budista, um Rinpoche sempre escolhe onde e em quem vai reencarnar, e é missão de seus discípulos comandarem esta busca. Seguindo sua intuição, seus sonhos e pequenos sinais deixados pelo próprio Ananda, Sonan tem certeza de que a escolhida é
uma criança que mora no Rio de Janeiro.
Finalmente, acabam na pensão de Conceição, onde são acolhidos pelas vedetes e pelos moradores do cortiço.
Ao fim de uma procura incessante, Sonan, Tempa e Jampa têm certeza: Pérola é a reencarnação de Ananda Rinpoche. Os sinais são muitos. Por exemplo, ela reconhece todos os objetos pessoais do líder e faz vários desenhos do mosteiro onde ele morou, como se já conhecesse o lugar. Além disso, nasceu no mesmo ano em que ele morreu.
Franz e Amélia, que estão separados, apesar de ainda se amarem, reagem de maneira diferente à notícia. Ele, ainda que tenha um enorme carinho pelos monges, continua cético em relação à reencarnação. Amélia se enche de dúvidas, mas acaba acreditando, diante das várias evidências. Pérola é a mais animada, quer ir logo para o Mosteiro de Padma Ling começar seus estudos e assumir sua condição de líder espiritual budista. No fundo, o que ela quer mesmo é ver os pais juntos novamente. Nada mais apropriado do que as montanhas nevadas dos Himalaias para o esperado reencontro.
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