Saiba tudo sobre Fina Estampa, da Globo – História
Por Redação - 18/08/11 às 12:19
Tereza Cristina de Velmont (Christiane Torloni) e Griselda Pereira (Lília Cabral) são duas mulheres atuais, fortes, determinadas. Moradoras da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, com filhos, casa, amigos. Experiências parecidas baseadas em valores completamente opostos. O inquebrantável para uma, não entra na lista de prioridades da outra. A única coisa que as duas têm em comum é a transparência da escolha que fizeram: ambas sabem o que vale mais em suas vidas.
O que Griselda talvez não saiba é o que vale R$ 30 milhões e o que esta quantia é capaz de mudar. Depois de anos apostando diariamente na loteria, é esse o valor que a “faz-tudo” ganhará e que irá inaugurar uma nova fase em sua vida. Resta saber se vai estabelecer também um novo princípio, uma nova maneira de contar sua versão dos fatos.
Fina Estampa discutirá o que mais pesa nos dias de hoje: o caráter ou a aparência.
O bairro carioca da Barra da Tijuca, pouco retratado nas telenovelas brasileiras, reina absoluto como cenário de Fina Estampa. O lugar concentra todos os núcleos da trama e é o verdadeiro elo entre os personagens. Para dar mais veracidade à trama, o autor Aguinaldo Silva fez questão de utilizar os nomes reais das regiões do bairro.
Griselda (Lília Cabral) e sua família dão vida ao Quebra-Mar, conhecida por ser a primeira área construída da Barra. Quase embaixo da Estrada Lagoa-Barra, a residência dos Pereira beira o Canal de Marapendi, garantindo linda vista aos moradores.
Ao lado, o Jardim Oceânico é outra importante locação da obra. Nos seus acolhedores prédios de três andares, moram as famílias de Vilma (Arlete Salles) e de Juan Guilherme (Carlos Casagrande). Mas é na principal rua da área, a Olegário Maciel, que a novela mostra toda sua movimentação. No quarteirão da Igreja São Francisco de Paula, estão o bar Tupinambar, do português Guaracy (Paulo Rocha), completamente apaixonado pela faz-tudo e não mede esforços para agradá-la. Lá ainda estão a oficina Fashion Moto e a casa lotérica, onde Griselda (Lília Cabral) aposta diariamente.
Caminhando pela rua, chega-se ao calçadão da praia e ao Quiosque do Álvaro (Wolf Maya), próximo ao badalado quiosque do falecido esportista Pepê. Na areia, encontram-se a rede de futevôlei de Ferdinand (Carlos Machado) e o local onde a surfista Nanda (Luma Costa) guarda seu material de kitesurf. Tudo para mostrar o estilo de vida ao ar livre que leva o morador da Barra da Tijuca.
E é também a orla, na Avenida Sernambetiba, o local onde Crô (Marcelo Serrado) exerce uma de suas funções: passear com os cachorros da patroa. Por ali, já aparecem as suntuosas entradas dos condomínios de luxo da Barra da Tijuca. E só do outro lado do Canal de Marapendi é que se pode avistar a Favela da Muzema, na área do Itanhangá.
Flower Power na beira da praia
Um ponto da praia da Barra da Tijuca, mais próximo ao Quebra-Mar, parou nos anos 70. É que ali está o Quiosque do Álvaro (Wolf Maya), um carismático “maluco beleza”. Todos os dias, ele e a mulher Zambeze (Totia Meirelles) chegam bem cedo e cumprimentam os principais frequentadores do point: o sol e o mar.
Álvaro é filho de Íris (Eva Wilma), que mora em Nova York e primo de Tereza Cristina. Bem diferente da família, ele e Zambeze vivem uma vida zen. Sempre que pode, Álvaro dá uma fugidinha do quiosque para jogar vôlei na rede do sargento reformado e chefe de segurança Ferdinand (Carlos Machado). No mesmo time, jogam Gigante (Eri Johnson), Pezão (Marcelo Brou) e Enzo (Julio Rocha), turma debochada que não perde a oportunidade de zombar de Crô (Marcelo Serrado). A única capaz de tirar a concentração do grupo é Dagmar (Cris Vianna), cozinheira do Tupinambar e dona de beleza exuberante, que aparece por ali todas as manhãs para entregar suas famosas empadas, vendidas no quiosque.
Enquanto Zambeze trabalha em sua tenda de massagem, Álvaro se delicia escondido com as empadas de Dagmar. Por trás da preocupação com a alimentação do marido, se encobre o início de um sentimento até então proibido na relação dos dois: o ciúme.
No fim da tarde, o casal corre para o “Recanto da Zambeze”, uma pousada com ares de comunidade auto-sustentável, que acolhe quem precisa de um lar e completa o estilo de vida tranquilo e harmonioso do casal. À noite, o forno e o fogão à lenha reúnem hóspedes como Daniel (Daniel Boury), amigo de faculdade de Antenor (Caio Castro), Dona Zilá (Rosa Marya Collin), famosas por seus cosméticos naturais, e Mandrake (Sandro Pedroso), que mora e trabalha no “Recanto”.
Procura-se um namorado
Em um apartamento no Jardim Oceânico, avó, mãe e filha representam as três gerações de uma pequena família de mulheres bastante interessante. Cada uma com seus desejos e angústias. Cada uma interferindo na vida da outra.
As histórias acabaram repetindo-se e Vilma (Arlete Salles), uma senhora taxista bem moderna para a idade, acabou vendo a filha Letícia (Tânia Khallil) sofrer do mesmo mal: a viuvez. A partir de então, Letícia jamais cogitou a possibilidade de ter outro relacionamento, dedicando sua vida à profissão de professora e à filha Carolina (Bianca Salgueiro). A adolescente não concorda com a atitude da mãe e, sem que Letícia saiba, vai tentar arrumar um bom namorado para ela, utilizando a Internet.
Entre tecidos e exames
Um simples encontro, um esbarrão ou uma carona podem mudar a vida de muita gente e despertar sentimentos até então esquecidos. Parece que Paulo Buarque (Dan Stulbach) pressente algo quando se recusa a compartilhar um taxi aéreo com Danielle Fraser (Renata Sorrah). É sua mulher, Esther Wolkoff (Julia Lemmertz), quem o convence da gentileza.
Em agradecimento, Dra. Danielle Fraser se apresenta: médica especialista em fertilidade dirigida, viúva, sem filhos, completamente dedicada à sua renomada clínica, que cuida de mulheres com dificuldades para engravidar. A caminho de sua casa em Itaipava, Esther mal consegue acreditar que aquela mulher pode realizar seu sonho de ser mãe, uma vontade reprimida por 20 anos, depois que Paulo descobriu ser estéril.
O encontro com Danielle (Renata Sorrah) mexe não só com a curiosidade e esperança de Esther, que passa a visitar a médica periodicamente, mas principalmente com a insegurança de Paulo. O amor pela mulher é tamanho que fica difícil aceitar que outro homem dê a ela, mesmo que por fertilização in vitro, o que ele não foi capaz de dar. Depois de muita reflexão, porém, Paulo aprova o tratamento certo de que Esther não tem condições de engravidar.
Em briga de marido e mulher…
A violência contra a mulher será retratada com a moradora da Muzema, a diarista Celeste (Dira Paes) e seu machista e violento marido Baltazar (Alexandre Nero). O motorista da socialite Tereza Cristina de Velmont (Christiane Torloni), muito discreto e educado com a patroa, é grosseiro em casa e desconta na mulher todas as suas frustrações. A espevitada filha do casal, Solange (Carol Macedo), não intervém por medo do autoritarismo do pai – e talvez por estar mais interessada em se divertir com suas amigas em bailes funk.
Quem defende Celeste é sua comadre Griselda (Lília Cabral), que não tem medo de briga e muito menos de homem. A “faz-tudo”, porém, não consegue convencer a amiga a deixar o marido.
“A novela vai deixar uma pergunta no ar: o que vale mais nas pessoas, a aparência ou o caráter? Griselda é de um caráter inquestionável que percebe que está se transformando com o dinheiro. Num mundo onde o culto ao corpo e a beleza física é uma verdadeira mania, as tramas de Fina Estampa, de um modo ou outro, têm a árdua tarefa de questionar essa opção. Para mim, a família é a base de tudo e, nesse tempo de crise de valores, é sempre nela que devemos buscar apoio. As relações de família – e dentro delas, as de maternidade – é que tornaram possível o progresso do homem e dão real valor à história humana. A origem da civilização está lá e eu sempre procuro mostrar isso em minhas obras”, resume Aguinaldo Silva.
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